3 razões para você jogar Tekken 8 já!

O conflito de família segue firme e forte!

por Anne Quiangala


Tekken é uma longeva franquia de jogos de luta da Bandai Namco, que boa parte de nós acompanha desde os anos noventa. Os personagens tem visuais marcantes, além de estilos de luta que tornam as batalhas mais interessantes (até absurdas, no melhor sentido da palavra!) e agressivas. Em seu mais recente título, lançado em 26 de janeiro de 2024, Tekken 8 entrega um modo história dinâmico, com gráficos impressionantes. Se você nunca jogou nenhum dos títulos ou não se lembra bem os conflitos da família Mishima, não tem problema: antes de começar o modo história O despertar das trevas pode conferir as animações que resumem toda a história desde o primeiro Tekken! Mas é claro que o modo história não é o que há de mais interessante no jogo!



Razão 1: Visual impecável!

O visual de Tekken sempre foi muito realista e proporcionou uma experiência de interação com o cenário para além da bidimensionalidade que a maioria dos títulos concorrentes apresentava. Neste sentido, sendo Tekken 8 o primeiro jogo de luta a usar a Unreal Engine 5, a expectativa em termos de visual era altíssima, bem como sobre a otimização. Foi bastante positiva a minha experiência de jogo com a GPU GeForce 2060 Super* (configurações recomendadas) ainda por cima em live. O jogo rodou perfeitamente, possibilitando a experiência visual completa enriquecida pela trilha sonora empolgante das batalhas e dos menus. O contraste entre imagens realistas (luz, poros e tudo mais) e sequências narrativas fantásticas através dos cenários torna o jogo bastante convidativo, tanto para jogadores novos como para aqueles que acompanham a saga dos personagens há longa data.


Os avatares são muito fofinhos e com uma variedade interessante de atributos, roupas e acessórios

Razão 2: Diversidade

Tekken é uma franquia que sempre apresentou personagens os mais diversos possíveis, o que inclui o Panda, o ciborgue-ninja Yoshimitsu, e o boneco de treino Mokujin. Já discutimos o problema da diversidade ser apresentada como gabinete de diversidades, o que nos traz para a reflexão que a franquia apresenta sobre o tema. Se na década de noventa, mulheres de diferentes raças combatiam com grande poder, trinta anos depois a resposta é animadora! Há personagens não-humanos, que são marcantes no jogo, e uso de estereótipos (como a perunana Azucena e sua obsessão por café) como forma de reconhecermos os representantes das nações. Vale rassaltar que comparar a imagem estereotipada de um grupo social estigmatizado com figuras de Mônaco não é a mesma coisa, porque no primeiro caso é a refirmação do senso comum que desumaniza todo um grupo social.

Mas é positivo que personagens de diferentes países sejam dublados no idioma original, conferindo uma identidade crível. Também vale ressaltar que há uma importante experiência disponível no modo história Arcade. Nele, podemos customizar um personagem e explorar a experiência de torneios de Tekken com todo o clima nostálgico daqueles ambientes. A interação com os frequentadores é a maior surpresa: até mesmo em relação às falas mais grosseiras e conservadoras que representam uma porção considerável do público, personagens não-jogáveis (NPCs) respondém de forma polida e questionadora. Neste clima de “não existe forma certa ou errada de jogar”, e com ambientes repletos de meninas, LGBTQIAP+ e racializadas, Tekken 8 reescreve a experiência do fliperama tornando a disputa e a experiência geral de um jogo de luta intenso, surpreendentemente, super amigável.




Razão 3: Foco nos combos extremos

Uma das questões que mais afasta o público dos jogos de luta são as questões motoras, que vão desde combinar comandos até executá-los rapidamente. Se esse for o seu caso, em Tekken 8, vale a pena investir nos tutoriais, até para entender quais as suas habilidades e onde é necessário aprimorar. Dito isso, vale lembrar que o novo Heat System possibilita que se acumule “calor” a partir de um conjunto de golpes agressivos, seriados, e desta forma ativar um conjunto de golpes especiais de cada um dos mais de 30 personagens (tem hora que parece um verdadeiro Raio-X do Mortal Kombat, mas pra toda a familia!). Com esse sistema é possível reverter resultados prováveis e equilibrar o jogo. Como a defesa se mostrou lenta e pouco eficaz, fica evidente que a melhor defesa é o ataque, e quanto mais agressivo mais pontos são recebidos para que você possa customizar seus personagens e seu próprio avatar sem custo adicional. Com os combos descomplicados e o show de acrobacias, nuvens, fogo e destruição do ambiente fica claro o que refocei na primeira razão: além de divertido, Tekken 8 é um jogo agradável para jogar e também para assistir!


Gameplay "Joga e Fala" do modo história "Despertar das trevas"

Conclusão

Uma franquia como Tekken, com exatos trinta anos, poderia ter dificuldades para atualizar seu discurso, ao mesmo tempo manter a experiência esperada pelo público que vem acompanhando desde o início, mas a Bandai Namco conseguiu entregar um jogo tão cativante quanto agressivo e reconhecível nos detalhes de jogabilidade, cenários, caracterização de personagens e a trilha sonora. É muito gratificante contemplar os avanços em termos de representação feminina, e um posicionamento tão positivo a respeito da diversidade e da identidade gamer.

Customização, aliás, é uma palavra-chave de Tekken 8, para além dos visuais diferentões de cada personagem e de suas idiossincrasias nos estilos de luta e aspectos culturais e isso nos leva a explorar os vários modos do jogo. Além disso, a riqueza visual e o aspecto amigável em termos técnicos e discursivos tornam o jogo uma super recomendação. Sem mais delongas: se eu fosse você jogaria Tekken 8 já!



*Recebi o código para review da Nvidia

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