Qual a importância de pensar gênero e raça no mundo dos games?

black girl plays videogame
A rapper Sammus, jogando Metroid

Entre 14 e 18 Junho 2017 aconteceu a primeira Campus Party Brasília (#CPBSB) no Centro de Conveções Ulysses Guimarães. O evento contou com diversas atividades (palestras, workshops, arenas de drones, estandes), que se tratavam de empreendedorismo, tecnologia, inovação e criatividade, além da atrativa internet de 20GB cabeada. Aproveitando a campanha Vire um Curador da #CPBSB propus à cineasta Viviane Ferreira que fosse palestrante duma comunicação chamada Qual a importância de pensar gênero e raça no mundo dos games?




Devido ao fato de nossa atividade não ter sido uma das mais votadas, o convite para integrar a programação foi realocado e Viviane não pode comparecer. Sendo assim, de curadora virei palestrante da atividade. Antes de falar propriamente da palestra, gostaria de sugerir o vlog do Canal nanoTech, sobre todos os dias da Campus e uma visão crítica do evento:

Após a palestra a conversa também foi ótima! Conheci Isabelle, Vitor e Lucas e outras pessoas interessadas no tema.

#PRETANACAMPUS



Cheguei por volta das 20h, da sexta-feira 16 de junho de 2017 à Campus e tive o primeiro baque: não havia internet wifi, então não consegui fazer nada para upar em tempo real. Passeei pelos estandes do CEUB, Cabify, na lojinha oficial e - claro - os mesões com internet cabeada.




Apesar disso, registrei a espirituosa palestra da Cristiane Borges Santos sobre segurança na internet, que ela denominou Como mandar nudes em segurança? Ela começou falando sobre a segurança ser uma sensação, não um fato, e foi desenvolvendo a questão de roubo de informações e golpes serem muitas vezes, possibilitadas pelo modo como a/o usuária/o se comporta nas redes sociais e quais os acordos aceita ao baixar aplicativos.

Encontrar o foco não é o meu forte, mas essa palestra foi incrível: divertida, didática e profunda.
  "Como mandar nudes em segurança?" foi proposta pela Cristiane Borges Santos, no palco Empreendedorismo e inovação às 21h30 do dia 16/06/2017.



Qual a importância de pensar gênero e raça no mundo dos games?

Qualquer pesquisa no Google, seja usando o termo black girl plays videogame ou mesmo garotas/mulher negra jogando/joga videogames fornecerá um número ínfimo de imagens de pessoas negras, em especial, mulheres. Isso diz muito sobre o imaginário que desconhece a comunidade Black Girl Gamers (Twitch, Youtube, Facebook e Twiter), bem como o Nerdcore da rapper e pós-doutoranda Sammus. É evidente que que todo mundo joga videogames (#everyoneplays), mas a presença de minorias sociais, seja na produção ou como personagens dos jogos costuma ser ignorada.
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Capa do grupo feita por Jay-Ann Lopez.

Assim, a proposta da comunicação teve em vista que:
"Após a reformulação da personagem Lara Croft (Rise of the tomb Raider) e da Furiosa (Mad Max), em 2015, questões como a representação de heroínas no mundo dos games, filmes e dos quadrinhos se popularizou. 
Além disso, diversos casos de assédio e textos críticos sobre #sermulheremgames mostram o quanto é difícil para mulheres e outras minorias sociais permanecerem nestes espaços, bem como identificarem-se como nerds, geeks e gamers. 
Neste sentido, é essencial discutir e refletir a respeito da representação de mulheres, negros e outras minorias sociais nos games, bem como a representatividade no campo da produção de jogos e de direcionamento a este público-alvo."
É relevante ter em vista que, pensar raça e gênero não diz respeito apenas ao modo como mulheres e pessoas racializadas estão presentes ou não, mas também ao modo como pessoas brancas e/ou homens são constituídos.
 Tendo em vista os três eixos que constituem o campo de análise da representação de raça e gênero (produtores, personagens e comunidade), construí a apresentação discutindo seu embricamento, mas privilegiei a análise de algumas personagens negras e mulheres. Você pode ler online ou baixar a apresentação aqui e conferir a palestra abaixo:



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