Black Lightning – 1x01 – The Resurrection

Essa era a estreia de nova série que mais me deixou curiosa e visto que foi a estreia mais assistida da CW em 2 anos, batendo recorde de audiência, não era apenas aguardada por mim. O sucesso de Luke Cage pela Netflix realmente abriu espaço para séries com super heróis negros. E se você gostou de Luke Cage, provavelmente deve gostar desse piloto. Se não gostou da série da Marvel, também existem grandes chances de gostar dessa série da DC.




Não seria honesto comparar a temporada inteira de Luke Cage com apenas um único episódio exibido de Black Lightning, mas talvez possamos comparar alguns detalhes dos personagens. Primeiro que Black Lightning assim como Luke Cage não está querendo ser um super héroi. A diferença são as razões, Luke Cage era um fugitivo que não podia chamar atenção para si, mas Jeff Pierce já teve seus dias de vigilante e em nome do bem-estar de sua família ele abandonou o manto.

Pierce realmente parece acreditar que pode fazer mais por sua comunidade sendo um diretor de escola, pai de família e inspiração. Percebeu que ao ser o vigilante que coloca sua vida em risco sempre vai surgir uma nova cruzada e que um dia essa cruzada pode separa-lo da razão por quem ele luta. E esse é um twist interessante em todo o sentido que é ser um super herói.




É significativo por que é um homem negro falando que ele não vai conseguir mudar o sistema, proteger sua família e a comunidade onde cresceu socando membros de gangue. Então existe já de imediato um tom mais político na visão que Jeff Pierce tem de tudo. E é claro que pessoas diferentes vão ter visões diferentes de tentar fazer a coisa certa.

Anissa é um estudante de medicina, que dá aula e foi presa em um protesto e encara que a visão do pai de fazer a diferença é apática e não está realmente fazendo resultados. Jeff também não concorda com a forma que Lala, um traficante e membro da gangue The 100, tem de formar os garotos da comunidade. Como eu disse, pessoas diferentes tem visões diferentes do que é fazer a coisa certa.




A série do casal Akil não tenta ser sutil nas questões sociais. Logo em seus primeiros cinco minutos temos dois policiais parando um carro de luxo mandando um homem negro de terno e gravata sair na chuva o algemando e o colocando como um suspeito de roubo. Isso tudo diante das filhas do mesmo. Esse começo me trouxe flashback imediatos do livro O Ódio Que Você Semeia, cuja resenha pode ser lida aqui.

Pierce é parado uma segunda vez pela polícia na mesma noite depois de ter ido resgatar a filha no Club 100, boate sede de Lala. Quando vi essa segunda cena, minha primeira reação foi rir por que era obviamente falso que os policiais iriam puxar teasers contra algum suspeito, ali deveriam ser armas de fogo. Mas esse é um herói com habilidades elétricas e não aprova de bala, então havia um sentido para aquele tipo de arma em cena. Assim como havia um sentido para que seus poderes se mostrassem ali, era a expressão física da raiva que qualquer negro tem ao ser gratuitamente considerado uma figura suspeita.




Também devo dizer que Tobias, o líder verdadeiro dos The 100, aparenta ser um vilão muito mais interessante que CottonMouth, o que espero que se mostre verdade ao longo da temporada. Acredito que a falta de bem desenvolvidos e trabalhados vilões foi um dos maiores problemas com Luke Cage.

No demais, pouco foi mostrado realmente. Sabemos que tem o drama familiar Jeff e Lynn serem divorciados que ainda se amam e eu torço para que eles achem seu caminho de volta um ao outro. Já vimos Anissa desenvolver seus poderes e segundo a narração inicial, temos a pista que Lightning irá se juntar a irmã mais velha em algum ponto do futuro. Acredito que é esperar e ver, mas até o momento, posso dizer que esse episódio foi excelente e já estou ansiosa pelos próximos.
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