tag:blogger.com,1999:blog-59600149947287579072024-03-14T06:40:38.829-03:00Preta, Nerd & Burning Hell "Nerdiandade Preta e Feminista" | #nerdiandade | #pretaenerd | #audiencianegra |Anne Caroline Quiangalahttp://www.blogger.com/profile/05228205862311707419noreply@blogger.comBlogger454125tag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-28735127215646994892024-03-04T14:10:00.004-03:002024-03-05T09:49:24.744-03:00ENTREVISTA| Tiffany Ford, Ben Levin e Matt Burnett de "O Pequeno Grande Mundo de Jessica"<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9M2JALfSwZ3YLA8oqsq2rrNzvJ50L9d_r4x8kvIzDE-rCpVlk6JT2uXcbvJjiKUDc0n2FS8k_VUlS06H1BuMxQjRvSV2m8umwPHkum6rT8VVl5DDtWr8U7Vzizjkw7vpF8U1q3n-brgAPclhBK1GciyKBGD3xG4zayT2T99vOgvVtHwTG9QfzEKNsDqQ/s1280/jessica3.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="361" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9M2JALfSwZ3YLA8oqsq2rrNzvJ50L9d_r4x8kvIzDE-rCpVlk6JT2uXcbvJjiKUDc0n2FS8k_VUlS06H1BuMxQjRvSV2m8umwPHkum6rT8VVl5DDtWr8U7Vzizjkw7vpF8U1q3n-brgAPclhBK1GciyKBGD3xG4zayT2T99vOgvVtHwTG9QfzEKNsDqQ/w640-h361/jessica3.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Pequeno Grande Mundo de Jessica</td></tr></tbody></table><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: justify;">Na última quinta-feira (29/02/2024), tive a oportunidade de entrevistar os criadores e produtores da série televisiva <b>O Pequeno Grande Mundo de Jéssica</b> (Cartoon Network/Max), composta por <b><a href="https://twitter.com/ttoffany">Tiffany Ford</a></b> (<i>showrunner</i>, produtora executiva e cocriadora), <a href="https://twitter.com/ben_levin"><b>Ben Levin</b></a> (produtor executivo e cocriador) e <b><a href="https://craigofthecreek.fandom.com/wiki/Matt_Burnett">Matt Burnett</a></b> (produtor executivo e cocriador). Falamos sobre a mensagem amável que a animação transmite para o seu público-alvo (a audiência pré-escolar), o processo criativo e a importância de imagens encorajadoras (e também mágicas) no contidiano de crianças menores.</p><p style="text-align: justify;">A animação é um <i>spinoff </i>do programa <b>O Mundo de Greg</b>, protagonizado pelo irmão do meio, mas no qual já aparecem a mais nova, Jessica, e o mais velho, Bernard, além dos pais e dos amigos. A pluralidade de <b>O Mundo de Greg</b> é uma das muitas caracteríscas que se mantém em <b>O Pequeno Mundo de Jessica</b>, assim como a estética, a paleta e a estrutura de episódios curtos. Tudo isso isso traz um senso de familiaridade pra quem já conhece o cotidiano da família de Williams, mas não impede que novas expectadoras se apaixonem por esse universo de histórias amáveis e divertidas. </p><p style="text-align: justify;">Abaixo, você encontrará a entrevista em formato de vídeo, bem como a transcrição traduzida!</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="314" src="https://www.youtube.com/embed/qio1ymtg8jI" width="616" youtube-src-id="qio1ymtg8jI"></iframe></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala:</span></b> Olá, eu sou Anne Quiangala do <b>Preta, Nerd & Burning Hell</b>, que é um blog sobre coisas de nerds, em uma perspectiva Preta e acadêmica. Estou feliz em falar com vocês sobre o seu trabalho, especialmente, em <b>O Pequeno Mundo de Jessica</b>. É um prazer conhecer vocês!</p><p style="text-align: justify;"><b>Tiffany Ford, Ben Levin e Matt Burnett</b>: É um prazer te conhecer também!</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala: </span></b><span style="text-align: left;">bom, vamos começar! hum... a p</span><span style="text-align: left;">rimeira pergunta é: q</span>uando eu estava assistindo ao programa, percebi como ele é permeado de generosidade, nas músicas, no enredo e nas interações, que são mais pausadas... Isso está, possivelmente, conectado à sua própria forma de ver o mundo? A minha suposição está correta? O quanto disso é intencional?</p><div style="text-align: justify;"><b>Tiffany Ford: </b>Eu acho... eu gosto de pensar que sim, acho que você está certa. Nós queríamos muito encorajar a gentileza, não apenas com as outras pessoas, mas consigo mesma. E se nós pudermos criar, e sim, se pudermos escrever histórias que mostrem e demonstrem compaixão pelos outros, mas também compaixão por nós mesmas... Então sim, Jessica é uma pessoa que está tentando e tentando e tentando. E nós estamos assisindo ela... Eu não quero dizer "falhar", mas nós a observamos, assistimos às suas provações e erros durante todo o episódio, e com isso, queríamos ter certeza de que estava claro que é importante ser gentil e paciente consigo mesma, e que os outros serão igualmente pacientes com ela também.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihu6sBK30oAT3F0kqajzDowFj9sjQ8TJZMtLE9MrtHbquJSpmA93kYNdhTnbe6dnLaM7U5ZS47-YAhLgtrzwFAkXwL-n3RHSP8lcz1x_EbD5ps0pGvfYSQFtNouRMxWvpTdfH0gmujtjPDw7B3DLPGtQ40Qw6IPISXrK9VMZZEH8eUEGQuiHeg9KmxBws/s500/tiffanyford.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="500" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihu6sBK30oAT3F0kqajzDowFj9sjQ8TJZMtLE9MrtHbquJSpmA93kYNdhTnbe6dnLaM7U5ZS47-YAhLgtrzwFAkXwL-n3RHSP8lcz1x_EbD5ps0pGvfYSQFtNouRMxWvpTdfH0gmujtjPDw7B3DLPGtQ40Qw6IPISXrK9VMZZEH8eUEGQuiHeg9KmxBws/w640-h432/tiffanyford.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ilustração de Tiffany Ford via <b><a href="https://toffany.tumblr.com/tagged/illustration">Tumblr</a></b></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala:</span> </b>Que fera! Tiffany, tenho acompanhado <b><a href="https://www.instagram.com/atoffany/">suas postagens no IG</a></b>, e estive pensando sobre o seu processo artístico. Como é transformar aspectos do cotidiano e misturá-los com referências e temas que sejam significativos para você?</p><div style="text-align: justify;"><b>Tiffany Ford: </b>Uau...obrigado por acompanhar o meu trabalho! Uh! haha... o meu meu trabalho pessoal é inspirado por pessoas comuns, e coisas do cotidiano. Espero que as pessoas sintam sempre que todas elas merecem se tornar obras de arte, que merecem se tornarem histórias e que merecem serem vistas... E que todos podem ter a chance de ser um personagem principal. No<b> Mundo de Jessica </b>fizemos muita colaboração com o nosso diretor de arte, <a href="https://twitter.com/benfo"><b>Benjamin Anders</b></a>, nossos chefes de design foram <b><a href="https://winnsart.carbonmade.com/">Nick Winn</a></b> (design de personagens<span face=""Helvetica Neue", HelveticaNeue, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #444444; font-size: 15px;">)</span> e <b><a href="https://www.instagram.com/tinoko_art/">Santino Lascano</a></b> (design de cenário), e todos juntos, nós da equipe, criamos um mundo que era vibrante. Nós queríamos trazer essa mesma filosofia para os espaços cotidianos. Que cada espaço em sua vida, a loja, sua sala de estar, sua casa... [cada um desses lugares] tem a oportunidade de ser um lugar mágico emocionante, algo que é interessante, e onde vale a pena estar, porque esse é o mundo de Jessica. Ela não pode ir sozinha a qualquer lugar, então ela tem que ver que a sua vida é interessante, e que você que está assistindo ao programa, também sinta que a sua casa também é interessante e divertida.</div><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala:</span> </b><span style="text-align: left;">Ah, obrigada! Hmm... Matt, </span><span style="text-align: left;">Ben e Tiffany... </span><span style="text-align: left;">Diferente de outras animações contemporâneas, a animação em </span><span style="text-align: left;"><b>O Pequeno mundo de Jessica</b> é mais lenta e pausada, assim como as</span><span style="text-align: left;"> conversas. Que </span><span style="text-align: left;">tipo de mensagem vocês desejam enviar para a</span><span style="text-align: left;">s crianças através dos elementos verbais e </span><span style="text-align: left;">visuais?</span></p><p style="text-align: justify;"><b>Ben Levin: </b><span style="text-align: left;">Hum... seguindo o</span><span style="text-align: left;"> que a Tiffany estava falando</span>... quando a equipe estava construindo o visual para o show, acho que estavámos tentando criar algo muito macio, convidativo... Acho que descrevemos como um abraço caloroso. A sensação de olhar para ele deve ser assim, como admirar algo realmente lindo. E acho que foi importante para nós, para encontrar um pouco de verdade na maneira como os personagens agem e, sabe, e se comportam para fazer o que... acho que há muita verdade no que a Tiffany está falando, tanto sobre como Jéssica não estar sendo perfeita, Hum... ela é alguém como você, que está assistindo em casa, que está aprendendo e tendo tempo para descobrir as coisas, e às vezes, isso pode ser empoderador, e, às vezes, apenas engraçado. Então acho que esperamos sim, termos criado algo convidativo, algo relacionável, e por vezes, só engraçado... e sim, algo bobo, e divertido, só porque as crianças são engraçadas. Elas fazem todos os tipos de coisas inesperadas. E a nossa equipe de <i>storyboard </i>e os escritores realmente trouxeram isso muito bem, assim como os nossos diretores.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"></p><blockquote>Espero que todas essas pessoas sintam sempre que elas merecem se tornar obras de arte, que merecem se tornarem histórias e que merecem serem vistas... (Tiffany Ford)</blockquote><p></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;"><br /></span></b></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala:</span></b><span style="text-align: left;"> Ah,</span><span style="text-align: left;"> obrigada! Uma vez que a série da Jésica é sobre se tornar mais autônoma, como que tornar-se mãe recentemente, moldou a sua perspectiva sobre a autonomia da criança?</span></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">Tiffany Ford: </b><span style="text-align: left;"> (Risos), ai cara (risos), vixe! Bem, eu acho que sempre amei crianças e</span><span style="text-align: left;"> </span><span style="text-align: left;">é por isso que eu escolhi contar histórias pra crianças. Eu acho que ter o meu próprio filho realmente me ajudou a compreender o quão importante é quando você alcança qualquer coisa; quando você é muito pequena, essas pequenas conquistas são imensuráveis, e quão grandes é quando você pode erguer a sua cabeça, quando você segue sua mão pela primeira vez, quando você descobre os seus dedos e quando você ouve "Jingle Bells" pela primeira vez na vida, e você percebe que todo mundo no mundo conhece essa canção, e que todo mundo na sua família conhece a canção também... e assistir a isso explode a sua cabeça. Eu acho que essa perpectiva me ajuda muito. Ele, de um jeito diferente do de Jessica, mas ela experienciando essas coisas todas, tudo novo e tudo pela primeira vez, e como é importante celebrar contigo experiências de conquistas, até mesmo algo simples como...Ah! Lembrar a rotina de antes de dormir.</span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxAk5fcZBgGejsFogc467_5M1QugcbJCAasINf7YF3sAR-QSpLcAoucUdThkOVB7Lf6qU7uJEqPj6vi75ryon9ELMG5W-prxAiEXSpl2B36TRlg9lX0vTfNtlQS5jgtsiZul2G8NIPDojVVIxoKtaWKhtDQY5G-PmhYp3EjkfYxClp3BdUoO331is6vR0/s3840/jessica2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2160" data-original-width="3840" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxAk5fcZBgGejsFogc467_5M1QugcbJCAasINf7YF3sAR-QSpLcAoucUdThkOVB7Lf6qU7uJEqPj6vi75ryon9ELMG5W-prxAiEXSpl2B36TRlg9lX0vTfNtlQS5jgtsiZul2G8NIPDojVVIxoKtaWKhtDQY5G-PmhYp3EjkfYxClp3BdUoO331is6vR0/w640-h360/jessica2.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Jessica cantando com a sua versão adulta e confiante durante</td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala:</span> </b><span style="text-align: left;">Obrigada! </span><span style="text-align: left;">E, para finalizar, quando crianças, vocês imaginavam, de alguma forma, o quão incríveis se tornariam? </span></p><p style="text-align: justify;"><b>Tiffany Ford: </b>Não!!!(risos)Vai além dos meus sonhos mais intensos falar contigo hoje! (risos)</p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala:</span> </b><span style="text-align: left;">E quanto a vocês, rapazes?</span></p><p style="text-align: justify;"><b>Ben Levin: </b>É bem intenso ter crescido, sabe, assistindo aos desenhos e desenhando só por diversão, e então estar fazendo isso, estar colocando essas histórias no mundo! Eu não poderia imaginar que seria capaz disso quando criança. Isso simplesmente explodiu a minha cabeça! É realmente emocionante.</p><p style="text-align: justify;"><b>Matt Burnett: </b>Sim, é difícil imaginar, eu não conseguia imaginar isso quando criança, e agora que tenho meus próprios filhos, também vejo isso neles, "vocês são incríveis e farão coisas incríveis", e que eles lutam com isso, às vezes. E eu não fico, tipo, tentando salvá-los da dor que eu sentia, a dúvida e falta de confiança... e dizer, "não, não, você tem que superar isso", pois isso faz parte do processo de ser uma criança e você ter que atravessar isso... Eles não vão se tornar adultos autoconfiantes do nada, então é mais sobre segurar a mão deles, e continuar os encorajando do jeito que eu fui encorajado também. Então, em algum momento, isso funciona, e você encontra a autoconfiaça, mas sim...</p><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWOpnc2CnaJxGPcrJX5FLxg5wdimOFk3qR6HSqiBhe14Z2PQk2hD1axyArTFMQ7gkfhvB1qZfeacPmfTfUsR-DC_muH-JnigsjhsYk8jtc768waPLLuPjA7Lec1KAuB0U5Xv3CjrHxrlxPxsLOwlNKYgfiOgakMRMcJb7KoO5mFneRWR9hHlSQy9-nbS8/s1280/jessica4.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="655" data-original-width="1280" height="328" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWOpnc2CnaJxGPcrJX5FLxg5wdimOFk3qR6HSqiBhe14Z2PQk2hD1axyArTFMQ7gkfhvB1qZfeacPmfTfUsR-DC_muH-JnigsjhsYk8jtc768waPLLuPjA7Lec1KAuB0U5Xv3CjrHxrlxPxsLOwlNKYgfiOgakMRMcJb7KoO5mFneRWR9hHlSQy9-nbS8/w640-h328/jessica4.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption">Desenvolvimento visual de <b>O Pequeno Grande Mundo de Jessica</b>: Nick Winn (Design de personagem) Emily Walus (cenário) e Benjamin Anders (cores) via <b><a href="https://crewofthecreek.tumblr.com/tagged/Jessica's%20Big%20Little%20World">Tumblr</a></b>.<br /><br /></td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala:</span> </b>Ah sim, legal! Muito obrigada pela a atenção e a gentileza de todos vocês. Eu vou continuar assistindo e falando a respeito de seus programas de TV, e torcendo pelo seu sucesso! Pode apostar! Obrigada!</p><p style="text-align: justify;"><b>Tiffany Ford: </b>Eu queria mencionar mais uma coisa: o <b><a href="https://www.instagram.com/franklinboards/">Gabriel Franklin</a></b> é um artista brasileiro, do Rio de Janeiro, que contribuiu com os <i>storyboards</i>. Ele foi realmente importante para o nosso programa! </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXq2pczlaBpL8bfAeZ2V4us6z6W2UyJB6gWyR3oGqKy_BEhdTP7PNDJ0AW65lDEZE0PRX2L2wXoQoTiq5wC3ba9Zp8HW3jiWTIPAQvEChtUhHXn5Cdlc0S0ZUHSGSmGrsGPha_IT3f_wcPdxgxOZLxD4_Zoi2VrW2evPMUpfQTUB4mYutZrL1SemJaQTE/s1920/gabriel.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXq2pczlaBpL8bfAeZ2V4us6z6W2UyJB6gWyR3oGqKy_BEhdTP7PNDJ0AW65lDEZE0PRX2L2wXoQoTiq5wC3ba9Zp8HW3jiWTIPAQvEChtUhHXn5Cdlc0S0ZUHSGSmGrsGPha_IT3f_wcPdxgxOZLxD4_Zoi2VrW2evPMUpfQTUB4mYutZrL1SemJaQTE/w640-h360/gabriel.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Storyboard para <b>O Pequeno Grande Mundo de Jéssica</b>, por Gabriel Franklin, via <a href="https://gabrielfranklinstory.com/jessicas-big-little-world-cartoon-network-studios"><b>gabrielfranklinstory.com</b></a></td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala: </span></b>Uau, que incrível! Obrigada por essa informação!</p><p style="text-align: justify;"><b>Tiffany Ford: </b>Por nada!</p><p style="text-align: justify;"><b><span style="color: #674ea7;">Anne Quiangala:</span> </b>Bom, muito obrigada! Foi muito legal falar com você! Tchau!</p><p style="text-align: justify;"><b>Tiffany Ford, Ben Levin e Matt Burnett</b>: Tchau!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><!--notionvc: c67485c8-39d7-425e-9a32-89c3f537d36e--><div style="text-align: center;"><i>A primeira temporada de </i><b>O Pequeno Grande Mundo de Jessica</b><i> estréia, no Brasil, dia 4 de março na plataforma de streaming Max, e também às 10h30 e 21h no Cartoonito e às 14h45 no Cartoon Network.</i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: left;">Agradecimentos:</div><div style="text-align: left;"><ul style="text-align: left;"><li>Preparação: André Severino, professor de inglês sensacional (@cursoyobrazil)</li><li>Equipe da Agência Weber Shandwick: Victoria Baptista, Bruno Rebello e Raphaela Victor</li><li>Revisão das legendas: Kika Soares (@ofantasticomundodekika)</li></ul></div><div style="text-align: center;"><br /></div>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comBrasília, DF, Brasil-15.7975154 -47.891887399999987-44.107749236178847 -83.048137399999987 12.512718436178845 -12.735637399999987tag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-30533065339410833392024-02-02T10:00:00.016-03:002024-02-02T17:53:48.538-03:003 razões para você jogar Tekken 8 já!<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTHyVNHn8Jaq3WyWuDzHHYm8zLFY5GjLIW-w7ooAxXRu7BckdIzSFoI5OX0zR8Ls2p6aIo2U9btJXKPBO78ijaRDpvDkPTgKmMpYTPzuCR6W6rDG15NlAUQhdr241DNx5WtK4uKYONhqL_90AHy_-iyxh9zmYEqpHu9uUBgBTAqxzHjil-ebm-J8vOj3w/s1280/Tekken-8-9.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTHyVNHn8Jaq3WyWuDzHHYm8zLFY5GjLIW-w7ooAxXRu7BckdIzSFoI5OX0zR8Ls2p6aIo2U9btJXKPBO78ijaRDpvDkPTgKmMpYTPzuCR6W6rDG15NlAUQhdr241DNx5WtK4uKYONhqL_90AHy_-iyxh9zmYEqpHu9uUBgBTAqxzHjil-ebm-J8vOj3w/w640-h360/Tekken-8-9.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O conflito de família segue firme e forte!</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: right;"><b>por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Tekken é uma longeva franquia de jogos de luta da Bandai Namco, que boa parte de nós acompanha desde os anos noventa. Os personagens tem visuais marcantes, além de estilos de luta que tornam as batalhas mais interessantes (até absurdas, no melhor sentido da palavra!) e agressivas. Em seu mais recente título, lançado em 26 de janeiro de 2024, <b>Tekken 8 entrega um modo história dinâmico, com gráficos impressionantes. Se você nunca jogou nenhum dos títulos ou não se lembra bem os conflitos da família Mishima, não tem problema</b>: antes de começar o modo história <strong>O despertar das trevas</strong> pode conferir as animações que resumem toda a história desde o primeiro Tekken! Mas é claro que o modo história não é o que há de mais interessante no jogo!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNcuvr3hXrardDpjYNg0joVmH8CVbVIG0G0ObQI1yMG0yt-p5oNzyY0WUPvAyCBxciU0VTviyrum9CFeWII9K2jtm5D0ZASNnGiMMFPblkjVCnUPUCi3xih-y9c47uUC4FqX4uQgPGrLvNwi8fTvmK9KI6U2qCFL6-hH0aRkVFdjy4ziihyphenhyphenrZKKBw8uow/s1280/tekken%208%20gameplay.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNcuvr3hXrardDpjYNg0joVmH8CVbVIG0G0ObQI1yMG0yt-p5oNzyY0WUPvAyCBxciU0VTviyrum9CFeWII9K2jtm5D0ZASNnGiMMFPblkjVCnUPUCi3xih-y9c47uUC4FqX4uQgPGrLvNwi8fTvmK9KI6U2qCFL6-hH0aRkVFdjy4ziihyphenhyphenrZKKBw8uow/w640-h360/tekken%208%20gameplay.jpg" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Razão 1: Visual impecável!</span></h3>
<p style="text-align: justify;">O visual de Tekken sempre foi muito realista e proporcionou uma experiência de interação com o cenário para além da bidimensionalidade que a maioria dos títulos concorrentes apresentava. Neste sentido, sendo Tekken 8 o primeiro jogo de luta a usar a Unreal Engine 5, a expectativa em termos de visual era altíssima, bem como sobre a otimização.<b> Foi bastante positiva a minha experiência de jogo com a GPU GeForce 2060 Super* (configurações recomendadas) ainda por cima em live</b>. O jogo rodou perfeitamente, possibilitando a experiência visual completa enriquecida pela trilha sonora empolgante das batalhas e dos menus. O contraste entre imagens realistas (luz, poros e tudo mais) e sequências narrativas fantásticas através dos cenários torna o jogo bastante convidativo, tanto para jogadores novos como para aqueles que acompanham a saga dos personagens há longa data.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9AvJJ0-SCS1BKhH1_P1InsjXxh1677p5Eo9pxJO_Bsxzi2GJx6wE_DprnBuRTMJo5t8MortcrRoAErDsur4vaAcfWtFEhGzeSftkYn73IEKvOIpbSBhPbQ4xlYtZm6rnDt6l8nIpy7eo8MyHOAtvFn4DOKGkpXHYZEZ0xdJAVGiaFB5XHeoNJX9BZokk/s700/16-tekken-8-arcade-quest.webp" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="368" data-original-width="700" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9AvJJ0-SCS1BKhH1_P1InsjXxh1677p5Eo9pxJO_Bsxzi2GJx6wE_DprnBuRTMJo5t8MortcrRoAErDsur4vaAcfWtFEhGzeSftkYn73IEKvOIpbSBhPbQ4xlYtZm6rnDt6l8nIpy7eo8MyHOAtvFn4DOKGkpXHYZEZ0xdJAVGiaFB5XHeoNJX9BZokk/w640-h336/16-tekken-8-arcade-quest.webp" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os avatares são muito fofinhos e com uma variedade interessante de atributos, roupas e acessórios<br /><br /></td></tr></tbody></table>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Razão 2: Diversidade</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Tekken é uma franquia que sempre apresentou personagens os mais diversos possíveis, o que inclui o Panda, o ciborgue-ninja Yoshimitsu, e o boneco de treino Mokujin.<b> <a href="https://www.pretaenerd.com.br/2017/04/diversidadenaodeveriaser.html">Já discutimos o problema da diversidade ser apresentada como gabinete de diversidades</a></b>, o que nos traz para a reflexão que a franquia apresenta sobre o tema. Se na década de noventa, mulheres de diferentes raças combatiam com grande poder, trinta anos depois a resposta é animadora! Há personagens não-humanos, que são marcantes no jogo, e uso de estereótipos (como a perunana Azucena e sua obsessão por café) como forma de reconhecermos os representantes das nações. Vale rassaltar que <a href="https://www.pretaenerd.com.br/2017/04/oquefalsasimetria.html"><b>comparar a imagem estereotipada de um grupo social estigmatizado com figuras de Mônaco não é a mesma coisa</b></a>, porque no primeiro caso é a refirmação do senso comum que desumaniza todo um grupo social.</p>
<p style="text-align: justify;">Mas é positivo que personagens de diferentes países sejam dublados no idioma original, conferindo uma identidade crível. <b>Também vale ressaltar que há uma importante experiência disponível no modo história Arcade. Nele, podemos customizar um personagem e explorar a experiência de torneios de Tekken com todo o clima nostálgico daqueles ambientes.</b> A interação com os frequentadores é a maior surpresa: até mesmo em relação às falas mais grosseiras e conservadoras que representam uma porção considerável do público, personagens não-jogáveis (NPCs) respondém de forma polida e questionadora. Neste clima de “não existe forma certa ou errada de jogar”, e com ambientes repletos de meninas, LGBTQIAP+ e racializadas, Tekken 8 reescreve a experiência do fliperama tornando a disputa e a experiência geral de um jogo de luta intenso, surpreendentemente, super amigável.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="344" src="https://www.youtube.com/embed/iILoqJlCa2s" width="682" youtube-src-id="iILoqJlCa2s"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Razão 3: Foco nos combos extremos</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Uma das questões que mais afasta o público dos jogos de luta são as questões motoras, que vão desde combinar comandos até executá-los rapidamente. Se esse for o seu caso, em Tekken 8, vale a pena investir nos tutoriais, até para entender quais as suas habilidades e onde é necessário aprimorar. Dito isso, vale lembrar que<b> o novo Heat System possibilita que se acumule “calor” a partir de um conjunto de golpes agressivos, seriados, e desta forma ativar um conjunto de golpes especiais</b> de cada um dos mais de 30 personagens (tem hora que parece um verdadeiro Raio-X do Mortal Kombat, mas pra toda a familia!). Com esse sistema é possível reverter resultados prováveis e equilibrar o jogo. Como a defesa se mostrou lenta e pouco eficaz, fica evidente que a melhor defesa é o ataque, e quanto mais agressivo mais pontos são recebidos para que você possa customizar seus personagens e seu próprio avatar sem custo adicional. Com os combos descomplicados e o show de acrobacias, nuvens, fogo e destruição do ambiente fica claro o que refocei na primeira razão: além de divertido, Tekken 8 é um jogo agradável para jogar e também para assistir!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="310" src="https://www.youtube.com/embed/ZaDwl37RYTw" width="619" youtube-src-id="ZaDwl37RYTw"></iframe></div><div style="text-align: center;">Gameplay "Joga e Fala" do modo história "Despertar das trevas"</div><div style="text-align: center;"><br /></div><p></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Conclusão</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Uma franquia como Tekken, com exatos trinta anos, poderia ter dificuldades para atualizar seu discurso, ao mesmo tempo manter a experiência esperada pelo público que vem acompanhando desde o início, mas a<b> Bandai Namco conseguiu entregar um jogo tão cativante quanto agressivo e reconhecível nos detalhes de jogabilidade, cenários, caracterização de personagens e a trilha sonora</b>. É muito gratificante contemplar os avanços em termos de representação feminina, e um posicionamento tão positivo a respeito da diversidade e da identidade gamer.</p>
<p style="text-align: justify;">Customização, aliás, é uma palavra-chave de Tekken 8, para além dos visuais diferentões de cada personagem e de suas idiossincrasias nos estilos de luta e aspectos culturais e isso nos leva a explorar os vários modos do jogo. Além disso, a riqueza visual e o aspecto amigável em termos técnicos e discursivos tornam o jogo uma super recomendação. Sem mais delongas: se eu fosse você jogaria Tekken 8 já!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<p style="text-align: right;">*<strong>Recebi o código para review da Nvidia</strong></p>
<!--notionvc: cad03343-3932-4710-bb6c-046c43baafb1-->Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-90272193686022340122023-11-14T13:11:00.000-03:002023-11-14T13:11:08.958-03:00REVIEW| Capitã Marvel: Mais alto, mais longe, mais rápido de Liza Palmer<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbY7yI66lxdZ5hZvsjrnEnYPTDmzG5Ixw7KZTpaj29BLux8WzuvruBnYo_rmXnOmRCDzRg1t2aBR03j9en_7rympyGnyR6dRj0wHegAETR4Fy29csraA1k0URYDPD-7yk-psxZTuRB5Ko3h1wwK9mME8PN78FGKN6arM4zlpdsJ-mzt_I4TqRqggaVRck/s610/c12%20capit%C3%A3%20marvel.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="340" data-original-width="610" height="356" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbY7yI66lxdZ5hZvsjrnEnYPTDmzG5Ixw7KZTpaj29BLux8WzuvruBnYo_rmXnOmRCDzRg1t2aBR03j9en_7rympyGnyR6dRj0wHegAETR4Fy29csraA1k0URYDPD-7yk-psxZTuRB5Ko3h1wwK9mME8PN78FGKN6arM4zlpdsJ-mzt_I4TqRqggaVRck/w640-h356/c12%20capit%C3%A3%20marvel.jpg" width="640" /></a></div><div><br /></div><ul style="text-align: left;"><li>Título: <a href="https://amzn.to/3Mgdky9" style="font-weight: bold;">Capitã Marvel: Mais alto, mais longe, mais rápido</a></li><li>Autora:<a href="https://lizapalmer.com/"> Liza Palmer</a>*</li><li>Editora: Excelsior</li><li>Tradução: <a href="https://br.linkedin.com/in/guilherme-kroll">Guilherme Kroll</a></li><li>Páginas: 208</li><li>Formato: capa dura com luva</li><li>Ano: 2021</li></ul><div style="text-align: right;"><br /></div><div style="text-align: right;"><i><br /></i></div><div style="text-align: right;"><i>"Aconteça o que acontecer, </i></div><div style="text-align: right;"><i>lembre-se sempre de quem vocês são. </i></div><div style="text-align: right;"><i>Não do que eles dizem que vocês são"</i></div><div style="text-align: right;"><i>(PALMER, 2021, p. 177)</i></div><h3 style="text-align: left;"><br /></h3><h3 style="text-align: left;">MAIS ALTO: DENVERS NOUTRAS MÍDIAS</h3><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><a href="https://www.pretaenerd.com.br/2019/03/capita-marvel-entre-o-queerbaiting-e-a-reparacao.html">Assistindo ao filme Capitã Marvel você se perguntou sobre como a amizade entre Danvers e Rambeu frutificou? </a></b>Aquela passagem de tempo acelerada que mostra o quão árduo foi o treinamento militar, mesmo a sequência em que as duas amigas fazem sinal, e tomam seus lugares nas aeronaves, nos dão um plano geral sobre Carol Danvers, mas muitas perguntas ficam no ar. E é justamente com o intuito de nos fornecer mais detalhes, que Liza Palmer construiu a linha geral do romance <b><a href="https://amzn.to/47jxLlY">Mais alto, mais longe, mais rápido</a></b>, publicado no Brasil pela editora <span style="text-align: left;">Excelsior em </span>2021.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div>Nesta história, que se passa na década de 1980, acompanhamos Carol Danvers em seu primeiro ano na escola de vôo na Força Aérea dos Estados Unidos. <b>Grande parte dos acontecimentos são experiências desproporcionais que servem como plano de fundo para um discurso feminista embrionário</b>, sobre como as instituições favorecem os homens, especialmente porque eles são socializados para se apoiarem apesar de discordâncias. </div><div><br /></div><div>Assim, Danvers se sujeitará a toda a sorte de situações de testes físicos, que evidenciarão que ser igual ou melhor, ainda significa ser insuficiente para aquela instituição. Neste processo de lapidação, <b>Danvers precisa reconhecer o peso da hierarquia e se convencer de que argumentar, desafiar superiores ou questionar ordens - por mais irracionais que lhe pareçam - é só mais uma forma de justificarem que ela seja punida</b>. Seu objetivo, junto à <b><a href="https://www.pretaenerd.com.br/2019/03/capita-marvel-entre-o-queerbaiting-e-a-reparacao.html">amiga, Maria Rambeau</a></b> (no filme, interpretada por <b><a href="https://www.pretaenerd.com.br/2019/03/crush-da-semana-lashana-lynch.html">Lashana Lynch</a></b>), que mostra uma nova camada de experiência de exclusão, de serem as primeiras mulheres pilotos de elite Flying Falcons, mas Maria sofrer por ser Negra, é a trama principal e proporciona uma grande lição para a jovem personagem que tem ideais de igualdade bem genuinos.</div><div><br /></div><div>Não vou te enganar: o romance pode ser classificado como um <i>filler</i>, porque ao longo de um pouco mais de duzentas páginas não há nenhum desdobramento, nenhum evento disruptivo que cause impacto na trajetória da protagonista. Entretanto, isso não é demérito, já que<b> a função do filler é apresentar detalhes sobre a história, especialmente aquelas que são sagas longas, focadas em ação, cheias de personagens.</b> Em uma obra focada em mostrar todo o percurso da personagem, muitas detalhes são suprimidos para privilegiar o grande momento de resolução, então <i>filler </i>tem sua função de ser.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Enfim: Carol Danvers, a atual Capitã Marvel, é uma personagem com uma longa história na Marvel, então temos sua história de origem pulverizada em quadrinhos, como o encadernado <b><a href="https://www.pretaenerd.com.br/2017/04/capitamarvelboafeminista.html">Capitã Marvel #1</a></b> (<i>Captain Marvel #1-#6 - 2012), </i>mas a sua juventude na Força Aérea é uma parte de sua vida geralmente pincelada. Portanto, <b>Mais alto, mais longe, mais rápido</b> cumpre bem a função de mostrar detalhes sobre como Danvers é uma pessoa obstinada, mas isso não significa que tudo dá certo pra ela. Ao contrário, <b>sua história de origem mostra exatamente como sua personalidade é firmada em valores rígidos, além de apresentar certa inabilidade social. Acompanhar tudo isso em primeira pessoa, a partir da perspectiva elaborada pela personagem, é uma experiência interessante</b> que contrasta com o que podemos depreender da observação de sua presença tão confiante, em outras mídias.</div><h3 style="text-align: left;"><br /></h3><h3 style="text-align: left;">MAIS LONGE: TRANSPOSIÇÃO/ TRADUÇÃO </h3><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Diferente dos <a href="https://www.pretaenerd.com.br/2018/06/review-star-wars-herdeiro-do-jedi.html"><b>romances de Star Wars</b>,</a> que trabalham a transposição exata da experiência audiovisual, que é a primeira camada daquele universo, a transposição em <b>Capitã Marvel: Mais alto, mais longe, mais rápido</b> não é tão comprometida com esse formato (também não é demérito). Ele é um romance com linguagem simples, sem atrito na leitura e encorpado com <b>um discurso feminista muito evidente: Carol e Maria se apoiam e se tornam uma célula que também empodera outros colegas.</b> Nesta interação, a heroína se torna uma pessoa melhor, capaz de observar a complexidade que reside entre privilégios sociais e afinidade, já que ela mesma se torna amiga de um arquirrival que poderia ser Flying Falcon com mais facilidade, só porque é homem e branco.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É positivo o modo como personagens secundários, mesmo os privilegiados, assumem uma posição mais complexa do que imagens de controle e expectativas sociais. <b><a href="https://www.pretaenerd.com.br/2019/04/afinal-a-capita-marvel-te-representa.html">A própria Danvers é cheia de traumas de experiências injustas vivenciadas na família, o que justifica o ímpeto que ela demonstra diante de situações desafiadoras.</a> </b>Ela tem muita dificuldade no controle inibitório, e um senso de justiça apuradíssimo, embora norteado por uma perspectiva, em certa medida "infantilizada", porque também privilegiada, de como a discriminação institucionalizada funciona em camadas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2wD3XUOrCa7Md-zQQBAAhnalWX9cLInCR7Bzg1eWeHAC2XelVMRRtdoHTqPROxJsnvVraUiTgliVHgQMi27cN8eZIluQPAmw7vmLLkpiadhBbmg0UErOHiw97pC9NBh9Nyf7pQrmlRNiq99R3RSb4-U8UVW4DDZ7_w4TfCWi4oPaCqauAoATQanokDO0/s636/capita-marvel1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="636" height="504" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2wD3XUOrCa7Md-zQQBAAhnalWX9cLInCR7Bzg1eWeHAC2XelVMRRtdoHTqPROxJsnvVraUiTgliVHgQMi27cN8eZIluQPAmw7vmLLkpiadhBbmg0UErOHiw97pC9NBh9Nyf7pQrmlRNiq99R3RSb4-U8UVW4DDZ7_w4TfCWi4oPaCqauAoATQanokDO0/w640-h504/capita-marvel1.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Captain Marvel #1 (Setembro/2012)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Tive que pesquisar sobre piruetas de voo para ter uma ideia geral nas passagens em que Carol e Maria pilotavam aviões, apoiadas por uma geração de pilotos anterior. </b>Tais descrições não impedem a compreensão de leitoras leigas, porque existe um cuidado em equilibrar a linguagem técnica, nomes de modelos e a centralidade na narrativa em si. Além disso, a compreensão mais histórica a respeito da conquista de direitos e ampliação de acessos mostra a importância de jovens ativistas não reiventarem a roda, ainda mais sozinhas: a geração de pilotos mais experiente passou por obstáculos semelhantes e conhecem ferramentas ainda válidas. Isso vale tanto pra gente!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><h3 style="text-align: left;">MAIS RÁPIDO:</h3><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Há uma certa magia no modo como a narrativa é permeada de um certo otimismo da vontade, apesar da força social contrária se sobrepor aos individuos obstinados. Não há mais o que fazer, quando <b><a href="https://www.pretaenerd.com.br/2017/04/diversidadenaodeveriaser.html">Carol e Maria percebem que nunca foi sobre suas habilidades</a>.</b> E, nessa jornada elas não perdem a esperança, mas passam a valorizar mais ainda o senso de integridade e o autovalor:</div></div><div><br /></div><div><blockquote>Sou uma boa pilota. - A voz de Maria ressoa pela sala. Forte e orgulhosa. Um sorriso largo surge no meu rosto. Eu sei o quão difícil foi pra ela dizer, porque eu também precisei dizer a Jack hoje cedo, de uma maneira ou de outra (PALMER, 2021, p.123)</blockquote><br /><div style="text-align: justify;">Muitas cenas de companheirismo, que poderiam ser contemplativas, como no exemplo acima, são melhor aproveitadas por experienciarmos <b>Mais alto, mais longe, mais rápido</b> na perspectiva de Danvers. A<b> <a href="https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=f381Uq6H1sk&t=3355s">reciprocidade manifestada entre as amigas é muito superior às atitudes mesquinhas do comandante e injustiças, e uma sensação que fica após a leitura é que nós lutamos demais pra alcançar metade, às vezes, até nada, mas isso não é sobre nós, nem sobre quem somos, nem sobre o que estamos fazendo</a>. </b>A própria Danvers diz:</div></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><blockquote>Aprendi que eu não precisava cortar partes de mim e oferecê-las a outras pessoas para que elas pudessem debater e determinar seu valor. Sou eu que decido. O que sifnifica que finalmente vou enfrentar este dia como um ser completo e poderoso. Inteiro! (PALMER, 2021, p. 155)</blockquote></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Essa consciência de Carol é um amadurecimento essencial para todo mundo que "está além dos trilhos". Muita gente pode argumentar que é um livro simples, leve e repleto de clichês, e não posso discordar sobre isso, o livro é o que é. Mas reitero que é uma proposta, não apenas válida como necessária: ele aborda temas relevantes para "nós" e mostra que, às vezes, uma mulher - estamos sempre sendo obrigadas a lembrar de que não somos homens - só quer se divertir. <b>Às vezes, pra gente, ir mais alto, mais longe e mais rápido é sobre apreciar uma boa aventura, na perspectiva duma heroína imperfeita, lutadora e cheia de coisas pra aprender, como nós</b>.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><b><br /></b></div><div><b>*Liza Palmer</b> é autora do best-seller <a href="https://amzn.to/45HlqqE"><b>Conversations with a Fat Girl</b></a>, bem como outros romances. Ela foi indicada ao Emmy e mora em Los Angeles.</div></div><br /><iframe frameborder="none" id="cr-iframe" style="background-color: white; display: none; height: 100%; position: fixed; right: 0px; top: 0px; width: 100%; z-index: 2147483647;"></iframe>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-65584514742390164662023-06-16T09:00:00.001-03:002023-06-16T09:00:00.142-03:00Marvel | Quem é... America Chavez? #InfinityComic<p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUQwBWS5hvCA2IUPhSIaa0frnHXrzI68nxaAT2ZelzBPypD9lhK81YU1y76A0K63q0bfUVuzI-Z8YhIaE-VeRQm_sGZvn3so9HrDjd7dd7LgJOHdI7p7GJyaWf5UnUsdKtOeLfwnbFgf61y_pQfK-SGX7tz-qZqAjd_xeQGCwTkxs1lPhht0n7OQAn/s1076/america.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="716" data-original-width="1076" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUQwBWS5hvCA2IUPhSIaa0frnHXrzI68nxaAT2ZelzBPypD9lhK81YU1y76A0K63q0bfUVuzI-Z8YhIaE-VeRQm_sGZvn3so9HrDjd7dd7LgJOHdI7p7GJyaWf5UnUsdKtOeLfwnbFgf61y_pQfK-SGX7tz-qZqAjd_xeQGCwTkxs1lPhht0n7OQAn/w640-h426/america.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A capa da edição mostra a versão mais cartunesca de America Chavez, aproximando a adolescente de um público mais amplo (Detalhe da capa)</td></tr></tbody></table><strong><br /></strong><p></p><div style="text-align: center;"><i>"Regra número um da viagem ao multiverso: você não sabe de nada."</i></div><div style="text-align: center;"><i>(America Chavez em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura)</i></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><p style="text-align: right;"><b>por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: justify;"><strong>America Chavez</strong> é uma jovem super-heroína do Multiverso criada pelo escritor Joe Casey e pelo desenhista Nick Dragotta, que apareceu pela primeira vez em 2011 na minissérie Vengeance #1 (publicada, no Brasil, em volume único sob o título de <strong><a href="https://www.youtube.com/watch?v=AdfVKG9HlIY&t=11s">Vingança</a>).</strong> O que torna essa história interessante é a introdução da figura de Chavez, já que a narrativa é mirabolante, fragmentada e pouco significativa, portanto, se você quer conhecer a America, <strong>Who is… America Chavez</strong> (escrita por Alex Segura, ilustrada por Carlos Gomez, 2022) se torna um ponto de partida melhor!</p>
<p style="text-align: justify;">A história de <b>Who is... America Chavez Infinity Comic (2022) </b>é construída na estrutura criada pela Marvel, em 2012, chamada de <strong>Infinity Comic</strong> (quadrinhos digitais feitos para serem lidos verticalmente, e exclusivamente para a plataforma de quadrinhos sob demanda <strong>Marvel Unlimited </strong>- em inglês), e nela, acompanhamos America numa batalha do presente, entrecortada por <em>flashbacks</em> que apresentam a sua história, desde a infância na dimensão paralela, o sacrifício de suas mães super-cientistas, Amalia e Elena, para salvar o Multiverso, a adoção pela família Santana, bem como as suas fugas até conhecer e dominar seus superpoderes.</p>
<p style="text-align: justify;">O flashback toma emprestado os quadrinhos em que a história aconteceu, criando uma camada de significado que revela as diferentes aparências, trajes, estilos narrativos que deram vida à personagem desde a sua criação. Esse recurso transforma uma narrativa panorâmica, que tem um objetivo claro de introduzir America a novos leitores e fanáticos pelo MCU para se inteirarem como preparação para assistirem <strong>Doutor Estranho no Multiverso da Loucura</strong>, em algo mais... interessante. A luta presente, no final das contas, é um elemento que confere movimento, dinamismo à narrativa curta, com poucos balões, quadros e uma trilha de elementos simples (como as estrelas lançadas por Chavez) que usam a extensão lateral para conduzir a leitura vertical com rapidez.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA24CclWN6EtVeMP7y6kZZlKMFEddccn28l_DiDqoJEc319BqneWCUHmCaytgjMV1Oosdl1kFwfardFITuFRWD03HKeZvCbwUwAgCmmcSLf2LwJONkoXOwckEydT5CsoCRMZaepcxkpe9BRW6saRO0r-ssj0HNR8bLGDxLBdEjQ-V3Or-3xFWi2jbp/s1280/america.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA24CclWN6EtVeMP7y6kZZlKMFEddccn28l_DiDqoJEc319BqneWCUHmCaytgjMV1Oosdl1kFwfardFITuFRWD03HKeZvCbwUwAgCmmcSLf2LwJONkoXOwckEydT5CsoCRMZaepcxkpe9BRW6saRO0r-ssj0HNR8bLGDxLBdEjQ-V3Or-3xFWi2jbp/w400-h640/america.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A condução do olhar ao longo da tela torna a leitura dos Infinity Comics dinâmica. A história é contada rapidamente e com vocabulário acessível, portanto, é uma ótima forma de estudar inglês desde o básico.<br /><b>Fonte</b>: Who is... America Chavez (2022) #1<br /><br /></td></tr></tbody></table>
<p style="text-align: justify;">Então ela entrou na Brigada Jovem (Vengeance #1), passou pelos Jovens Vingadores, A-Force, Ultimates e Vingadores da Costa Oeste. Um ponto comum a todas essas fases lembradas é o sentimento de solidão que a heroína sente. Todas essas fases aparecem em <strong>Who is… America Chavez</strong> com quadros das histórias originais, nos dando um panorama dos traços que já deram vida à personagem, conectando as peças do “eu” que busca se definir, enquanto luta e e se conecta com aquelas partes. À medida que deslizamos as páginas verticalmente, uma ligação entre elas é criada pela sequência de estrelas, ou mesmo pela sequência de ações, dando um ritmo mais dinâmico, sobretudo para as lutas.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">PROCURANDO A IDENTIDADE</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Desde a sua criação, a aparência de America varia entre um conceito sexualizado do traje tomara-que-caia, calça <i>saint-tropez</i> e bota de salto alto, visto em Vingança, até a camiseta, casaco de capuz, short e bota sem salto, em Jovens Vingadores Vol .2. <b>As invariáveis cores do traje heroína são vermelho, azul e branco com uma estrela grande ou várias pequenas de cor branca, remetendo tanto à bandeira dos E.U.A, quanto à de Cuba.</b> Assim como a identidade ambivalente de América questiona o imperialismo dos E.U.A de se auto intitularem "A América", apagando o continente inteiro, o fato de mesclar na fala inglês e espanhol, traz à tona a disputa de narrativas e a própria ambiguidade de sua identidade híbrida: estrangeira (geralmente seu portal interdimensional é uma grande estrela)
e estadunidense (os ataques são estrelas pequenas) (QUIANGALA, 2017)</p>
<p style="text-align: justify;">Além disso, seu sobrenome faz referência ao ex-presidente da Venezuela, Hugo
Chavez, cuja política anti-imperialista e anticapitalista desafiou tanto os E.U.A quanto o
militarismo israelense. <b>America Chavez, MAC ou Miss América, deu um ar Pós-Moderno aos conflitos e paradoxos ideológicos, à medida que aponta para uma solução futura diferente de
tudo o que se conhece.</b> Enquanto a visão de mundo de quem está presa a uma realidade é
limitada, a mudança constante de referencial e – consequentemente – de perspectiva, faz de
America Chavez a única que não tem existências simultâneas, bem como uma efetiva agente
de mudanças. Também:</p>
<div style="text-align: justify;"><blockquote>O carisma e a assertividade fazem de America Chavez uma personagem capaz de representar a experiência da segunda maior parcela étnico-racial dos Estados Unidos, sem apagar a interseccionalidade como outrora. Além disso, a ironia da adolescente ser uma bandeira ambulante, uma heroína fora de todos os armários, faz dela um dispositivo discursivo duma mudança de mentalidade (e reposicionamento de mercado) histórico. Assim, continuando o seu rápido escalonamento no multiverso Marvel, ela recebeu um título próprio, escrito pela romancista latina e queer Gabby Rivera e ilustrado por Joe Quinoces, lançado em março de 2017 (QUIANGALA, 2017, p. 256)</blockquote></div><p style="text-align: justify;">Embora esse título próprio de Chavez tenha sido cancelado precocemente, a personagem é uma chave importante no universo Marvel, tanto pelo seu poder de quebrar as paredes e se deslocar pelo Multiverso, como pelo modo como se conecta com uma parcela de leitoras. <b>O fato de ser uma personagem nova — além de jovem — , latina e abertamente lésbica faz com que aspectos de sua missão, identidade e personalidade sejam integrados e visíveis.</b> Deste modo, além desta <i>chica</i> nos divertir com seu senso de humor específico e comentários sarcásticos em "espanglês" (pra nós, portunhol), também sinaliza que o mundo dos super-heróis, geralmente tão codificado como o lugar da hegemonia, pode ser habitado por pessoas que pertencem a minorias sociais e/ou políticas sem que isso resuma a trajetória ou a subjetividade.</p><p style="text-align: justify;">Em suma, se você tem interesse em conhecer a trajetória de America Chavez nos quadrinhos, o Infinity Comic é um formato adequado para ter noção dos acontecimentos, mudanças no conceito da personagem, especialmente porque condensa tudo numa narrativa curta e dinâmica. Vale lembrar que na plataforma Marvel Unlimited, há diversas edições de histórias exclusivas para o meio digital que tanto podem ser de introdução à personagens e equipes, como histórias avulsas, que servem para darmos atenção a um personagem ou mesmo um romance. Esta é uma entrada satisfatória para o universo dos quadrinhos da Marvel, mas não se restringe a isso. Quem tem um bom repertório, pode se divertir com as histórias no formato infinito sem qualquer sombra de dúvida.</p><h3><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></h3><h3><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDsf7VThJAVJC3dIalADrWRd61rjkyUQYkQW-_vXvZhBnsJ4YBWW-h79Gdssco5VHXWtzVBypBZzNaIQIuGN_8h-XtBIR4uI-OGUDBMyS43Po4cEJhrZaB9fL5lNvsE7ZNN3AB8Hkg4b4Ob0AgPUT3L9gyemVOVYH_ew5lHOSc2MN8YBsWqjVFzmA7/s1800/americachavez.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1800" data-original-width="1200" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDsf7VThJAVJC3dIalADrWRd61rjkyUQYkQW-_vXvZhBnsJ4YBWW-h79Gdssco5VHXWtzVBypBZzNaIQIuGN_8h-XtBIR4uI-OGUDBMyS43Po4cEJhrZaB9fL5lNvsE7ZNN3AB8Hkg4b4Ob0AgPUT3L9gyemVOVYH_ew5lHOSc2MN8YBsWqjVFzmA7/w189-h283/americachavez.jpg" width="189" /></a></div><span style="color: #8e7cc3;">Ficha Técnica</span></h3><p><b style="text-align: left;">Título:</b><span style="text-align: left;"> </span>Who Is... America Chavez Infinity Comic (2022) #1</p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">Roteiro: </b><span style="text-align: left;">Alex Segura</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><b>Arte: </b>Carlos Gomez</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><b>Cores:</b> Bryan Valenza</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><b>Letras:</b> Clayton Cowles</span></p><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">Publicação: </b><span style="text-align: left;">Marvel Comics</span></p><div><b>Lançamento:</b> 20 de abril de 2022<br /><br /></div><div><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></strong></h3><h3 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #8e7cc3;">REFERÊNCIAS</span></strong></h3>
<p style="text-align: justify;">QUIANGALA, Anne Caroline. <strong>A fantasia deles sobre nós:</strong> a representação das heroínas negras nos quadrinhos mainstream da Marvel. 2017. 313 f., il. Dissertação (Mestrado em Literatura) —Universidade de Brasília, Brasília, 2017.</p><p style="text-align: justify;">SAGURA, Alex; GOMEZ, Carlos. VALENZA, Bryan; COWLES, Clayton. <b>Who is... America Chavez Infinity Comic (2022) #1.</b> Nova Iorque: Marvel. <i>Marvel Unlimited</i>.</p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-9421510693362002522023-06-14T09:05:00.004-03:002023-06-14T09:05:00.149-03:004 Motivos pra assistir Harlem agora!<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi4bpV__JlAIHBanNVJdaDEM3r541L678EP1ljylUGj4eo2q9XSHSWu0xh21Lj3tLldCXglEdEpcHugyIHPIk7jpXohFivFh2jIsRxtrCes7n-GEbVzkc1g0RFlAxBnSx1lAwWEM16FqiQ9QuhzynXxMpYzp_CoPomlQe_8iAzosozVjEs5WXHFowe/s1200/HARLEMM.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="796" data-original-width="1200" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgi4bpV__JlAIHBanNVJdaDEM3r541L678EP1ljylUGj4eo2q9XSHSWu0xh21Lj3tLldCXglEdEpcHugyIHPIk7jpXohFivFh2jIsRxtrCes7n-GEbVzkc1g0RFlAxBnSx1lAwWEM16FqiQ9QuhzynXxMpYzp_CoPomlQe_8iAzosozVjEs5WXHFowe/w640-h424/HARLEMM.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As protagonistas de Harlem, da esquerda pra direita: Quinn, Tye, Camille e Angie</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: justify;">Harlem é uma série de comédia, original da <b><a href="https://amzn.to/3qJlnf5">Amazon Prime</a></b>, lançada em 2021. No formato que consagrou <i>Sex and the City</i>, Harlem foca a experiência e desafios cotidianos de quatro mulheres negras que são uma rede de suporte emocional, diversão e pertencimento. Embora essa rede de amor seja o substrato de todos os episódios, bem como o humor otimista, é fato que os temas difíceis são bem discutidos.</p>
<p style="text-align: justify;">Tal como o modelo, Harlem peca bastante no modo caricatural de representação de experiências de mulheridades (no caso) negras diversas, mas isso não é tudo. A atenção aos detalhes, fragilidade e os desafios na vida amorosa dão um equilíbrio interessante. Sobretudo porque as personagens representarem os modelos de Sex and the city (que eram todas não-negras) passa a ter implicações importantes baseada no combate diário aos estereótipos sobre feminidade negra, solidão afetivo-sexual, realização profissional e o processo de tornar-se sujeito.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Motivo 1: Camille</span></h3>
<p style="text-align: justify;">A protagonista da série, Camille, é uma professora assistente na Columbia, e leciona uma disciplina sobre sexo. Além de bonita, bem-vestida, Camille é nerd e descolada. A voz narrativa representa a sua perspectiva, mesclando um amor pelo Harlem à um olhar crítico sobre a condição da mulher negra num mundo em que a prateleira do amor é elencada pelos desejos, inseguranças e lógicas dos homens. Condicionada pela perspectiva de “excelência” em todas as áreas da vida, Camille mostra pra gente os dilemas, angústias e desafios de ser preta e acadêmica.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Motivo 2: Angie</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Angie é uma personagem amável, talentosa e espontânea. Residindo com sua amiga rica Quinn, ela está saindo de um luto após quatro anos da assinatura do contrato com a gravadora. Acompanhamos seus dilemas com a arte, a experiência de pigmentocracia, as imagens de controle pesando amplamente, e sua resistência. Embora ela seja uma das mais estereotipadas do grupo (sempre dançando, cantora, sexualmente disponível, super espontânea….), ela carrega um carisma que me fazem torcer pelo seu desenvolvimento e querer ver mais tempo em tela!</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Motivo 3: Tye</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Um passo além de Sex in the City é ter uma <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2017/08/10-indicacoes-lesbicas-negras-e.html">personagem lésbica</a></b>. Tye é uma empresaria bem-sucedida da área tech e segue o estereótipo da conquistadora e devoradora - ao menos, inicialmente. Com o passar dos episódios, vemos mais dos sentimentos, vulnerabilidade até o episódio em que discute-se o estereotipo da mulher negra forte a partir da resistência de Tye a reconhecer que sua dor precisava de uma maior atenção. A personagem é carismática, inteligente e uma amiga leal que encoraja e dá suporte, mas é exatamente o modo como ela coexiste naquele grupo hétero que enfraquece a representação de lesbiandade: ela só fala de “pau” ou das conquistas sexuais, e isso não é uma imagem muito representativa.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Motivo 4: Quinn</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Quinn é uma mulher talentosa, sensível e em busca de amor. Entretanto, o fato de ter pais ricos faz de seus desafios completamente diferentes das demais amigas. Esse contraponto é bastante positivo, porque ela não é apenas uma “pobre menina rica”, mesmo quando as amigas a tratam dessa forma. A personagem resiste a rótulos simples a cada vez que demonstra empatia, sensibilidade e abertura para olhar as outras pessoas. Pode não ser tão interessante num primeiro momento, a “estilista sustentável”, porque é construída visualmente pra parecer superficial e “excessivamente sofisticada”, mas à medida que ela se permite, vai se tornando interessante também, tanto como as outras, a ponto até de nos identificarmos com algumas partes dela!</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Conclusão</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Embora seja uma série de comédia muito focada em experiências sexuais, Harlem é comprometida em representar a experiência diversa de mulheres negras a partir dos moldes prefigurados por Sex and the City. Se por um lado, as personagens podem parecer sem substância, por outro, a narrativa em si e a fotografia apresentam texturas que nos deleitam. Ao combinar clichês de comédias românticas otimistas, com o realismo da experiência negra contemporânea (referências, questionamentos, perspectivas, anseios, gentrificação e imagens de controle), a série apresenta um ótimo lugar de conforto - é claro, entre rompimentos e continuidades. Mas é fato que cada perspectiva, cada personagem representa um motivo pelo qual você precisa dar uma chance pra Harlem agora!</p><p style="text-align: right;"><span style="text-align: center;"><br /></span></p><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #674ea7; color: white;">Link de afiliado:</span></div><h3 style="text-align: center;"><span style="background-color: #d9d2e9; color: #674ea7;"><a href="https://amzn.to/3qJlnf5">Assine Amazon Prime e assista Harlem sem custo adicional!</a></span></h3>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-6930918847431754002023-06-13T18:26:00.000-03:002023-06-13T18:26:08.956-03:00[Burning Bujo #4] Montando a semana no Bullet Journal (passo a passo)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNM-R_fyuYPmfEqrMpj962uBAhQuIhxGSvwjgYPJfJbdsqU4wQhkBm-RLxSJyRcAM2Z-7_GaZD19DYat0m2c35JQdbYPSCr3hvte623EYpMRnOQRAu-vY1hXfIIdPYqrul6D2scexkmLYlpD2sjtymvgQ67IevTj-6QaHvYLPrmrkOcOf654Hcpu03/s1280/1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNM-R_fyuYPmfEqrMpj962uBAhQuIhxGSvwjgYPJfJbdsqU4wQhkBm-RLxSJyRcAM2Z-7_GaZD19DYat0m2c35JQdbYPSCr3hvte623EYpMRnOQRAu-vY1hXfIIdPYqrul6D2scexkmLYlpD2sjtymvgQ67IevTj-6QaHvYLPrmrkOcOf654Hcpu03/w640-h360/1.png" width="640" /></a></div><br /><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: justify;">O <b>Bullet Journal </b>(também conhecido como <a href="http://www.pretaenerd.com.br/2018/09/diarioemtopicosvalepena.html"><b>diário em tópicos</b></a>) é um sistema de organização modular que permite centralizar todos os registros, projetos e tarefas no mesmo caderno. Para o criador desse método, Ryder Carroll, usar uma ferramenta digital de organização é tanto uma forma de encontrar tempo pra si, como um tipo de ritual que nos tira da frente das telas e nos desacelera. O modo como se estrutura e organiza o #BuJo é bastante pessoal, e está ligado ao seu gosto estético (embora a sugestão seja a de manter o minimalismo), interesses e estilo de vida.</p>
<p style="text-align: justify;">Embora existam diversos tutoriais que expliquem os elementos que constituem o sistema, é interessante considerar o método de modo mais profundo. Antes de começar, o autor nos sugere que reflitamos a respeito das motivações para adotar um sistema de organização. Então pergunte a si mesma: se organizar pra quê? O que você realmente tem e quer fazer? O que você deveria estar fazendo?</p>
<p style="text-align: justify;">Após responder a essas perguntas, estamos prontas para começar a planejar nossa semana.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Passo 1. Listar as tarefas da semana</span></h3>
<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWEJPWu1jGTC6T6K0K42Q_5Or4W9-VoGGLfM2rXwrHEcvFl1V9q7l2DEUz-eSLBqqHAor4JvXtwFMTyLbLVORKSEbUcBWLIg6XIWbBgJ74hNktVjzbKzQ1gAjvR0R-I2Fg3mGrPtWDhTz17EvfVN3ttl_Tx9foql2GkRbHDjD04HUq5QmLrURbYf5Y/s1280/2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWEJPWu1jGTC6T6K0K42Q_5Or4W9-VoGGLfM2rXwrHEcvFl1V9q7l2DEUz-eSLBqqHAor4JvXtwFMTyLbLVORKSEbUcBWLIg6XIWbBgJ74hNktVjzbKzQ1gAjvR0R-I2Fg3mGrPtWDhTz17EvfVN3ttl_Tx9foql2GkRbHDjD04HUq5QmLrURbYf5Y/w640-h360/2.png" width="640" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p>O primeiro passo é listar as tarefas da semana, com ordem de prioridade. Vale lembrar que, muitas vezes, o que dificulta a execução de tarefas é que nos confundimos sobre o que fazer. Além disso, destrinche tarefas difíceis ou desagradáveis em subtarefas. <b>Toda semana, eu escrevo num pedaço de papel (que anexo no bujo) uma lista de tarefas elencada por ordem de urgência: as tarefas do tipo A são muito urgentes, e preciso fazer antes das de tipo B, e estas antes das de tipo C</b>. Você pode ser mais detalhista e separar as tarefas por contexto, tipo ou de algum outro jeito que faça sentido na sua rotina. O importante é agrupar e determinar uma ordem.<p></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Passo 2. Diagramação diária vertical</span></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBkX2-CQ4Xk8vMJIIdoNBXnZmN7O2Q6MQfVIjhrOHLhyC7Ijl6lESQZawMj51D6-nDT2REqp0VCEochjbslmQQMBeFRONW9aqbOib0cYDg5-01fRQGW5QAuI15WvhncIwHXByIwaAMvvYSyGGoOcnO_S90xcmcY8lUN6qvY5mUtk5owHFjSBMEAij7/s1280/2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBkX2-CQ4Xk8vMJIIdoNBXnZmN7O2Q6MQfVIjhrOHLhyC7Ijl6lESQZawMj51D6-nDT2REqp0VCEochjbslmQQMBeFRONW9aqbOib0cYDg5-01fRQGW5QAuI15WvhncIwHXByIwaAMvvYSyGGoOcnO_S90xcmcY8lUN6qvY5mUtk5owHFjSBMEAij7/w640-h360/2.png" width="640" /></a></div></span></h3>
<p style="text-align: justify;">Embora em sua forma clássica a coleção de registro diário do BuJo seja mais uma lista de afazeres, pra quem deseja implementar novos hábitos ou ter as tarefas cumpridas, uma diagramação que detalhe a hora pode ser bastante útil. Evidentemente, você não precisa ficar lutando contra o relógio; na verdade, a ideia é muito mais a de observar de que maneira você está gastando o seu tempo, compreender quando você tem mais ou menos disposição, e como distribuir as tarefas que você deveria, tem ou quer fazer.</p>
<p style="text-align: justify;"><b>Neste tipo de modelo, é interessante deixar espaço em cima para determinar uma tarefa de destaque, ou seja, uma que você vai escolher a cada dia para se dedicar e não terminar o dia sem executar. Escolha um grande destaque, e, no máximo, mais dois menores.</b> Eu represento o “grande destaque” no topo do dia com uma estrela; se eu consigo completar, circulo a estrela no final do dia.</p>
<p style="text-align: justify;">Na base da página, deixo três linhas que uso para determinar o nível de energia e o nível de concentração de zero a dez. A última eu deixo pra anotar alguma observação, ideia ou detalhe que posso querer desenvolver em um espaço maior.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Passo 3. Bloquear o tempo</span></h3><h3 style="text-align: justify;"><br /><span style="color: #674ea7;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXxJn74h93ZofpUwfCIBXvPn4KOFwRmh4xAgezSY30D0iS5JSvlzUCDu9VXeqTCiTpFQANyNqNNqgJ50keV-j1Hm-tCNPAapELGcHHK6zNK_qM5BkKFhtHrwhEEiRoSsBGCp9_-1y1LXUMQrCTOzZEedLRhQb_pmPfHj-jq4ih1U0vAr64e4QPf8Th/s1280/3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXxJn74h93ZofpUwfCIBXvPn4KOFwRmh4xAgezSY30D0iS5JSvlzUCDu9VXeqTCiTpFQANyNqNNqgJ50keV-j1Hm-tCNPAapELGcHHK6zNK_qM5BkKFhtHrwhEEiRoSsBGCp9_-1y1LXUMQrCTOzZEedLRhQb_pmPfHj-jq4ih1U0vAr64e4QPf8Th/w640-h360/3.png" width="640" /></a></div></span></h3>
<p style="text-align: justify;">Determinar e bloquear na agenda os horários de trabalho e compromissos recorrentes (aula, terapia, atividade física, leitura) é essencial para conseguir visualizar bem a semana. Vale lembrar que o tempo bloqueado demanda uma organização prévia do material, espaço ou condições, pra que você não gaste o tempo e não consiga se dedicar inteiramente. É importante usar o bloqueio de tempo pra ativar o seu “modo flow”, isto é, alinhar a energia e a vontade de executar a tarefa.</p>
<p style="text-align: justify;">Bloquear o tempo é uma excelente maneira de introduzir hábitos na rotina, como a leitura, exercício físico, tempo fora das redes sociais e dedicação a um hobby. <b>Vale lembrar que o bloqueio de tempo também é útil como ferramenta de autocuidado: reserve tempo para você descansar</b>, cuidar da pele, organizar a alimentação, fazer o ritual matinal, desenhar e se dedicar à escrita terapêutica.</p>
<p style="text-align: justify;">No início, pode ser difícil lembrar, então use o celular ou assistente pessoal virtual pra auxiliar com lembretes e ciclos de Pomodoro.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Passo 4. Reflexão</span></h3><h3 style="text-align: justify;"><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4Je6K-5KH7MJhBbMedw8K6HfgHbf3ccswVBhpLtz6hyk3gir9vJBkbum49Uc8b_TYu2q8QQ3fBrfIbuYlUZqApGquok1e1IdP7c6Jyx7ydnmc7Ye_JTPKo47s5sHxf6iDg_wxTwPHBick-ZfBcrP1ns--MsZlMlXpVt_nPgbB155BcEfm0iHwjCiE/s1280/4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4Je6K-5KH7MJhBbMedw8K6HfgHbf3ccswVBhpLtz6hyk3gir9vJBkbum49Uc8b_TYu2q8QQ3fBrfIbuYlUZqApGquok1e1IdP7c6Jyx7ydnmc7Ye_JTPKo47s5sHxf6iDg_wxTwPHBick-ZfBcrP1ns--MsZlMlXpVt_nPgbB155BcEfm0iHwjCiE/w640-h360/4.png" width="640" /></a></div></h3>
<p style="text-align: justify;">Em <b>O método Bullet Journal</b>, Carroll sugere que reservemos momentos de manhã e à noite para a reflexão diária, bem como uma reflexão ao final de cada mês. <b>Enquanto a reflexão matinal tem em vista a organização do dia, a noturna serve pra desacelerar a mente, e para avaliar o que foi feito e se o que não foi deve ser migrado pra outro dia, ou se perdeu a importância, descartado</b>. No momento de reflexão noturna, é importante revisitar o planejamento, tarefas ou eventos e fazer notas pra ordenar os sentimentos e pensamentos; você pode fazer uma nova coleção na página seguinte para detalhar um evento, registrar uma ideia, impressão ou sentimento também. Não existem fórmulas prontas e universais para a reflexão, então as sugestões de Carroll também partem da ideia de que você vai descobrir o que funciona melhor dentro de sua rotina.</p>
<h3 style="text-align: justify;"></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Passo 5. Encontrando seu ritmo</span></h3><h3 style="text-align: justify;"><br /><span style="color: #674ea7;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinmYGWoMN3fSa9rzUi_kAD_HkHEm2ZMsHgZ6tU8OiK0eRXlo_MynOqGIYXcyZtQ7OIKZSnc8GTbhparJF6hBJjMDyqhJbS_M3my1DEm__cIJ42OLFSdNSGxVnX0lSbPmtT10aRhTiHZjsLiopXD3tbKdZhBdcW7vIOC1fjfi8pazQshFj6o9CGCDKi/s1280/5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinmYGWoMN3fSa9rzUi_kAD_HkHEm2ZMsHgZ6tU8OiK0eRXlo_MynOqGIYXcyZtQ7OIKZSnc8GTbhparJF6hBJjMDyqhJbS_M3my1DEm__cIJ42OLFSdNSGxVnX0lSbPmtT10aRhTiHZjsLiopXD3tbKdZhBdcW7vIOC1fjfi8pazQshFj6o9CGCDKi/w640-h360/5.png" width="640" /></a></div></span></h3>
<p style="text-align: justify;">Diferente do Planner ou da agenda tradicional - que tem uma diagramação predeterminada -, o Bullet Journal é construído a partir das necessidades e acompanha o desenvolvimento de quem opta por esse modo de organizar a rotina. Nesse sentido, o BuJo nos leva a considerar em que medida o que estamos fazendo ou mesmo se o formato está fazendo sentido em determinado contexto. Podemos experimentar diagramações, cores e elementos e simplesmente mudar quando encontrarmos modelos melhores ou quando as demandas mudarem. <b>O BuJo é um caderno que reúne as experiências em determinado momento, e podemos sempre consultar, e identificar nossos processos, mudanças e amadurecimento.</b> Neste momento, estou usando essa formatação vertical que prioriza as horas, mas não é um problema retomar um modelo antigo ou buscar por novos modelos. Essa é a grande vantagem de fazer o seu próprio caminho por meio do Método Bullet Journal.</p>
<p style="text-align: justify;">Que tal começar a se organizar hoje?</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Referências</span></h3><h3 style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqbjErG9vopyALDhd3_dn15_-fSd0wKQZhKqhMPBI-om44u194wTEhG1zY7UD1RL-nJlPlIEhTqW1Xj8WaypszZNWE1h7J76UprS82YiK1Nvq9K3llG_D1cKW6YhsI8d_6Y9LqvzQZF58r1BNWkIjOEOhEE2o-mpbRqZyGRwSCxwVqkNZsOh3d1l2d/s1280/6.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqbjErG9vopyALDhd3_dn15_-fSd0wKQZhKqhMPBI-om44u194wTEhG1zY7UD1RL-nJlPlIEhTqW1Xj8WaypszZNWE1h7J76UprS82YiK1Nvq9K3llG_D1cKW6YhsI8d_6Y9LqvzQZF58r1BNWkIjOEOhEE2o-mpbRqZyGRwSCxwVqkNZsOh3d1l2d/w640-h360/6.png" width="640" /></a></div></h3>
<p style="text-align: justify;">Para diagramar a página dupla semanal eu me inspirei no formato sugerido por EZ do canal EZ Book Notes em seu vídeo <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=zlCNl6Pxqx4">7 minimalist weekly layouts for Bullet Journal</a>.</b> O youtuber EZ sugere essa estruturação, que é semelhante ao que podemos identificar na ferramenta digital Google Agenda (que é um recurso adicional que eu uso conectado à minha pulseira inteligente).</p>
<p style="text-align: justify;">Vale bastante a pena ler o livro <b><a href="https://amzn.to/42yMCWN">O Método Bullet Journal</a></b>, porque além do passo a passo de como se organizar, há uma sessão inteira focada em preparar a mente para esse modo de organização. Ao discutir a questão da intencionalidade, das escolhas e propor que passemos a agir menos em resposta às demandas e mais em direção ao propósito, Carroll nos prepara para compreender que a urgência que nos cerca pode ser reduzida quando tomamos decisões mais acertadas. <b>As reflexões diária, semanal e mensal ajudam a compreender o que estamos priorizando, e identificar pra onde estamos nos dirigindo; desse modo, podemos entender se aquilo faz mesmo sentido ou se partimos pra outros rumo</b>s.</p>
<p style="text-align: justify;">A partir do hábito de organização baseado no que faz sentido, e no que é (realmente) necessário, nós passamos a obter o melhor aproveitamento do tempo. Com isso, as estratégias propostas por Jake Knapp e John Zeratsky em <strong><a href="https://amzn.to/43zNThG">Faça tempo</a></strong> podem ser aproveitadas da melhor forma. Não adianta querer ser mais produtiva, se não sabemos o porquê; sem o porquê, ter mais tempo ou nos levará a péssimos hábitos (como as “piscinas infinitas” dos feeds nas redes sociais) ou a trabalhar mais simplesmente para o enriquecimento dos outros.</p>
<p style="text-align: justify;">Com a mentalidade voltada para o autocuidado, bem-estar de si e das pessoas à nossa volta, certamente encontraremos tempo para o que é importante, seja a militância, o pensamento crítico, o lazer e o tempo com as pessoas que amamos. Essa atenção ao autocuidado e ao sentido da vida além da função biológica, que tem igualmente em vista o bem-estar coletivo, é o que a filósofa Aph Ko denomina Capital Vital no livro <b><a href="https://amzn.to/42yMCWN">Aphro-ism</a></b>. <b><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">Capital Vital é o entendimento </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">de que a vida inclui atividades que </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">a tornam importante e valiosa. </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">O modo como construimos a </span><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">Vida demanda um diálogo </span><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">continuo com o mundo e parte dele </span><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">se manifesta pela arte, teoria e </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">cultura pop. </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">A vida também é construida em </span><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none" style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">nossas comunidades e lugares </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">seguros, na interação saudável que gera um senso de pertencimento e respeito. Esses lugares são onde podemos investir no projeto de </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">Tornar-se sujeito: desenvolver </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">a própria perspectiva, amar, dar i</span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">mportância à própria vida, </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">emoções, bem-estar mental, físico </span><span style="font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; text-align: left;">e psicológico, receber amor.</span></b></p><p class="_04xlpA direction-ltr align-start para-style-body" style="--font-size: 30.6667px; --line-height: 1.4; font-family: "YACgEcnJpjs 0", _fb_, auto; line-height: 42px;"><span class="WdYUQQ text-decoration-none text-strikethrough-none white-space-prewrap" style="font-style: italic;"></span></p><p style="text-align: justify;">É nesse sentido, dando atenção adequada para a sua subjetividade e capital vital do seu corpo social, que a preparação do bullet journal faz, cada vez mais, sentido.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="509" src="https://www.youtube.com/embed/vpk1krgidG0" width="613" youtube-src-id="vpk1krgidG0"></iframe></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-41317518995132929242023-05-30T18:53:00.001-03:002023-06-09T12:21:32.480-03:00Lendo Guerra Civil no Dia do orgulho nerd <p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQrTtC1lbiHNqfqoqcRhu7galAFAi5wIAXSmgi3iS0fG3xY8ke2FgfYKKkEtulW6_qMaV9rEX0WM1mZQ1rp_DPa9Ps4Sn8Ndu08Tfrtp0usV4up-JraWpYXHLSEKW2Rz-ONhia0fAxVBTgMeyXF7LTyrT0hKxhq6_pe0cHn7kIUjetSsuruQj1QHxN/s2950/capitao-america-guerra-civil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1493" data-original-width="2950" height="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQrTtC1lbiHNqfqoqcRhu7galAFAi5wIAXSmgi3iS0fG3xY8ke2FgfYKKkEtulW6_qMaV9rEX0WM1mZQ1rp_DPa9Ps4Sn8Ndu08Tfrtp0usV4up-JraWpYXHLSEKW2Rz-ONhia0fAxVBTgMeyXF7LTyrT0hKxhq6_pe0cHn7kIUjetSsuruQj1QHxN/w640-h324/capitao-america-guerra-civil.jpg" width="640" /></a></div><p></p><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b> </p><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;"><br /></span></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Ser nerd e o senso de comunidade</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Geralmente quando se fala sobre orgulho nerd ou sobre s identidade nerd em si, as abordagens tendem a ser consumistas, excludentes e sobre o acúmulo de plástico, resina ou papel em forma divertida, ou mesmo acúmulo de qualquer coisa que, muitas vezes, não tem o sentido para além da demonstração de poder.</p>
<p style="text-align: justify;">Além disso<b> muita gente (ainda) pensa a identidade nerd a partir de parâmetros individualistas</b>, em que você precisa saber tudo sobre alguma coisa para construir sua identidade a partir do da lacuna entre o que você sabe, e tudo que o outro não sabe.</p>
<p style="text-align: justify;">Nesse ponto, o nosso “nós” é bastante diferente disso. Quem chamo de nós é toda essa a nossa comunidade amorzinho, cada Burning heller, que são todas, todos e todes vocês que acompanham o conteúdo aqui, na Twitch e no blog, que está no ar desde 2014.</p>
<p style="text-align: justify;">Nossa comunidade é majoritariamente composta por pessoas diversas, a resistência (neurodivergentes, lgbts, ex-crentes e fãs de Star Wars) que vêem na coletividade não só um sentido para a sua identidade nerd, como também um propósito.</p>
<p style="text-align: justify;">A paixão por alguma franquia ou o conhecimento acumulado sobre algum conteúdo que faz muito sentido para você, é usada nessa comunidade como uma ponte e um convite para que outras pessoas conheçam o melhor daquele conteúdo ou daquela franquia a partir dos seus olhos, os olhos de uma pessoa que é completamente apaixonada por aquilo.</p>
<p style="text-align: justify;">Isso tanto é verdade que assistimos toda a franquia de Star Wars junto, e comentamos ao longo de um ano inteiro de #PretaWatch, além de termos estudado no grupo de estudos, por dois anos consecutivos, o pensamento da filósofa Aph Ko. E, agora, estamos indo para terceira temporada focada no nosso amor compartilhado pelos quadrinhos da Marvel e o MCU: o tema é Guerra-Civil!</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">A linguagem do amor da comunidade mais amorzinho</span></h3>
<p style="text-align: justify;">É muito comum, quando somos pessoas nerds, sermos tratadas como pessoas estranhas porque temos interesses específicos e perseverantes em alguns temas, nos quais nos aprofundamos como a intensidade ímpar. E como podemos nos encaixar no mundo como esse, sem sermos taxadas como inconvenientes, infantis ou chatas?</p>
<p style="text-align: justify;">Num contexto de comunidade como Preta, nerd & Burning Hell, é muito frequente que nossos interesses específicos sejam vistos como uma característica positiva e que o compartilhamento profundo e intenso seja lido como uma forma de amor -digamos, uma linguagem do amor bem específica, mas muito genuína.</p>
<p style="text-align: justify;">É assim que uma paixão intensa por alguma franquia da cultura pop nos transforma em pessoas melhores, mais gentis, mais generosas e abertas para compartilhar os nossos gostos e interesses. Do nosso ponto de vista, tanto melhor se muita gente se interessar por aquilo e muita gente souber sobre aquilo com a especificidade que a gente gosta e se interessa, pois significa que tem mais gente com quem a gente possa compartilhar, concordar, discordar, ensinar, aprender e especular.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Marvetes, uni-vos</span></h3>
<p style="text-align: justify;">E é justamente nessa energia de acolhimento, compartilhamento e abertura Radical para aprendizagem que, em companhia de André Severino e Tainá Elis, estarei a partir deste sábado, inaugurando a terceira temporada do grupo de estudos da #PretaenerdAcademy, focada na análise profunda do evento clássico da Marvel: Guerra-Civil.</p>
<p style="text-align: justify;">Se te interessa participar de uma comunidade amorzinho, e debater de forma analítica e acolhedora este tema, seja bem-vinde, bem-vinda, e bem-vindo. É só perguntar como!</p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-79794366829071293932023-05-22T09:30:00.001-03:002023-05-22T09:30:00.152-03:00Como ler textos acadêmicos?<p style="text-align: center;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4npR5IR9fHNtU0ICA7MG6NJUgIlG7ZnYauBVOQZoZ-jDxgIsZrNN_bnktvH88P4kgYCV4B6C_CcTxiGudvbYN3Q2381h0VUodgwlobYNgviCvELmHJGRIL4Q3G94XyykoLM6aFX4JW7iP7NYB0cXnvE39q1y1PsFI9od76pN0vh6I4qtky3HA4IFp/s5964/blackwomanstudying.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="3976" data-original-width="5964" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4npR5IR9fHNtU0ICA7MG6NJUgIlG7ZnYauBVOQZoZ-jDxgIsZrNN_bnktvH88P4kgYCV4B6C_CcTxiGudvbYN3Q2381h0VUodgwlobYNgviCvELmHJGRIL4Q3G94XyykoLM6aFX4JW7iP7NYB0cXnvE39q1y1PsFI9od76pN0vh6I4qtky3HA4IFp/w640-h426/blackwomanstudying.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Crédito: Tima Miroshnichenko</td></tr></tbody></table><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><p></p><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: right;"><b><br /></b></p><p style="text-align: justify;">Quando ingressamos num curso superior, é bastante comum notarmos que nossos métodos de estudos funcionavam melhor em no contexto escolar com o objetivo de gerenciar diversas disciplinas e passar no vestibular. Naquele contexto, não éramos avaliadas pela autonomia de pensamento, mas sobre a capacidade de retenção de informações e repetição de procedimentos.</p>
<p style="text-align: justify;">Entretanto,<b> na universidade, precisamos lidar com textos complexos e obras inteiras que podem ser bastante desafiadoras (informações externas, vocabulário, sintaxe, conjunto de referências e diálogos com outros autores e obras), e com as quais precisamos dialogar e questionar.</b> Assim, somos confrontadas tanto com nossa ignorância, como com a enxurrada de informações.</p>
<p style="text-align: justify;">Então dai surge uma questão: <b>como ler textos acadêmicos de modo a otimizar nosso tempo</b>, acessar mais camadas de significado e, por fim, identificar conceitos e ideias relevantes e instrumentaliza-las de forma adequada?</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Tenha metas bem definidas</span></h3>
<p style="text-align: justify;"><b>Antes de estudar, é preciso ter muito bem delineado qual o texto, livro, quanto tempo disponível e qual a sua intenção.</b> Organize bem suas ferramentas (notas adesivas, marcadores, água, lanche e etc), faça uma lista com as tarefas (qual texto, qual o intervalo das paginas páginas) e lembre-se de usar um <strong>worry pad</strong>, uma folha ou bloco de rascunho pra despejar as ideias, dúvidas ou tarefas que poderiam distrair, mas que, em vez disso, como registro, ajuda a desanuviar e acessar depois.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6CcmxLc6h0i9bC5D4OGG1gm5zXTaKSt_eX0H4V1KfDuNr_T9GKRgA6S1qHT7wExOP3ygsLeU5sS1icW2wuJGbNOmfuK_lv4oBD6E43fBslfIWlNYBapG-YFpqu4EyVogHawv99QdgzSK13qKPcUC1VyIKTWMM2kOIyedwV1AfGIrwpT1f1dDwWSZO/s2060/pomodoro.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="2060" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6CcmxLc6h0i9bC5D4OGG1gm5zXTaKSt_eX0H4V1KfDuNr_T9GKRgA6S1qHT7wExOP3ygsLeU5sS1icW2wuJGbNOmfuK_lv4oBD6E43fBslfIWlNYBapG-YFpqu4EyVogHawv99QdgzSK13qKPcUC1VyIKTWMM2kOIyedwV1AfGIrwpT1f1dDwWSZO/w640-h168/pomodoro.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Crédito da imagem: <a href="https://dionatanmoura.com/o-mantra-da-produtividade/gestao-de-tempo/tecnica-pomodoro/">Dionatan Moura</a></td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Pomodoro</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Usar blocos de concentração ajuda a criar um contexto de atenção plena. A recomendação é de 25 minutos de leitura focada, e uma pausa de 5 minutos. Ao longo do periodo de concentração, recomendo testar a redução de estímulos visuais e auditivos. Durante as pausas, busque levantar, fazer uma postura de ioga ou se alongar de vez enquanto. <strong>Com o método Pomodoro você conseguirá mapear seu ritmo de leitura e melhorar o planejamento para as próximas sessões.</strong></p><p style="text-align: justify;"><strong><br /></strong></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Visão geral</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Quando começamos a ler textos acadêmicos, precisamos ter em mente que lidamos com dois movimentos: <a href="https://austinkleon.com/2021/03/29/books-that-suck-you-in-and-books-that-spin-you-out/"><b>para dentro da obra e para fora dele</b></a>. O escritor Austin Kleon sugere, por meio de uma metáfora, que livros possuem força centrípeta e centrífuga. Deste modo,<b> existem textos que nos levam a outros textos, autores e questionamentos, ao passo que certos textos nos sugam profundamente pra eles mesmos.</b> Se não estiver ciente disso, quando for estudar, pode perder o foco com pesquisas ou reduzir demais o ritmo da leitura, o que são duas formas prazeirosas, mas pouco produtivas para uma primeira leitura consistente.</p>
<p style="text-align: justify;">Antes de começar, vale a pena procurar conteúdos que dão uma perspectiva mais geral, como um mapa do assunto, podcast ou resenha pra que o seu entendimento do todo e da relação entre as partes não dependa apenas da primeira leitura. Nesse momento, pode ser útil produzir ou buscar por mapas conceituais.</p>
<p style="text-align: justify;">Nesta etapa, você deve identificar as informações gerais do texto: autoria, contexto de publicação, filiação das ideias, o que acrescenta, o que refuta.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgad2xUR46MjGeFNGfA_Hz9an-iJAbsLAQWcO7-QWxfLFyWS9CC8tW4kJVCRg_m8iKa7er3G7Tm3iVFjO91h0C-WcIKfLPPAC3-qtflnnS8j_VWZsJNxzKQrKMyYVAuWaNlOKDdSlyizuz5JqsbZYwsGji754N0C5vAHKo05dcqQw9K2FgH6BxYncbt/s800/marginalia-shelly.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgad2xUR46MjGeFNGfA_Hz9an-iJAbsLAQWcO7-QWxfLFyWS9CC8tW4kJVCRg_m8iKa7er3G7Tm3iVFjO91h0C-WcIKfLPPAC3-qtflnnS8j_VWZsJNxzKQrKMyYVAuWaNlOKDdSlyizuz5JqsbZYwsGji754N0C5vAHKo05dcqQw9K2FgH6BxYncbt/w640-h480/marginalia-shelly.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: <a href="https://bibliotecadaeca.wordpress.com/tag/marginalia/">Biblioteca da ECA/USP</a></td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Leitura focada: marcações e marginália</span></h3>
<p style="text-align: justify;">A leitura, quando é contextualizada, pode ser um momento de profundidade. P<b>odemos nos ater à estrutura, ao modo como tudo se relaciona</b>; pra isso, eu acho relevante escolher cores de marcadores para cada elemento (objetivo, argumento, ideia 1,2 ou 3, referências…) e uma notação de símbolos a serem usados na margem pra identificar rapidamente os tópicos.</p>
<p style="text-align: justify;">Nesta fase, você também pode resumir parágrafo à paragrafo ou escolher pensar frases do texto como respostas para perguntas.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMMJ2r6rnczkcgTpaMhuNrX235YtJH5m7T_FbprSEVMDEaIvZVK7GJ5lYzb2IWgO3YgyasXEmCV8vsDOUft7wODYwcXcLq-M4plNNCa9PXSQ18qMa_V34_k6gL9PdRLQ_PVKd44bnlaQIePeRisFbOkonUEzMHbNrRF8KYBi6cXFFNuRPqMZ2JZX5V/s1180/cornell-note-1.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="1180" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMMJ2r6rnczkcgTpaMhuNrX235YtJH5m7T_FbprSEVMDEaIvZVK7GJ5lYzb2IWgO3YgyasXEmCV8vsDOUft7wODYwcXcLq-M4plNNCa9PXSQ18qMa_V34_k6gL9PdRLQ_PVKd44bnlaQIePeRisFbOkonUEzMHbNrRF8KYBi6cXFFNuRPqMZ2JZX5V/w640-h260/cornell-note-1.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: <a href="https://www.goodnotes.com/blog/cornell-notes">GoodNotes</a></td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Fichamento: Método Cornell de anotações</span></h3>
<p style="text-align: justify;"><b>Fichamento é algo bem pessoal, mas eu prefiro usar o Metodo Cornell. </b>Após a leitura concentrada, uso os símbolos na marginalia pra identificar como registrar na folha. Você pode tentar outras formas, analógicas ou digitais, o que funcionar melhor pra produzir e pra recuperar depois quando for escrever um artigo ou planejar uma aula.</p>
<p style="text-align: justify;">O método Cornell de anotações é um sistema concebido na década de 1950 pelo professor de educação, Walter Pauk, da Cornell University. Consiste em um tipo de template em que a página é dividida em duas colunas (a da esquerda deve corresponder a um terço da largura da pagina), uma seção acima com informações sobre o conteúdo, aula o palestra, e uma abaixo para resumir o conteúdo da página. A coluna à esquerda deve ser preenchida com palavras-chave, símbolos ou uma pergunta breve, enquanto a da direita serve para descrever temas ou a definição dos conceitos.</p>
<p style="text-align: justify;"><i>Observação: É possivel usar esse tipo de anotação para revisar o conteúdo, tampando a coluna da direita, o que funciona de modo semelhante a flashcards.</i></p>
<h3 style="text-align: justify;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY74Vw0uiZX7MB_BNHGJBnabYu-f2ysUa8aVYwFyGX4xl6IHPGrWxMYNNcQGoBgAuVIqYEX5vMFVNw5n2bYqXblixnhqpsz-fk6UrBN3h6IOyigKVxDLxOYXz3jH1NjgiU5dg-Pc_jjao24L0OFN4WTunEJp0yshmAtiPUIBV3jlEyZsrf2Ta9fK5n/s799/como-fazer-mapas-mentais.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="502" data-original-width="799" height="402" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgY74Vw0uiZX7MB_BNHGJBnabYu-f2ysUa8aVYwFyGX4xl6IHPGrWxMYNNcQGoBgAuVIqYEX5vMFVNw5n2bYqXblixnhqpsz-fk6UrBN3h6IOyigKVxDLxOYXz3jH1NjgiU5dg-Pc_jjao24L0OFN4WTunEJp0yshmAtiPUIBV3jlEyZsrf2Ta9fK5n/w640-h402/como-fazer-mapas-mentais.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div><span style="background-color: white; color: #444444;"><span style="font-family: times;">Crédito: Vitaly Kolesnik</span></span></div><div><span style="background-color: white; color: #444444;"><span style="font-family: times;">Fonte: <a href="https://www.flickr.com/photos/ult/7577744858">Flickr</a></span></span></div></td></tr></tbody></table><br /></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Use a Síntese para revisar o que estudou (mapa mental, sketchnote, resumo)</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Embora o fichamento seja importante para a memorização, uma síntese pode otimizar oprocesso de aprendizagem ativa. <b>É mais fácil revisar o conteúdo sintetizado</b>, inclusive para garantir que você realmente sabe o que estudou. Com uma boa síntese, você poderá revisitar as ideias e conceitos de tempos em tempos, e garantir que fixou bem.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;"><br /></span></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Encontre o seu método</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Essas etapas são o modo como venho estudado no ensino superior. <b>Nem sempre o texto ou a disciplina exige que sejam levados à risca porque, o estudo depende de planejamento</b> (ementa organizada, com avaliações, bibliografia pre-definida) e um cronograma de leitura equilibrado.</p>
<p style="text-align: justify;">Talvez você não se identifique com essas etapas, mas espero que elas te inspirem a buscar o que funciona pra você dentro do contexto, tempo e recursos disponíveis. Recomendo, entretanto, que experimente testar esse passo a passo por algum tempo, e ir ajustando até encontrar o seu método. Não existe receita mágica que funcione pra todo mundo, é maravilhoso que você encontre ferramentas que se ajustem ao seu estilo de vida. Boa sorte!</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;"><br /></span></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">REFERÊNCIAS</span></h3>
<p style="text-align: justify;">KLEON, Austin. <strong>Books that suck you in and books that spin you out.</strong> Disponível em: <<a href="https://austinkleon.com/2021/03/29/books-that-suck-you-in-and-books-that-spin-you-out/">www.austinkleon.com/2021/03/29/books-that-suck-you-in-and-books-that-spin-you-out/</a>> Acesso em 21 mai. 23.</p>
<p style="text-align: justify;">MORGAN, Megan; MADDEN, Hannah. <strong>Como Fazer Anotações Usando o Método Cornell.</strong> Disponível em: <<a href="https://pt.wikihow.com/Fazer-Anota%C3%A7%C3%B5es-Usando-o-M%C3%A9todo-Cornell">pt.wikihow.com/Fazer-Anotações-Usando-o-Método-Cornell</a>> Acesso em 21 mai. 23.</p>
<p style="text-align: justify;">PAUK, Walter; OWENS, Ross J. Q. <strong>How to study in college.</strong> Boston: Cengage Learning. 2011. 10 ed.</p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-42133131172444208112023-05-19T13:13:00.001-03:002023-05-19T13:13:41.551-03:00🏆ESSA SEMANA NO PRETAENERD<p style="text-align: right;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdElu9nOzrw9BXd61cQ2Tw_JAvkISIxttRyEEA7Ch7i2jo5Fhu5cu8QUC2Ey9XPT1-JvC40UUqyNhi8Kp6yV_p54s6JGxTc8c2n9EmJ3lE2PO0vR3je6JSZ4WgfdWtVtpAjgRAYGYOAp3pv31rQlbefoe-EdM_1cO2_Sm_pyZZ6eR1noGBTF-NTvQR/s1280/ESSA%20SEMANA%20NO%20PRETAENERD.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdElu9nOzrw9BXd61cQ2Tw_JAvkISIxttRyEEA7Ch7i2jo5Fhu5cu8QUC2Ey9XPT1-JvC40UUqyNhi8Kp6yV_p54s6JGxTc8c2n9EmJ3lE2PO0vR3je6JSZ4WgfdWtVtpAjgRAYGYOAp3pv31rQlbefoe-EdM_1cO2_Sm_pyZZ6eR1noGBTF-NTvQR/w640-h360/ESSA%20SEMANA%20NO%20PRETAENERD.png" width="640" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: justify;">Como foi a sua semana?</p>
<p style="text-align: justify;">Essa semana, embora tenha reservado bastante tempo para a leitura acadêmica, recebi da Editora Panini lançamentos da Marvel que me animaram bastante, mas também comecei a reassistir séries de conforto como recompensa para as tarefas cumpridas! Vamos à lista:</p>
<h3 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #8e7cc3;">ESSA SEMANA NO PRETAENERD</span></strong></h3>
<p><strong><a href="https://www.blogger.com/blog/post/edit/5960014994728757907/8328248847177819829#"></a></strong></p>
<ul>
<li style="text-align: justify;"><strong>Quarta: </strong>Postei no blog um guia para começar a ler quadrinhos da Marvel no <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2023/05/guia-como-comecar-ler-quadrinhos-da.html">Blog</a> </b>e <b><a href="https://www.instagram.com/p/CsUdR4hPUtU/">Instagram</a></b></li>
<li style="text-align: justify;"><strong>Sexta:</strong> Estude comigo é a <strong>live de estudos</strong>, foco e concentração em que reservamos um tempo para trabalhar e outro para conversar!</li></ul><h3 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #8e7cc3;">HQ: Marvel-Verse: Menina da Lua e o Dinossauro Demônio</span></strong></h3>
<p style="text-align: justify;">Se você está acompanhando a animação no Disney+ e já se apaixonou por Lunella Lafayette, vai adorar conhecer sua história de origem nos quadrinhos. A coleção Marvel-Verse é um excelente formato pra quem deseja ter um panorama de personagens. A antologia da Garota da Lua, conta com edições de Moon Girl and Devil Dinosaur #1 (2015), #42-#43, #46-#47 e Moon Girl and Devil Dinosaur: Marvel Legacy ao longo das 128 páginas. É simplesmente emocionante poder ler essa edição tão amigável (com as informações detalhadas sobre equipe criativa e datas de primeira edição bem visíveis) e acessível (formato entre o “americano” e o formatinho, com muitas páginas e capa cartonada).</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="511" src="https://www.youtube.com/embed/uTYrUoiY0iI" width="615" youtube-src-id="uTYrUoiY0iI"></iframe></div>
<h3 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></strong></h3><h3 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #8e7cc3;">Série: Elementary Temporadas (1 e 2)</span></strong></h3>
<p style="text-align: justify;">O detetive Sherlock Holmes de Elementary (Johnny Lee Miller) é um personagem adequado a uma Nova Iorque contemporânea, como um imigrante “cidadão do mundo”, lidando com a adição, traumas e muitas de camadas. Acompanhado de sua parceira, a detetive Joan Watson (Lucy Liu), ele trabalha como consultor da política de Nova Iorque, ajudando a solucionar casos como ninguém mais até a chegada de sua companheira sóbria Watson. Cada episódio tem a apresentação e desenvolvimento de um caso, e a vida da dupla acontecendo. É uma excelente série, tanto pelo conteúdo no geral, como funciona muito bem como série de conforto!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="556" src="https://www.youtube.com/embed/sVMQpIkoiW8" width="669" youtube-src-id="sVMQpIkoiW8"></iframe></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #8e7cc3;">Série: Rainha Charlotte (T 1- Episódios 1 a 3)</span></strong></h3>
<p style="text-align: justify;">Shonda Rhimes é uma roteirista e produtora que conhecemos pelas séries focadas em vidas profissionais atravessadas por intimidades conturbadas e que movimentam públicos comprometidos: Scandal, How to Get Away with murder, e Grey’s Anatomy. Além disso, a Shonda “na Netflix” nos introduziu um universo novo, Bridgerton, baseado nos romances best-seller de Julia Quinn. O sucesso estrondoso, nos levou ao spin-off que conta a história da rainha Charlotte. A história é muito envolvente, com elementos que encontramos em toda a obra de Rhimes (intrigas, escândalos, estruturas sociais rígidas e uma heroína questionadora) e mais direta nos questionamentos políticos. Vale muito a pena assistir.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="537" src="https://www.youtube.com/embed/5C0BhMZ9j9o" width="646" youtube-src-id="5C0BhMZ9j9o"></iframe></div><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><strong><span style="color: #8e7cc3;">Animação: Harley Quinn (T1 - Episódios 1 e 2)</span></strong></h3>
<p style="text-align: justify;">Embora os quadrinhos de Arlequina não tenham me pegado tanto, nos Novos 52, decidi dar uma chance para a série animada e simplesmente estou adorando. Nesta versão voltada para o público (<em><strong>realmente)</strong></em> adulto, Arlequina é uma mulher dilacerada pela relação abusiva e encontra suporte em Hera Venenosa, e vai reconstruindo sua autoestima e identidade. É uma animação com humor ácido e um ritmo alucinante que, certamente, vai te divertir!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="544" src="https://www.youtube.com/embed/TWbvCLh3Hkk" width="654" youtube-src-id="TWbvCLh3Hkk"></iframe></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-91458081500616229732023-05-16T19:26:00.002-03:002023-05-16T19:59:58.007-03:00Guia: Como começar a ler quadrinhos da Marvel no Brasil <p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="1920" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwxQVqCyU8Jp8BcCI7rQsbhYvsXdQv5tHMBdqkGXFvyWQi7VfVzdKBibZRlHOqNaaBsj6hBGpHa5PX9y9laeSP3hw8ChlvaJsxGzpY_0GXYFjadbH4ewFGFxTk4PK3cBBm8d7dK5U5VA7vswvCp6U2o_Z3O-cxRi_LiQlZzWxeebqTzh-iy4MsV3vk/w640-h320/marvel.jpg" width="640" /></div><p></p><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></p><p><br /></p>
<p style="text-align: justify;">À medida que o <b>Universo Cinematográfico da Marvel</b> se tornou parte da vida de quase todo mundo, os quadrinhos se tornaram itens que geram mais curiosidade. Entretanto, o fato da Casa das Ideias ter mais de oitenta anos torna desafiador ingressar nessa longa história de personagens, equipes criativas, fases e, claro, o contexto histórico. Por essa razão, <b>elaborei esse pequeno guia pra você que quer ingressar no mundo dos quadrinhos</b> de super-heróis mais legais da Terra!</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Passo 1: Qual o quadrinho mais próximo de você?</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Antes de tudo, é importante saber se você já tem quadrinhos em casa, se vai pegar emprestado com alguém ou na gibiteca. Esqueça o preciosismo de começar pelo #1, isso não é o mais importante e, sinceramente, se for uma história da década de 1960 pode desencorajar seu início. <b>Comece pelo que tiver mais acessível, de preferência, uma sequência.</b> Se for adquirir, se pergunte qual o suporte se encaixa melhor pra você: capa dura ou flexível? Uma história completa ou um mix de histórias diferentes?</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Passo 2: Escolha uma personagem ou equipe</span></h3>
<p style="text-align: justify;">No Brasil, os quadrinhos da Marvel são pela Editora Panini em formatos diversos. <b>Personagens novas como Miss Marvel ou reintroduzidas como o Pantera Negra</b> têm seus encadernados (de capa dura ou cartonada) com arcos narrativos completos e extras interessantes.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Passo 3: Sagas Clássicas</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Paralelo à leitura de arcos contemporâneos, é relevante buscar sagas e eventos clássicos. A <strong>Coleção Histórica da Marvel</strong> apresenta um panorama de equipes e personagens com histórias importantes de diferentes fases. Já os volumes <strong>Marvel Essenciais</strong> oferecem excelentes arcos com excelentes extras que situam o arco na história geral da Marvel.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Passo 4: Comece do zero, com a Nova Marvel</span></h3>
<p style="text-align: justify;">O reposicionamento da Marvel, conhecido como “Nova Marvel” se dividiu em três momentos, culminando com a fase Totalmente Nova e Diferente. Roteiristas como Brian Michael Bendis, Kelly Sue de Connick, quadrinistas como Natacha Bustos, David Aja deram vida a histórias emocionantes e muito mais e diversas do que podíamos encontrar antes. <b>Vale a pena começar daqui, se você busca histórias de origem e histórias que discutem questões sociais bem atuais</b>.</p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Passo 5: Faça parte do nosso grupo de estudos!</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Uma das recompensas para quem assina o Cartarse ou o canal da Twitch do Pretaenerd é a participação no grupo de estudos. O tema de 2023 é a saga <strong>Guerra Civil</strong>, que leremos, discutiremos e analisaremos coletivamente, em ambiente amigável, e com aporte teórico de quadrinhos.</p><p style="text-align: justify;"></p><ul><li>Assine o canal Pretaenerd na <b>www.twitch.tv/pretaenerd</b>: <a href="https://canaltech.com.br/apps/como-dar-sub-na-twitch-com-amazon-prime-inscricao-em-canais/"><b>Guia - como dar "sub" em canais</b></a></li><li>Assine nosso financiamento recorrente: <a href="http://www.catarse.me/pretaenerd"><b>www.catarse.me/pretaenerd</b></a></li></ul><p></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Bora, Marvetes!</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Ler quadrinhos de super-heróis é uma experiência divertida, especialmente se temos com quem conversar, refletir e compartilhar impressões. Assistir aos filmes e séries do MCU adquirem outros contornos depois que conhecemos a história da editora, das personagens e as sagas clássicas. <b>Vale lembrar que não existe um jeito “correto” ou “único” de ser fã; ler os quadrinhos é uma das formas mais divertidas, mas não torna ninguém “mais fã” ou “melhor”.</b> Ler quadrinhos é sobre aprender, se divertir e discutir temas. Pra mim, essa é a melhor forma de entrar nesse território imenso e sensacional!</p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-86767970585237358682023-05-02T10:00:00.001-03:002023-05-02T10:00:00.140-03:007 Livros sobre autismo para pessoas adultas diagnosticadas tardiamente<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBVWjmaA5rv8DEefGPDilXq78Tfb8zJB2VUcUatO00gnQkvMoj_IKjwbJcQpmgm1hqktaDWu8-kj_4rFR_hN01eB3rqbYIhev5RWI66R_quk7m65l9bzHe6lYMF24BFhAgzdjeIPGuBg9sM7gZZaWiiLdhpaJy9xEqfc_eWwjqUv00vMcpabGQ3ycU/s364/autisticblackwoman.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="240" data-original-width="364" height="445" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBVWjmaA5rv8DEefGPDilXq78Tfb8zJB2VUcUatO00gnQkvMoj_IKjwbJcQpmgm1hqktaDWu8-kj_4rFR_hN01eB3rqbYIhev5RWI66R_quk7m65l9bzHe6lYMF24BFhAgzdjeIPGuBg9sM7gZZaWiiLdhpaJy9xEqfc_eWwjqUv00vMcpabGQ3ycU/w674-h445/autisticblackwoman.jpg" width="674" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A experiência de solidão vivenciada por pessoas autistas com marcadores sociais de diferença como raça, gênero, orientação sexual, deficiência física e classe é frequentemente interpretada como resultado das opressões específicas, o que afasta qualquer pessoa que não seja homem-cis branco de uma hipótese de autismo.</td></tr></tbody></table><p style="text-align: right;"><b> por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: right;"><b><br /></b></p><p style="text-align: justify;">Atualmente, as discussões sobre <b><a href="https://autismoerealidade.org.br/2022/07/29/diferencas-entre-os-termos-neurotipico-neurodiversidade-e-neuroatipico/">neurodivergência</a> </b>- um conjunto de variações neurológicas atípicas - têm assumido uma centralidade interessante nas redes sociais a ponto de possibilitar um alto grau de conscientização. Já <b><a href="https://autismoerealidade.org.br/2020/06/25/judy-singer-e-a-neurodiversidade/">o termo neurodiversidade, cunhado pela socióloga Judy Singer em 1998</a></b>, é uma excelente maneira de contextualizar o fato de que, sim, <b>cérebros não são iguais, porém, há um conjunto de variações específicas, a respeito da sociabilidade, aprendizagem, humor, cognição, atenção e funções executivas que destoam do que é construído socialmente como padrão (neuro<u>típico</u>) causando sérios prejuízos aos indivíduos neurodivergentes, também chamados neuro<u>atípicos</u>.</b></p><p style="text-align: justify;">A maioria das pessoas, ao se referirem a neurodivergentes, geralmente opinam a partir de características estereotipadas de indivíduos com Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e Transtorno do Espectro Autista (TEA), como se suas perspectivas sobre tais transtornos representassem a totalidade do mundo neurodivergente. Porém, <b>é importante adicionar à compreensão de neurodivergência a Superdotação, a Dislexia, a Síndrome de Tourette, a Discalculia, a Disgrafia, a Deficiência Intelectual, bem como transtornos que tem sido ainda mais estigmatizados, como o Transtorno Bipolar, o Transtorno de personalidade Narcisista, a Esquisofrenia e o Borderline</b>. Não esgoto aqui a lista, mas com esse panorama quero enfatizar que a neurodiversidade é realmente plural, e que <b>hierarquizar transtornos não é um caminho interessante para conquista de direitos e de qualidade de vida para todo mundo</b>.</p><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Autismo é um espectro e o racismo é estrutural</span></h3><p style="text-align: justify;">Dito isso, podemos pensar em três pontos importantes para conversas sobre autismo. O primeiro é que as críticas sobre "lauditização da vida" (a transformação de características da vida comum em laudo) , "lobby da indústria farmacêutica" (conspiração para venda de medicamentos) e "epidemia" (suspeita sobre uma ideia de que AGORA todo mundo é autista ou tem TDAH) deveriam partir de uma perspectiva <i>realmente</i> anticapitalista e anticapacitista, ancorada num conhecimento sobre a história da psiquiatria, da estigmatização dose tratamentos antiéticos de pessoas com transtornos e doenças mentais. <b>Existem sim críticas válidas aos critérios do DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) e ao modo como o mercado transforma questões humanas em produto, mas é preciso ter honestidade intelectual, ética e pesquisa para elaborar uma crítica consistent</b>e. </p><p style="text-align: justify;">O segundo é entender que <b>a história do diagnóstico de autismo partiu de um paradigma de "condição infantil", masculina e branca, desencadeada pelo ambiente inadequado construído por "mães pouco afetuosas"</b> (sem muito questionamento sobre os pais e redes de apoio dessa mãe) e de leituras estritamente psicanalíticas; além disso, foi sistematizado de modo excludente, observando o fenômeno a partir de experiências de um grupo específico de sujeitos, padrão este reiterado pela cultura pop através de representações de personagens de filmes e séries de TV "socialmente inaptos, porém geniais". Se Sherlock (Cumberbatch) fosse uma mulher Negra você seria amiga dela? E se Sheldon ou Sam Gardner fossem mulheres (cis ou trans), lésbicas, gays, não-bináries, além de negras, tais personagens teriam tanta aceitação popular? Seriam vistas como pessoas assertivas, geniais ou raivosas?</p><p style="text-align: justify;">Em seu texto <b>Autistic while Black: how autism amplifies stereotypes (Autista, ao mesmo tempo que negra: como autismo amplifica estereótipos)</b>, a assistente social Catina Burkett compartilha sua experiência: </p><p style="text-align: justify;"></p><blockquote style="text-align: justify;">Pessoas autistas podem parecer obstinadas ou reagirem lentamente em novas situações. Quando eu sou inflexível, sou muitas vezes chamada de pouco amigável, insubordinada, preguiçosa, agressiva ou incontrolável. Quando eu preciso processar uma situação antes de respondê-la, alguns me descrevem como excessivamente quieta, como uma bomba-relógio prestes a explodir a qualquer instante. Em outras palavras, mesmo quando eu não valido os pressupostos das pessoas a meu respeito, elas encontram um modo de demonizar o meu comportamento. (BURKETT, 2020 - <b>trad. minha</b>)</blockquote><p></p><p style="text-align: justify;">Apenas recentemente, com a atualização dos critérios, mulheres, LGBTQIAP, pessoas racializadas e da classe trabalhadora passaram a ser diagnosticadas com TEA com mais frequência, mas, apesar de observarmos um crescente número, especialmente nas redes sociais, <b>vale salientar que as histórias de diagnóstico equivocado - geralmente estigmatizante - é uma experiência comum para grupos socialmente excluídos</b>. Também cabe salientar que a avaliação neuropsicológica também não é acessível para a maior parte da população, e mesmo assim, <b>investigar não garante diagnóstico correto</b>. </p><p style="text-align: justify;"><b>O imaginário sobre autistas serem homens brancos "assertivos" e "geniais" faz com que outros grupos, mesmo quando apresentam as mesmas características, tenham como hipótese transtornos de personalidade, fibromialgia e transtorno opositivo desafiador (TOD), mas não altas habilidades, superdotação ou autismo</b>. Isso ocorre porque somos levadas a camuflar (masking) nossos traços de forma consciente e inconsciente para caber em expectativas sociais, mas também porque ainda existe um senso comum sobre transtornos que são vistos de modo mais "positivo". </p><p style="text-align: justify;">Em terceiro lugar, afirmações de que "cada cérebro é único" ou mesmo que "todo mundo é um pouco autista" costumam vir de pessoas que desconhecem o que é TEA, e, especialmente o fato de que o diagnósitico precisa concluir que os traços autísticos (também chamados de sintomas) precisam estar presentes ao longo da vida, e de modo a causar prejuízos sociais. <b>Embora os cérebros sejam únicos, e individuos sejam constituídos de subjetividades, e portanto, não sejam definidos estritamente pela violência que sofrem (racismo, lgbtfobia, gordofobia etc) há grupos que apresentam um conjunto de características e que precisam de suporte e acomodações.</b> Negar isso é criar uma barreira para esses indivíduos se desenvolverem dentro de seus poteciais e negar a experiência de exclusão, prejuízo profissional, físico (saúde) e social.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Diagnóstico tardio</span></h3><p style="text-align: justify;">Grande parte da crítica ao aumento da visibilidade e conscientização do autismo se origina no desconhecimento e de uma cultura da desconfiança conspiratória, que não busca se informar, consome veículos supostamente críticos, <i>fake news</i> e opina a partir disso. Alimentos, vacinas e telas NÃO causam autismo. Vale lembrar que <b>autismo é um transtorno no neurodesenvolvimento, portanto nascemos com a condição e ela é permanente; não é doença, portanto, não tem cura. Embora se manifeste de forma complexa em cada indivíduo, toda pessoa autista é diagnosticada, conforme o DSM-5 a partir de graus de suporte</b>. Pessoas com nível 1 de suporte, apresentam grande independência e podem passar por diversas experiências de isolamento, violências e ansiedade sem ferramentas adequadas. E é quando os obstáculos ultrapassam a camuflagem e as estratégias não dão conta de esconder a dificuldade, que a pessoa colapsa e se aproxima do processo de investigação e diagnóstico.</p><p style="text-align: justify;">Embora ter uma deficiência psicossocial não seja "legal", porque indica diversos prejuízos na vida prática, mercado de trabalho e estudos, <b>é apenas por meio do diagnóstico que podemos obter ferramentas, acomodações e um real bem-estar.</b> Vale lembrar que, assim como qualquer outra deficiência, o que torna o individuo autista inapto é o modo como o as relações sociais, as regras, as convenções não ditas e critérios de produtividade são elaborados.</p><p style="text-align: justify;">Como uma autista diagnosticada tardiamente, sei o quanto podemos nos questionar sobre a importância de buscar diagnóstico na fase adulta. Essa auto-problematização é piorada pela falta de treinamento que grande parte dos profissionais da psicologia, da psiquiatria e da educação, que podem ser os primeiros a questionarem nossa motivação em relação à busca pelo diagnóstico, e desvalidar nossos desafios. <b>Existe, entretanto, uma contradição a respeito das pessoas que desvalidam nossa neurodivergência: elas dizem que todo mundo é igual ou que todo mundo é diferente, pra dizer que não tem importância nenhuma ser autista; por outro lado, nos isolam, enganam ou se aproveitam da nossa confiança</b>. E é exatamente por isso que eu acredito que é a partir da autoescolarização que podemos encontrar melhores formas de tratamento, suporte e de autocuidado.</p><p style="text-align: justify;">O laudo e mesmo o diagnóstico não mudam a realidade, mas dão contorno e possibilitam que tenhamos ferramentas. <b>As pessoas que nos excluem, manipulam ou riem e reconhecem que somos "diferentes", costumam ser as mesmas que invalidam nossos diagnósticos. Então é essencial buscar autoconhecimento, autovalidação e estudar sobre autismo. </b>Por esse motivo, indico abaixo sete livros que são importantes para conscientização sobre autismo e, sobretudo, para começar sua jornada nessa nova fase de sua vida!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><h3><span style="color: #8e7cc3;">7. </span><span style="color: #8e7cc3;">Diferença invisível </span><span style="color: #8e7cc3;">(Mademoiselle Caroline e Julie Dachez)</span></h3><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb5uRMczC0Z9c1kFiK8J5JMYYWhyDLeD93zu8D9FTMnUeIDYvQ5klEeIELRG8KLGsxiL56r4usvCIE6rCUlE7EpzXNYdezHUYj_hjqgLoQd9K7GzJ2BNFobMQWA8aSKXQnzR-gj4pWYRJEP2qTKqnEH3NLObDfANQFeBcs6deldIG3Ja68pJ9MUYVw/s560/diferen%C3%A7a%20invisivel.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="560" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgb5uRMczC0Z9c1kFiK8J5JMYYWhyDLeD93zu8D9FTMnUeIDYvQ5klEeIELRG8KLGsxiL56r4usvCIE6rCUlE7EpzXNYdezHUYj_hjqgLoQd9K7GzJ2BNFobMQWA8aSKXQnzR-gj4pWYRJEP2qTKqnEH3NLObDfANQFeBcs6deldIG3Ja68pJ9MUYVw/w640-h360/diferen%C3%A7a%20invisivel.png" width="640" /></a></div><b><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div>Diferença Invisível</b> é uma banda desenhada que conta a história de Marguerite, uma jovem adulta de 27 anos, que namora e tem uma rotina funcional como trabalhadora em uma grande empresa. Ela tem uma rotina super consistente, cheia de rituais focados em detalhes e uma sensibilidade a barulhos. Além disso, Marguerite se sente constantemente deslocada, sem saber como agir, o que dizer e como se conectar com as pessoas. Ao longo da narrativa, é possível compreender a experiência sensorial e como padrões sociais de comportamento delineiam uma experiência de isolamento e sentimento quase intransponível de solidão. Nesta jornada por autoconhecimento, Marguerite recebe o diagnóstico de autismo e passa a ter uma vida mais consciente de si mesma, ter melhores parâmetros para relcionamentos e a reconhecer sua necessidade de acomodações e suporte. É uma ótima obra de entrada porque, a partir da identificação você pode se dar conta de características que possui, ou mesmo compreender como uma pessoa autista pode se sentir em determinadas situações.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: red;"><span style="color: white;">Link de afiliada Amazon:</span></span> <a href="https://amzn.to/41Nv3CY">Diferença invisível</a> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">6. Minha experiência lésbica com a solidão (</span><span style="color: #8e7cc3;">Kabi Nagata)</span></h3><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9rRaqewa2TXGjaMMiXOYr70fk9bOgFxaCd6WeLpUSN6eCbhw2a_65R9p7rQf9wf7Wsn7P6Gx-g1YttMKocuz0OTVq8pi96Nj3-z-FWVTKf1JatJBUFhRPTMC5DckpgXp6O7elFwGCNIV0f-7fmKwm4Oqzg5Q4qBx7tXgLtMt4tJeyxDv83ZalPNj0/s2149/Minha-Experiencia2.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="865" data-original-width="2149" height="258" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9rRaqewa2TXGjaMMiXOYr70fk9bOgFxaCd6WeLpUSN6eCbhw2a_65R9p7rQf9wf7Wsn7P6Gx-g1YttMKocuz0OTVq8pi96Nj3-z-FWVTKf1JatJBUFhRPTMC5DckpgXp6O7elFwGCNIV0f-7fmKwm4Oqzg5Q4qBx7tXgLtMt4tJeyxDv83ZalPNj0/w640-h258/Minha-Experiencia2.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Embora o mangá <b>Minha experiência lésbica com a solidão</b>, de Kabi Nagata, não seja uma obra explicitamente sobre autismo, mas que proponha a retratar a experiência de uma jovem japonesa lésbica lidando com a depressão, ele explora um conjunto de experiências de dificuldades sociais, disfunção executiva, ansiedade, dificuldade na percepção do tempo, dificuldade para nomear as emoções e essas são apenas alguns dos comportamentos comuns a pessoas no espectro, sem suporte. É interessante observar que existem aspectos culturais que tiram o estigma de um traço comportamental como "desviar o olhar", que no Brasil pode ser interpretado com desconfiança; e que estar imersa num contexto em que a diferença predominante é a de gênero possibilita que compreendamos o quanto a neurodivergência é observável em diferentes culturas, raças, países, idades e sexualidades. Além disso, no mangá, há personagens que estão no espectro LGBT e que são mais socialmente encaixadas, o que nos faz refletir sobre as camadas de experiência da protagonista.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: red;"><span style="color: white;">Link de afiliada Amazon:</span></span> <a href="https://amzn.to/3Vfp5bo">Minha Experiência Lésbica com a Solidão</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">5. O Cérebro Autista (Temple Grandin)</span></h3><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjoA0F_ZHxkHNn_9CJgXyl-2Yo1tZg4OWpvLddu1VHHRdJboeePuQSUUEzA0yP1nihKV7BOWwYMVZ0bEHPfEysjCfheMjfFmSON8snY0lKCg2GY0qJazCnNvzjUP8kCVwr474UbvQpjNBtamLjmkvLgDkHgTuQ1m__XzeCPORjIsJQTao-fLeoAoZO/s292/ocerebroautista.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="173" data-original-width="292" height="379" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjoA0F_ZHxkHNn_9CJgXyl-2Yo1tZg4OWpvLddu1VHHRdJboeePuQSUUEzA0yP1nihKV7BOWwYMVZ0bEHPfEysjCfheMjfFmSON8snY0lKCg2GY0qJazCnNvzjUP8kCVwr474UbvQpjNBtamLjmkvLgDkHgTuQ1m__XzeCPORjIsJQTao-fLeoAoZO/w640-h379/ocerebroautista.jpg" width="640" /></a></div><br /><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Em <b>O Cérebro Autista</b>, Temple Grandin - uma das mais conhecidas autoras sobre autismo - entrelaça sua experiência pessoal a uma historicização do autismo, dos parâmetros de diagnóstico, da história da psiquiatria e menciona as pesquisas recentes com uma perspectiva bastante crítica. Além disso, ela mostra a importância de compreendermos o espectro do ponto de vista científico, plural, e evidencia o valor prático de ter acesso à hipótese diagnóstica - e, consequentemente, a possibilidade de acessar ferramentas práticas para desenvolver habilidades e bem-estar - , em qualquer momento de sua vida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: red;"><span style="color: white;">Link de afiliada Amazon:</span></span> <a href="https://amzn.to/40LR7g0">O Cérebro Autista</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3><span style="color: #8e7cc3;">4. An Adult with an Autism Diagnosis: A guide for the Newly Diagnosed </span><span style="color: #8e7cc3;">(Gillan Drew )</span></h3><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWwHMcI6Ue6vN_5vkPHOvrJlZXiQStvYGf_kyCzHsmj9dwVlzXc4Bopi4tVAAFUYLWEYTKZAEFh5oreEgEuREh1VguRUFIdwmxkoOrnTNWasWnHk24MrEQis6Ywk9d2dWpgXuKJS-MLl5Rh-U2Wgz2acYpy0_BG5Ioz4V4gu_L48ounogtCacu6ikb/s311/anadultautistic.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="162" data-original-width="311" height="333" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWwHMcI6Ue6vN_5vkPHOvrJlZXiQStvYGf_kyCzHsmj9dwVlzXc4Bopi4tVAAFUYLWEYTKZAEFh5oreEgEuREh1VguRUFIdwmxkoOrnTNWasWnHk24MrEQis6Ywk9d2dWpgXuKJS-MLl5Rh-U2Wgz2acYpy0_BG5Ioz4V4gu_L48ounogtCacu6ikb/w640-h333/anadultautistic.jpg" width="640" /></a></div><br /><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">O diagnóstico tardio é tanto libertador, pra quem costumava se sentir "quebrada", como pode ser desesperador quando nos damos conta de que não sabemos o que fazer em seguida. Tendo em vista essa experiência contraditória, tão comum, Gillan Drew escreveu o guia para pessoas recém diagnosticadas intitulado <b> An adult with an autism diagnosis: a guide for the newly diagnoses</b>. Nele, Gillan conta brevemente sua história, explica a história do autismo, e tudo isso partindo das diversas perguntas que nós temos inicialmente: o que é autismo? Qual a origem? O que significa estar no espectro? O que devo fazer? Como contar para as pessoas sobre meu diagnóstico? Enfim, com esse guia você certamente terá o panorama necessário para se aprofundar nos estudos sobre TEA e se conhecer melhor. O aspecto negativo desse livro é que falta uma leitura mais sensível às questões raciais; por exemplo, ao tratar do desuso do termo "asperger" ou "aspie", senti falta de um problematização mais profunda, relacionada ao fato de este ter sido um pesquisador nazista. Este livro me fez lamentar a baixa quantidade de pessoas negras publicando livros sobre autismo em uma perspectiva negra, feminista e anticapitalista.</div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: red;"><span style="color: white;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: red;"><span style="color: white;">Link de afiliada Amazon:</span></span> <a href="https://amzn.to/3Lh00IL">An Adult with an Autism Diagnosis</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3><span style="color: #8e7cc3;">3. </span><span style="color: #8e7cc3;">Spectrum Women: Walking to the Beat of Autism (várias autoras)</span></h3><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpSDbPj6-lxIgYkLsdE2vumpHcYd7Fnp-mwP3NDXUAhynB7TPuw88tyP6XIiXoflnGnYgnVeX97ntf-oJDHm26RhQ0kexzd0fKi8gqai91rLPc5oKxyuakOo3Pw4pc_ZjuQ9pO6So-J8Beq4Xa7FcCzXh6JoXC1zotQSb9maAzFZyuFWMlH313GFLB/s445/spectrum.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="445" data-original-width="304" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpSDbPj6-lxIgYkLsdE2vumpHcYd7Fnp-mwP3NDXUAhynB7TPuw88tyP6XIiXoflnGnYgnVeX97ntf-oJDHm26RhQ0kexzd0fKi8gqai91rLPc5oKxyuakOo3Pw4pc_ZjuQ9pO6So-J8Beq4Xa7FcCzXh6JoXC1zotQSb9maAzFZyuFWMlH313GFLB/s320/spectrum.jpg" width="219" /></a></div>A coletânea de ensaios <b>Spectrum Women</b> apresenta, ao longo de 19 capítulos (e mais um de conclusão), temas e conceitos centrais para a conscientização a respeito do autismo e sua manifestação em mulheres, histórias com as quais podemos nos identificar (e assim, saber quais os pontos e como trabalhar neles), bem como o comentário feito pela psiquiatra especializada em autismo no final de cada um deles. Embora apresente diferentes vozes e experiências, o livro não apresenta uma perspectiva racializada em primeira pessoa. O capítulo sobre interseccionalidade é escrito por uma mulher branca e europeia, o que indica que temas como a relação entre a experiência de racismo e capacitismo não são discutidas profundamente. Apesar disso, o marcador "mulher" é um interessante fator para que possamos compreender o modo como estamos no espectro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: red;"><span style="color: white;">Link de afiliada Amazon:</span></span> <a href="https://amzn.to/3LdeCJ7">Spectrum Women</a></div><div><h3><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></h3><h3><span style="color: #8e7cc3;">2</span>. <span style="color: #8e7cc3;">Exposure Anxiety - The Invisible Cage: An Exploration of Self-Protection Responses in the Autism Spectrum (Donna Williams)</span></h3></div><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzAYt4108Z4l3k2TDXOKZV6oaeG0OxbpCf5TJjNCzyUWQ17GepEamVWkySGW4i57tmS9L_uoopkvOuIgbfpVxn4YY4jGXrIN1YaT91HA0_UNXbzC9hT32hiJf3_6X9RPDfQMaI79SbYoaA5pTYaKxy6U-5p4yO-WtihxGACxvukkrVhezAsYF4VgqG/s600/donna-williams.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="315" data-original-width="600" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzAYt4108Z4l3k2TDXOKZV6oaeG0OxbpCf5TJjNCzyUWQ17GepEamVWkySGW4i57tmS9L_uoopkvOuIgbfpVxn4YY4jGXrIN1YaT91HA0_UNXbzC9hT32hiJf3_6X9RPDfQMaI79SbYoaA5pTYaKxy6U-5p4yO-WtihxGACxvukkrVhezAsYF4VgqG/w640-h336/donna-williams.jpg" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Donna Williams foi uma socióloga australiana que foi diagnosticada como psicótica aos 2 anos de idade (1965), tratada como estranha na juventude e diagnosticada como autista aos 20 anos de idade (1991). Williams foi uma das principais autoras e ativistas pelo direito de pessoas autistas. Em <b>Exposure Anxiety</b>, publicado em 2002, a autora descreveu a "ansiedade de exposição como uma condição que afeta especialmente as pessoas no espectro do autismo". Baseada em sua própria experiência desde a infância, Williams descreve a condição, as causas psicológicas e propõe estratégias para lidar com ela e se desenvolver. Embora não seja um livro com o qual eu concorde totalmente, devido a alguns pressupostos, acredito que a acuidade do estudo e, especialmente o modo como ela detalha e propõe, trazem aspectos importantes para a construção de nosso próprio olhar sobre a experiência autística.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: red;"><span style="color: white;">Link de afiliada Amazon:</span></span> <a href="https://amzn.to/3Lh00IL">An Adult with an Autism Diagnosis</a></div><div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">1. The Neurodivergent Friendly Workbook of DBT Skills (Sonny Jane Wise)</span></h3></div><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTs-HZf0lHoQlP6HSZ6TMeu6Oa6OSHwy07Vq_7ltaO0s6M1c-a2DJ6eanyFDUVGdlEMUN_Qw4H0_sWf0RSaa4tJDEuAAK8RFmdP4Yb41l7Uzmnisc2HH_M1d6FPeBO2ZgDN6bO8-vpxb_5tmQ-l2MnndGkVrwy_j4uXUSRkU00TO7Br74Rj_QzucgL/s1294/The%20Neurodivergent%20Friendly%20Workbook%20of%20DBT%20Skills.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1294" data-original-width="1000" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTs-HZf0lHoQlP6HSZ6TMeu6Oa6OSHwy07Vq_7ltaO0s6M1c-a2DJ6eanyFDUVGdlEMUN_Qw4H0_sWf0RSaa4tJDEuAAK8RFmdP4Yb41l7Uzmnisc2HH_M1d6FPeBO2ZgDN6bO8-vpxb_5tmQ-l2MnndGkVrwy_j4uXUSRkU00TO7Br74Rj_QzucgL/w247-h320/The%20Neurodivergent%20Friendly%20Workbook%20of%20DBT%20Skills.jpg" width="247" /></a></div></div><div style="text-align: justify;">Mesmo que nós enriqueçamos nosso vocabulário e repertório de leituras sobre autismo, ainda assim, pode ser muito difícil encontrar um modo de planejar sua rotina de autocuidado, identificar o processo, os elementos que causam sobrecarga sensorial e treinar habilidades. <b>Embora o ideal seja procurar profissionais especializados em autismo, bem como uma terapia comportamental, nem sempre é acessível, e mesmo quando é, nem isso garante acessibilidade atitudinal, especialmente se somos pessoas negras, LGBTS, e se temos outras condições.</b> Espero que você tenha acesso a uma terapia adequada, um espaço onde possa reconhecer seus pontos fortes e desenvolver as habilidades mais frágeis. Mas, não desanime se esse não for o seu contexto; ainda assim, podemos nos engajar na apostila <b>The Neurodivergent Friendly Workbook of DBT Skills</b>, de Sonny Jane Wise. Ao longo de 80 páginas, Wise - que é neurodivergente - adaptou a Teoria Comportamental Dialética para pessoas atípicas, no formato de "caderno de atividades". Foi retirando do workbook a "efetividade social" e uma sessão dedicada às necessidades sensoriais e resiliência foi acrescentada, contando ainda com ferramentas para gerenciamento de meltdowns (crises mais externas). É muito divertido o modo como Wise propõe que reflitamos sobre nossas características, por meio de cores e elementos visuais, sempre com sugestões do que pode ser ferramenta pra nós. Eu AMEI esse livro!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><span style="background-color: red;"><span style="color: white;">Link de afiliada Amazon:</span></span> <a href="https://amzn.to/3NqEZxM">The Neurodivergent Friendly Workbook of DBT Skills</a></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">CONCLUSÃO</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Embora haja uma quantidade imensa de pessoas sendo diagnosticadas atualmente, não questione o valor desses diagnósticos apenas pelo que aparece na mídia tradicional. Procure conhecer a perspectiva de pessoas autistas, suas rotinas, desafios, conquistas, em suma, sua pluralidade. Mesmo você que recebeu o diagnóstico tardiamente, sei que você deve ter seus momentos de autodesvalidação, pois estamos cercadas de críticas, teorias e perspectivas que negam, desvalidam e reduzem a nossa condição. Vale lembrar que, à medida que nos conscientizamos e nos cercamos de pessoas gentis e respeitosas, nosso capital vital, nossa autoimagem e nossa motivação para desenvolver nossas habilidades se elevam. Confie em você, leia, estude, ouça podcasts e assista vídeos. <b>Diagnóstico não é rótulo, identidade ou justifcativa; laudo não define quem somos, porque a nossa totalidade é um conjunto de características, escolhas, contextos e formas de estar em sociedade, ou seja, a subjetividade resulta do contraste entre interioridade e exterioridade.</b> Não deixe que invisibilizem seu diagnóstico: quem realmente esteve contigo a vida inteira, conhece os desafios que enfrentou e continua enfrentando é você mesma. De verdade, espero que, a partir de hoje, você nunca se esqueça disso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">TEXTOS CONSULTADOS</span></h3><p style="text-align: justify;">BURKETT, Catina. <b>‘Autistic while black’: How autism amplifies stereotypes. </b>Disponivel em: <a href="https://www.spectrumnews.org/opinion/viewpoint/autistic-while-black-how-autism-amplifies-stereotypes/">www.spectrumnews.org/opinion/viewpoint/autistic-while-black-how-autism-amplifies-stereotypes/</a>. Acesso em 28 abr. 23.</p><p style="text-align: justify;">MARTINOVIC, Giulia.<b> Autistas preferem o termo TEA ou síndrome de Asperger? </b>Disponivel em: <a href="www.canalautismo.com.br/noticia/autistas-preferem-o-termo-tea-ou-sindrome-de-asperger/#:~:text=Os%20motivos%20s%C3%A3o%20v%C3%A1rios%2C%20como,%2C%20dessa%20forma%2C%20os%20preconceitos">www.canalautismo.com.br/noticia/autistas-preferem-o-termo-tea-ou-sindrome-de-asperger/#:~:text=Os%20motivos%20s%C3%A3o%20v%C3%A1rios%2C%20como,%2C%20dessa%20forma%2C%20os%20preconceitos</a>. Acesso em 25 abr. 23.</p><p style="text-align: justify;">MARTINS, Yasmine. <b>Diferenças entre os termos neurotípico, neurodiversidade e neuroatípico.</b> Disponivel em: <a href="http://autismoerealidade.org.br/2022/07/29/diferencas-entre-os-termos-neurotipico-neurodiversidade-e-neuroatipico/">autismoerealidade.org.br/2022/07/29/diferencas-entre-os-termos-neurotipico-neurodiversidade-e-neuroatipico/</a>. Acesso em 25 abr. 23.</p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comBrasília, DF, Brasil-15.7975154 -47.891887399999987-44.107749236178847 -83.048137399999987 12.512718436178845 -12.735637399999987tag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-83282488471778198292023-03-03T10:00:00.015-03:002023-05-19T11:08:26.004-03:00🏆ESSA SEMANA NO PRETAENERD<p> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpYHmObDSTCOdNul_8gKNXShKU8UyvpZrcqSgqCeNEEOGOhuZVt_tsaTKUGIEOmut_YtDLzZF_LFRHJ8zqvbTMpYiL5x06p_2LvbiMA6ZyLZ92_fDwD9qCIMCWLNUSntAnTGYUO8UmonhdkC0x0RVzsYk92DeOgujLhQCFKHkZaPGWhYi0drpp7FOv/s1280/ESSA%20SEMANA%20NO%20PRETAENERD.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpYHmObDSTCOdNul_8gKNXShKU8UyvpZrcqSgqCeNEEOGOhuZVt_tsaTKUGIEOmut_YtDLzZF_LFRHJ8zqvbTMpYiL5x06p_2LvbiMA6ZyLZ92_fDwD9qCIMCWLNUSntAnTGYUO8UmonhdkC0x0RVzsYk92DeOgujLhQCFKHkZaPGWhYi0drpp7FOv/w640-h360/ESSA%20SEMANA%20NO%20PRETAENERD.png" width="640" /></a><br /><br /></p><p style="text-align: right;"><b>por Anne Quiangala</b></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Agora que começamos o ano, podemos perguntar com gosto: como foi a sua semana?</div><div style="text-align: justify;">Pra mim, a semana foi mais focada em descanso e reflexões, mas fiz o ranking do que foi bacana consumir, indicando só o que foi muito bom! Vamos lá:</div><div style="text-align: justify;"><h3 style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; font-family: Verdana, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br /></span></h3><h3 style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; font-family: Verdana, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">ESSA SEMANA NO PRETAENERD</span></h3></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><span class="S1PPyQ" style="font-weight: 700;">Segunda: </span><a class="S1PPyQ" draggable="false" href="https://www.youtube.com/watch?v=UILFxisPWWE" rel="noopener" style="font-weight: 700; text-decoration-line: none;" target="_blank">vídeo curto</a><span class="S1PPyQ white-space-prewrap"> </span><span class="S1PPyQ">sobre</span><span class="S1PPyQ white-space-prewrap"> </span><span class="S1PPyQ">canetas para páginas matinais</span></li><li><span class="S1PPyQ" style="font-weight: 700;">Terça: </span><span class="S1PPyQ">#PretaRead, é a leitura ao vivo, em voz alta, que permite a construção de repertório comum à comunidade, além de análise conjunta. Nesta semana,</span><span class="S1PPyQ" style="font-weight: 700;"> </span><b><a href="https://youtu.be/YRcdvJOLghw" target="_blank">lemos e discutimos o Capítulo 5 de A<span class="S1PPyQ">nseios, de</span><span class="S1PPyQ white-space-prewrap"> </span></a></b><span class="S1PPyQ"><b><a href="https://youtu.be/YRcdvJOLghw" target="_blank">Bell Hooks</a></b>.</span></li><li><span class="S1PPyQ" style="font-weight: 700;">Quarta: </span><span class="S1PPyQ">Live na Twitch jogando Forza 5 e conversa fora (disponível <b><a href="https://youtu.be/IpykFuQP02k">aqui</a>) e t<a href="http://www.pretaenerd.com.br/2023/03/onde-anne-quiangala-escreve.html">exto sobre estação de trabalho</a>.</b></span></li><li><span class="S1PPyQ" style="font-weight: 700;">Sexta: </span><span class="S1PPyQ">Estude comigo é a </span><span class="S1PPyQ" style="font-weight: 700;">live de estudos</span><span class="S1PPyQ">, foco e concentração em que reservamos um tempo para trabalhar e outro para conversar. Na pausa, respondi os comentários dos stories sobre desafios de fazer cursos on-nline até o fim!</span></li></ul><div><br /></div><div>Vamos lá:</div><div><br /></div><div><h3 style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; font-family: Verdana, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Música: "Living After Midnight" (Cover de Judas Priest por The Donnas)</span></h3></div><div><span style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br /></span></div><div><br /></div></div>
<iframe allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; fullscreen; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="352" loading="lazy" src="https://open.spotify.com/embed/track/4BIb9ovkUrvZyRUarRCCsg?utm_source=generator&theme=0" style="border-radius: 12px;" width="100%"></iframe><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>The Donnas </b>é uma banda feminina de Palo Alto/Califórnia que esteve ativa entre 1997 e 2012 com álbuns espaçados, mas sempre divertidos. O cover de Judas Priest, <i>Living After Midnight</i> mostra como a banda foi caminhando do punk rock para algo mais hard desde o álbum Turn 21 (2001) até chegar ao ápice em <i>Bitchin' </i>(2007). Particularmente adoro os riffs da Donna R, a simplicidade das linhas de baixo de Donna F, os vocais intensos de Donna A e a bateria marcante de Donna F e como tudo isso funciona sonoramente muito bem! </div><div><br /></div><div><br /></div><div><span face="Verdana, sans-serif" style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: #8e7cc3; font-size: 14px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><h3 style="background: 0px 0px; border: 0px; color: black; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Jogo: Somerville (Jumpship)</span></h3><div><br /></div></span><div style="text-align: justify;">O que me chamou a atenção para Somerville, além do fato de ser indie, foi a sua proposta contemplativa. Jogamos com um personagem que está tentando sobreviver a uma invasão alienígena na companhia de seu cachorro e de umas criaturinhas que ainda estou por descobrir o que são! (Jogando via xCloud do Xbox Gamepass),</div></div><div style="text-align: justify;"><span face="Verdana, sans-serif"><span style="background-color: white; font-size: 14px;"><br /></span></span></div><div><span face="Verdana, sans-serif"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="329" src="https://www.youtube.com/embed/jcjnHHxHV3o" width="669" youtube-src-id="jcjnHHxHV3o"></iframe></div><br /></span><h3 style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; font-family: Verdana, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="color: #8e7cc3;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></h3><h3 style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; font-family: Verdana, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="color: #8e7cc3;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">HQ: </span>Moongirl and Devil Dinosaur #18 (2017)</span></h3><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2016/06/moon-girl-representatividade-e-quebra.html">Moongirl and Devil Dinosaur</a></b> é uma série de quadrinhos protagonizada por Lunella Lafayette (uma garota negra de 9 anos que é a pessoa mais inteligente do planeta) e seu dinossauro vermelho! A edição #18 fecha a sequencia em que Lunella precisa aprender uma importante lição enquanto um vilão clássico da Marvel disputa com ela o posto de "o mais inteligente". (Lendo via Marvel Unlimited)</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="349" src="https://www.youtube.com/embed/4UrMVHVozIg" width="641" youtube-src-id="4UrMVHVozIg"></iframe></div><br /><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div><h3 style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; font-family: Verdana, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Filme: Pantera Negra - Wakanda Forever</span></h3></div><br />Bom, esse filme precisa um texto próprio, ne?</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="345" src="https://www.youtube.com/embed/FR9iLjOubWc" width="649" youtube-src-id="FR9iLjOubWc"></iframe></div><br /><div><br /></div><div><h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: left; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span face="Verdana, sans-serif" style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Livro: </span><span style="color: #8e7cc3;">Emocionário - Diga o que você sente</span></h3><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cristina Núñez Pereira e Rafael R. Valcárcel compõem a equipe criativa do <i>Emocionário</i>, um livro que ajuda a entender as emoções e nomeá-las, de um jeito bem-humorado e leve. Embora as crianças sejam o público-alvo, jovens e adultos podem se beneficiar também. (Aliás, muito obrigada Morena Mariah pela indicação deste livro!)</div></div><div><br /></div><ul style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 1.5; list-style: none; margin: 0.5em 0px; outline: 0px; padding: 0px 2.5em; text-align: justify; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><li style="background: 0px 0px; border: 0px; list-style-position: inside; list-style-type: none; list-style: inside url("http://www.websitebullets.com/bullet/834/5.gif") none; margin: 0px 0px 0.25em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px rgb(128, 1, 128); border: 0px; color: white; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Compre:</span> Emocionário com <b style="background: 0px 0px; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><a href="https://amzn.to/41BkvqM" style="background: 0px 0px; border: 0px; color: blueviolet; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">o meu link</a></b>!</li></ul><div> </div><div><br /><h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span face="Verdana, sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Teoria: Anseios (Bell Hooks)</span></h3><div><span face="Verdana, sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br /></span></div><div><span face="Verdana, sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><ul style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: black; font-size: 14px; line-height: 1.5; list-style: none; margin: 0.5em 0px; outline: 0px; padding: 0px 2.5em; text-align: justify; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><li style="background: 0px 0px; border: 0px; list-style-position: inside; list-style-type: none; list-style: inside url("http://www.websitebullets.com/bullet/834/5.gif") none; margin: 0px 0px 0.25em; outline: 0px; padding: 0px; text-align: justify; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px rgb(128, 1, 128); border: 0px; color: white; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Compre:</span> Anseios com <b style="background: 0px 0px; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><a href="https://amzn.to/3J4vfGU" style="background: 0px 0px; border: 0px; color: blueviolet; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">o meu link</a></b>!</li></ul></span></div><div><span face="Verdana, sans-serif" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="298" src="https://www.youtube.com/embed/YRcdvJOLghw" width="630" youtube-src-id="YRcdvJOLghw"></iframe></div><br /><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><h3 style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br /></span></h3><h3 style="background: 0px 0px rgb(255, 255, 255); border: 0px; color: black; font-family: Verdana, sans-serif; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Animação: Vingadores - Guerras Secretas [curtas] (2017)</span></h3><div style="color: #8e7cc3; font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="background: 0px 0px; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Estou amando que o Disney+ tá recheando a plataforma de conteúdos da Marvel, incluindo a série de curtas protagonizada pela jovem vingadora Kamala Khan. Na sequência, o foco é mais na apresentação rápida de cada integrante da equipe, inclusive Kamala, mas o ponto alto é ver como a geração de Vingadores "adultos" como <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/search?q=Pantera+Negra+">Pantera Negra</a></b>, <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/search?q=capit%C3%A3+marvel">Capitã Marvel</a></b> e Visão tem muita experiência e poder, mas também passaram por um processo formativo e são generosos o bastante para acolher e ensinar Kamala! </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="408" src="https://www.youtube.com/embed/HNl8VtvyTNk" width="651" youtube-src-id="HNl8VtvyTNk"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div></span></div></div>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-29039786475048975972023-03-01T19:32:00.002-03:002023-03-01T19:36:11.642-03:00Onde Anne Quiangala escreve:<img height="310" src="https://dim.mcusercontent.com/cs/2e58404c1e220cdbc6b43d8de/images/96c16fc1-29c3-1312-7816-bee19bea7def.jpg?w=563&dpr=2&rect=0%2C606%2C4128%2C1887" width="676" /><br /><div style="text-align: right;"><b><br /></b></div><div style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i>O portal <b><a href="https://catapult.co/dont-write-alone/topics/where-we-write/stories">Catapult</a> </b>tem uma coluna interessante chamada<b><a href="https://catapult.co/dont-write-alone/topics/where-we-write/stories"> "Where we write" [Onde nós escrevemos]</a></b> na seção [Don’t write alone] "Não escreva só". Compartilho contigo, meu experimento a partir desse formato!</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7; font-size: large;">De onde viemos?</span></h3><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A pandemia mudou todo mundo em termos práticos. Antes, nossos rituais matinais poderiam ser cronometrados, desde o soar do despertador, tomar banho enquanto o café era preparado, a torcida para o ônibus não atrasar, não quebrar, não desistir de passar. Além disso, verificar as chaves, desligar a cafeteira (já pensou, ter que voltar porque a chave está na porta?) e torcer para ter lembrado de fechar as janelas, porque a Alexa disse que há 75% de chance de chover. E, tudo isso antes das sete da manhã?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entendo perfeitamente quem odeia home office, porque, sinceramente, a maior parte de nós - os 99% da humanidade - enfrentamos problemas no trabalho que não são bloqueados na modalidade remota, e, muitos de nós sequer temos equipamentos ou internet via fibra-ótica. Entre os 99%, nós ainda nos dividimos entre quem pode se adaptar a uma rotina saudável, ergonômica e psicologicamente segura, e aquela parcela que soma à jornada de trabalho, ainda mais essa camada desafiadora.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pessoalmente, ao longo de 2020, acreditei que não estava tão impactada pelo isolamento, mesmo numa rotina intensiva de lives e vivendo na residência de pouco mais de 20m². Tudo isso porque vinha duma sequência de injustiças trabalhistas, e acreditava estar - finalmente - reavendo o tempo de qualidade em casa, constantemente roubado pelo trabalho presencial, transporte público, folha de ponto… E foi esse contraste entre o presencial e o on-line que me fez perceber o quanto a pandemia mudou o ambiente e o modo como trabalhamos de forma radical.</div><div style="text-align: justify;">Todo setup começa In Media Res</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo a sábia Wikipedia, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/In_medias_res">"</a><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/In_medias_res">In medias res</a><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/In_medias_res"> é uma técnica literária em que a narrativa começa no meio da história, em vez de no início”</a> , o que me leva a pensar que a história de qualquer estação de trabalho, é contada a partir de algum ponto no meio da trajetória.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A propósito, você já parou para pensar que sua estação de trabalho é sempre um trabalho em andamento? A tecnologia não espera, atualizações são sempre bem-vindas, seu caderno ou caneta sempre acabam, há sempre uma cadeira, um aroma ou lâmpada que pode trazer mais conforto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando montei o setup gamer para lives direto do Xbox One, com equipamentos satisfatórios e algumas gambiarras (a câmera de ação na função de webcam, por exemplo), eu não podia estar mais feliz. O que é justo, considerando que criei um contexto confortável para trabalhar. Entretanto, o que não me dei conta naquele momento era o quanto o hábito de gambiarra faz parecer que não há outro caminho senão a criatividade adaptativa. Assim, a furtividade no tal modo sobrevivência, deixa de ser uma escolha e se torna o limite da nossa imaginação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Então, numa reunião, me perguntaram: “Por que você joga algo tão antigo como Diablo III?” e mais “Você toparia se tornar uma PC Gamer?”. Ambas as perguntas me surpreenderam porque havia ali uma proposta de mudança radical: eu jogava Diablo porque é uma franquia que eu amo. Mas, de fato, eu não imaginava voltar ser uma PC gamer em meio a uma crise no mercado de eletrônicos. Foi assim que começou a minha jornada em andamento: a Intel e a Nvidia se juntaram para me enviar um <a href="https://www.youtube.com/watch?v=Ct8I9IKAmro&t=1s">PC gamer robusto, que me possibilitaria fazer tudo com tranquilidade</a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi essa mudança que me abriu para a possibilidade de unir o melhor dos dois mundos: o consumo consciente (foco em atender às necessidades) e a gambiarra como escolha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img height="349" src="https://dim.mcusercontent.com/cs/2e58404c1e220cdbc6b43d8de/images/a864a452-5fcd-403a-709c-5c7289fac0a3.jpg?w=564&dpr=2" width="640" /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um exemplo de gambiarra, no meu setup atual, são as dobradiças que conectei com parafusos sem ponta para servirem como suportes para fones de ouvido. Isso tanto economiza espaço sobre a mesa como o gasto com uma bugiganga cara. Do lado esquerdo, abaixo da mesa, fica o fone com led, para não ter fio me atravessando. Do lado oposto, ficam os fones bluetooth. Não fica tudo de um lado só, porque além do gabinete, há o braço articulado do <a href="https://www.youtube.com/watch?v=7ozsbrphJBo&t=5s">microfone HyperX Quad S</a> e o fato de ser uma destra que usa mouse do lado esquerdo demanda maior equilíbrio na área próxima aos braços.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img height="400" src="https://dim.mcusercontent.com/cs/2e58404c1e220cdbc6b43d8de/images/34e4b7f8-b9c1-4331-65e2-3a624d0328f2.png?w=564&dpr=2" width="640" /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Acredito que equilibrar as necessidades tecnológicas e de conforto com o “faça você mesma” é um exercício de autonomia imprescindível, porque o seu espaço de trabalho precisa ser confortável e adequado aos seus hábitos. A disposição não deve servir apenas à estética, mas ao modo como você pretende executar as tarefas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Muita gente pode perguntar sobre “gerenciamento de fios” ou “cooler de led” ou mesmo pressionar para que você faça upgrades desnecessários na placa de vídeo ou processador, mas é importante sempre se perguntar: o que eu preciso? Ter recurso para investir não significa “ter que” investir.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A área onde escrevo é uma mesa comprida, onde consigo unir o melhor do mundo gamer, streamar, estudar e consumir conteúdo. Para adequar tudo isso, em ambos os lados há anéis de luz (ring light) cobertos com papel manteiga para quebrar um pouco a luz, que mesmo indireta, cansa demais os olhos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O gabinete fica do lado esquerdo da mesa, e tem uma linha transversal de LED que costumo por na cor ou cores em conformidade com o modo como eu me sinto. Por dentro, é uma máquina equilibrada, com um processador potente o suficiente (Intel Core i5) para sustentar uma boa placa de vídeo (Nvidia RTX 2060) para gravar, editar, renderizar e jogar. E, por falar em jogo, uso um cabo USB de cerca de dois metros para conectar o controle de Xbox One.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Você vai notar que meu teclado gamer (de membrana) é usado mais para digitar, do que para jogos. Ele faz parte de um kit, que vem com o mouse, mas eu prefiro o mouse bluetooth roxo - não apenas porque é roxo, mas - porque é mais adequado ao tamanho da minha mão e sem tantas funcionalidades como milhares de cliques, milhares de modos, milhares de cores mudando o tempo todo. No fim de tarde, sinto falta sim duma luz no mouse, mas entre o arco-íris distrativo e a escuridão - neste caso - ganha a escuridão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O meu monitor principal é uma TV de 35” (que só se torna smart os cabos), porque acho muito melhor para escrever e revisar textos. As cores são bonitas e o modo Cinema, somado à distância, dá maior conforto aos olhos. Abaixo dele, colei umas notas autoadesivas pra me lembrarem de “escrever alguma coisa”, “fazer algo criativo/esquecer a inspiração” e “escrever (antes) com a porta fechada”. Já o monitor auxiliar é bem menor, mas funciona perfeitamente para acompanhar outros processos, sem perder o foco.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A verdade é que são muitas canecas de chá, café e garrafas d’água para evitar a procrastinação e manter o corpo hidratado. Há duas canecas que uso para guardar materiais de escrita analógica. A da esquerda sofreu um acidente há décadas (foi derrubada por uma visita inconveniente do segundo andar) e perdeu a “asa”. Mantenho na minha mesa porque foi um presente dado pelos meus avós paternos, cruzou o oceano atlântico, e o “grande felino da Africa” me lembra desta conexão. Nela, guardo uma imensidão de lápis e lapiseiras e canetas de nanquim. Já a caneca da direita, da Batwoman dos novos 52, a mais legal de todas, eu mandei fazer porque é uma heroína do segundo escalão da DC (talvez até terceiro) e nem o Ebay vende tais souvenires. Nela guardo canetas, marcadores, tesouras e o (novo) estilete.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">À esquerda da caneca “Grandes Felinos”, há uma pilha de notas autoadesivas de diversos tamanhos, caderneta de anotações sobre a pesquisa de doutorado, as zines que tenho feito e pequenos papéis de rascunho, pois tudo começa no papel.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por fim, o Xbox voltou para a mesa, assim, também voltamos às lives direto do console. Essa mudança sintetiza a necessidade de transformar pouco espaço em algo versátil, funcional, responsivo e ideal para a produtividade.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><a href="https://www.instagram.com/p/CGFr1G7H7eE/"><img src="https://storage.googleapis.com/mc-instagram-extension-assets-prod/166048242/18028713745303337/thumb/120914494_162554162180049_4569151461175778097_n.jpg" /></a><a href="https://www.instagram.com/p/CG7t_JYHH8R/"><img src="https://storage.googleapis.com/mc-instagram-extension-assets-prod/166048242/17920152025473899/thumb/122825363_2529264267363889_3276558489869608272_n.jpg" /></a> <a href="https://www.instagram.com/p/CH8ESihnYFo/"><img src="https://storage.googleapis.com/mc-instagram-extension-assets-prod/166048242/18171823396032061/thumb/126904956_1004896183342308_5849475737270326806_n.jpg" /></a><a href="https://www.instagram.com/p/CNF_duiHLyE/"><img src="https://storage.googleapis.com/mc-instagram-extension-assets-prod/166048242/17883155003096749/thumb/166660544_922316325200816_1990314764475328965_n.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7; font-size: large;">Afinal, o que isso diz sobre o trabalho que faço aqui?</span></h3><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Fora das lives, o meu desejo de voltar a escrever me levou ao entendimento de que preciso reconstruir um processo, mas também criar algo novo, como os argonautas. O barco segue seu rumo - porque navegar é preciso - enquanto as tábuas de madeira precisam ser trocadas. Eu costumava ser uma escritora, sem preciosismo sobre “onde” escrevia. Agora, é a partir do espaço físico confortável, com iluminação indireta amarelada, incenso, um pouco de<a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Trip_hop"> trip hop</a>, chá, água e restrição de tempo, que crio uma ideia prática de que escrever é hábito - não talento, nem inspiração.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">“Eu costumava achar fácil” é um ponto de partida que me ajuda a enfrentar a página virtual que paira, enorme, à minha frente, em geral, no Notion. A parte divertida da escrita começa entre o teclado e eu, na capa midori em que residem o caderno onde desenho, o caderno onde resmungo (diário) e o caderno de escrita, no qual puxo uma infinidade de setas para testar as conexões entre ideias. Começo o esqueleto revisitando qualquer nota que eu possa ter feito recentemente, para inserir no mapa mental, selecionar com marcador colorido o que é importante e decidir como se conecta na forma e textura do texto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Percebo que o campo intersticial, entre o mundo estético e consumista que os gamers habitam e a lógica da gambiara, a gente pode sempre encontrar um equilíbrio que é a busca legítima por conforto. Vale lembrar que a estética também é válida, quando pensamos em estação de trabalho. Se podemos escolher comprar, realocar ou reutilizar algo mais bonito, por que não? Não à toa, prefiro um teclado com iluminação colorida, a luz do gabinete rosa e papéis de parede na paleta que me mais me apetece. Tudo isso cria um contexto acolhedor de lar, que é o que mais precisamos para sessões de leitura e escrita focada. Graças a esse conforto, insisto em “escrever alguma coisa” e desisto de fugir!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma estação de trabalho é sempre um trabalho em andamento, e falar sobre ela é sempre o recorte no meio dum processo sem final definitivo. A magia é essa! Aprendi que uma rotina de produção de conteúdo, freela, doutorado e trabalho, para mim, demandam grande flexibilidade, que deve ser refletida no espaço físico. É a partir disso que voltei a ser uma escritora, que, entre uma caneca de chá e outra de água, está construindo seu retorno pra casa: escrevendo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><h3><span style="color: #674ea7; font-size: large;">Epílogo:</span></h3></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>
<blockquote class="instagram-media" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/CiddxKjJcHj/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style="background: rgb(255, 255, 255); border-radius: 3px; border: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.5) 0px 0px 1px 0px, rgba(0, 0, 0, 0.15) 0px 1px 10px 0px; margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0px; width: calc(100% - 2px);"><div style="padding: 16px;"> <a href="https://www.instagram.com/reel/CiddxKjJcHj/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style="background: rgb(255, 255, 255); line-height: 0; padding: 0px; text-align: center; text-decoration: none; width: 100%;" target="_blank"> <div style="align-items: center; display: flex; flex-direction: row;"> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"></div> <div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;"></div></div></div><div style="padding: 19% 0px;"></div> <div style="display: block; height: 50px; margin: 0px auto 12px; width: 50px;"><svg height="50px" version="1.1" viewbox="0 0 60 60" width="50px" xmlns:xlink="https://www.w3.org/1999/xlink" xmlns="https://www.w3.org/2000/svg"><g fill-rule="evenodd" fill="none" stroke-width="1" stroke="none"><g fill="#000000" transform="translate(-511.000000, -20.000000)"><g><path d="M556.869,30.41 C554.814,30.41 553.148,32.076 553.148,34.131 C553.148,36.186 554.814,37.852 556.869,37.852 C558.924,37.852 560.59,36.186 560.59,34.131 C560.59,32.076 558.924,30.41 556.869,30.41 M541,60.657 C535.114,60.657 530.342,55.887 530.342,50 C530.342,44.114 535.114,39.342 541,39.342 C546.887,39.342 551.658,44.114 551.658,50 C551.658,55.887 546.887,60.657 541,60.657 M541,33.886 C532.1,33.886 524.886,41.1 524.886,50 C524.886,58.899 532.1,66.113 541,66.113 C549.9,66.113 557.115,58.899 557.115,50 C557.115,41.1 549.9,33.886 541,33.886 M565.378,62.101 C565.244,65.022 564.756,66.606 564.346,67.663 C563.803,69.06 563.154,70.057 562.106,71.106 C561.058,72.155 560.06,72.803 558.662,73.347 C557.607,73.757 556.021,74.244 553.102,74.378 C549.944,74.521 548.997,74.552 541,74.552 C533.003,74.552 532.056,74.521 528.898,74.378 C525.979,74.244 524.393,73.757 523.338,73.347 C521.94,72.803 520.942,72.155 519.894,71.106 C518.846,70.057 518.197,69.06 517.654,67.663 C517.244,66.606 516.755,65.022 516.623,62.101 C516.479,58.943 516.448,57.996 516.448,50 C516.448,42.003 516.479,41.056 516.623,37.899 C516.755,34.978 517.244,33.391 517.654,32.338 C518.197,30.938 518.846,29.942 519.894,28.894 C520.942,27.846 521.94,27.196 523.338,26.654 C524.393,26.244 525.979,25.756 528.898,25.623 C532.057,25.479 533.004,25.448 541,25.448 C548.997,25.448 549.943,25.479 553.102,25.623 C556.021,25.756 557.607,26.244 558.662,26.654 C560.06,27.196 561.058,27.846 562.106,28.894 C563.154,29.942 563.803,30.938 564.346,32.338 C564.756,33.391 565.244,34.978 565.378,37.899 C565.522,41.056 565.552,42.003 565.552,50 C565.552,57.996 565.522,58.943 565.378,62.101 M570.82,37.631 C570.674,34.438 570.167,32.258 569.425,30.349 C568.659,28.377 567.633,26.702 565.965,25.035 C564.297,23.368 562.623,22.342 560.652,21.575 C558.743,20.834 556.562,20.326 553.369,20.18 C550.169,20.033 549.148,20 541,20 C532.853,20 531.831,20.033 528.631,20.18 C525.438,20.326 523.257,20.834 521.349,21.575 C519.376,22.342 517.703,23.368 516.035,25.035 C514.368,26.702 513.342,28.377 512.574,30.349 C511.834,32.258 511.326,34.438 511.181,37.631 C511.035,40.831 511,41.851 511,50 C511,58.147 511.035,59.17 511.181,62.369 C511.326,65.562 511.834,67.743 512.574,69.651 C513.342,71.625 514.368,73.296 516.035,74.965 C517.703,76.634 519.376,77.658 521.349,78.425 C523.257,79.167 525.438,79.673 528.631,79.82 C531.831,79.965 532.853,80.001 541,80.001 C549.148,80.001 550.169,79.965 553.369,79.82 C556.562,79.673 558.743,79.167 560.652,78.425 C562.623,77.658 564.297,76.634 565.965,74.965 C567.633,73.296 568.659,71.625 569.425,69.651 C570.167,67.743 570.674,65.562 570.82,62.369 C570.966,59.17 571,58.147 571,50 C571,41.851 570.966,40.831 570.82,37.631"></path></g></g></g></svg></div><div style="padding-top: 8px;"> <div style="color: #3897f0; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: 550; line-height: 18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0px;"></div> <div style="align-items: center; display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px;"><div> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 50%; height: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px); width: 12.5px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; flex-grow: 0; height: 12.5px; margin-left: 2px; margin-right: 14px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 50%; height: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px); width: 12.5px;"></div></div><div style="margin-left: 8px;"> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"></div> <div style="border-bottom: 2px solid transparent; border-left: 6px solid rgb(244, 244, 244); border-top: 2px solid transparent; height: 0px; transform: translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg); width: 0px;"></div></div><div style="margin-left: auto;"> <div style="border-right: 8px solid transparent; border-top: 8px solid rgb(244, 244, 244); transform: translateY(16px); width: 0px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; flex-grow: 0; height: 12px; transform: translateY(-4px); width: 16px;"></div> <div style="border-left: 8px solid transparent; border-top: 8px solid rgb(244, 244, 244); height: 0px; transform: translateY(-4px) translateX(8px); width: 0px;"></div></div></div> <div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center; margin-bottom: 24px;"> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 224px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 144px;"></div></div></a><p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0px; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0px 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/reel/CiddxKjJcHj/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style="color: #c9c8cd; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por Preta, Nerd & Burning Hell (@pretaenerd)</a></p></div></blockquote> <script async="" src="//www.instagram.com/embed.js"></script>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-37112195927420296432023-02-24T10:00:00.011-03:002023-05-19T08:46:10.172-03:00🏆ESSA SEMANA NO PRETAENERD<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh010kpbhvuYg4n_3PFJd9uUGnob_qZji4zT96az6ol2Q0GMAzc-Nah0fx52rMn4PLTxCTpNiFDPq4P95u9SCT_suHa7bjr-1TiP-5c4MM5RNdsvOSXe4f6tDXgmzpHu_isqpdSwmcP4U__MCNNpvwHvA-pvq1D3Cz_nIeDrtjwe-QCpprrRMC48i6C/s1280/ESSA%20SEMANA%20NO%20PRETAENERD.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="391" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh010kpbhvuYg4n_3PFJd9uUGnob_qZji4zT96az6ol2Q0GMAzc-Nah0fx52rMn4PLTxCTpNiFDPq4P95u9SCT_suHa7bjr-1TiP-5c4MM5RNdsvOSXe4f6tDXgmzpHu_isqpdSwmcP4U__MCNNpvwHvA-pvq1D3Cz_nIeDrtjwe-QCpprrRMC48i6C/w695-h391/ESSA%20SEMANA%20NO%20PRETAENERD.png" width="695" /></a></div><br /><p></p><p><br /></p><div style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></div><p></p><p>Como foi a sua semana?<br /></p><div style="text-align: justify;">Aqui no <a href="https://www.instagram.com/pretaenerd/"><b>Pretaenerd</b></a> o feriadão de CARNAVAL reduziu um pouco o ritmo da produção, mas nesse mês temos feito conversas profundas e divertidas nas lives de <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/p/uma-das-atividades-mais-interessantes-e.html">#PretaRead</a></b>, JogaeFala e de Estude Comigo na <a href="http://www.twitch.tv/pretaenerd"><b>Twitch</b></a>. Aliás, se você ainda não conhece a plataforma, super recomendo conhecer, porque é rica de conteúdos sobre política, RPG, leitura e, claro, jogos eletrônicos. Bom, se você não conseguiu acompanhar o conteúdo da semana, vou dar uma recaptulada antes de listar o que li, assisti e ouvi essa semana!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><h3><span style="color: #8e7cc3;">ESSA SEMANA NO PRETAENERD</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><h3><ul><li><span style="color: #8e7cc3;">Segunda: </span><a href="https://youtu.be/4UrMVHVozIg">vídeo curto</a><span style="font-weight: normal;"> analisando a abordagem do tema "cabelo crespo" no quadrinho Moongirl and Devil Dinosaur #15 (2017) e a série animada homônima (2023).</span></li><li><span style="color: #8e7cc3;">Terça: </span><span style="font-weight: normal;">#PretaRead, é a leitura ao vivo, em voz alta, que permite a construção de repertório comum à comunidade, além de análise conjunta. Nesta semana,</span> <a href="https://youtu.be/AOWw3bMavio">lemos e discutimos o Capítulo 1 de O Sentido da Liberdade</a><span style="font-weight: normal;">, de Angela Davis.</span></li><li><span><span style="color: #8e7cc3;">Quarta: </span></span><span style="font-weight: normal;">c</span><span><span style="font-weight: 400;">omo vencer o desafio da página em branco? </span><a href="https://www.instagram.com/p/Co-5tKqPizc/?utm_source=ig_web_copy_link">Por meio de gatilhos (prompts) é mais fácil criar uma rotina de escrita diária</a><span style="font-weight: 400;"> e desbloquear a criatividade.</span></span></li><li><span style="color: #8e7cc3;">Quinta: </span><span style="font-weight: normal;">conversamos nos stories do Instagram sobre </span>escrita acadêmica<span style="font-weight: normal;">. A caixa de perguntas: Como é a escrita acadêmica pra você? (ou como não é) Quais os seus maiores desafios?</span></li><li><span style="color: #8e7cc3;">Sexta: </span><span style="font-weight: normal;">Estude comigo é a </span>live de estudos<span style="font-weight: normal;">, foco e concentração em que reservamos um tempo para trabalhar e outro para conversar. Na pausa, respondi os comentários dos stories de quinta feira sobre escrita acadêmica.</span></li></ul></h3></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> E vamos à lista!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><h3><span style="color: #8e7cc3;">Música: "Movido pela raiva" (Scatha)</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">A banda carioca de thrash metal, Scatha, lançou seu primeiro EP Keep Thrashing em 2007, eternizando seus clássicos como <b>Breaking Proves</b>, <b>The Unknow Man</b> e <b>Own War</b>, e trazendo sua primeira letra em português: <b>Movido pela raiva</b>. Àquela altura a formação era composta por Angelica Burns (vocais), CintiaVentania (baixo), Cynthia Tsai Yuen (bateria) e Julia Pombo (guitarra), e a sonoridade tinha uma forte influência de Megadeth, Metallica e Arch Enemy. </div><div style="text-align: justify;"> <iframe allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; fullscreen; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="352" loading="lazy" src="https://open.spotify.com/embed/track/3jU8P1NhrNVJaOJ72uW9iU?utm_source=generator&theme=0" style="border-radius: 12px;" width="100%"></iframe></div></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><span style="color: #8e7cc3;"><h3 style="color: black;"><span style="color: #8e7cc3;">Jogo: Forza Horizon 5</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div></span>Embora <b><a href="https://www.pretaenerd.com.br/2017/03/forzahorizon3.html">Forza Horizon</a></b> seja a minha franquia preferida, de tempos em tempos, eu fico mais próxima. Essa semana, esse jogo complexo e belíssimo foi um passatempo contemplativo que eu precisava! O modo história, no final das contas, nem é tão ruim assim (e que bom que o jogo "força" o engajamento nele para adicionar pistas, porque senão...). Enfim, pra quem assina Gamepass vale a pena experimentar esse arcade.</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="341" src="https://www.youtube.com/embed/zpAXUogmc50" width="648" youtube-src-id="zpAXUogmc50"></iframe></div><br /><div><br /><span style="color: #8e7cc3;"><span style="color: #8e7cc3;"><h3 style="color: black;"><span style="color: #8e7cc3;">HQ: Monica Rambeau: Photon #2 (2023)</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div></span></span><div><div style="text-align: justify;">Finalmente, Monica Rambeu recebeu sua primeira série própria. Roteirizada pela romancista Eve L. Elwing, a HQ discute com profundidade a trajetória da personagem, seus traumas e confere assim a importância que ela de fato tem na Terra 616. Nessa edição, acompanhamos a protagonista sendo inserida numa trama maior sobre enfrentar seus próprios fantasmas, em especial, a formação dos Vingadores que ela liderou nos anos 1980. Nessa sequência de <b><a href="https://www.instagram.com/reel/Cn8A4z2MDd3/?utm_source=ig_web_copy_link">Rambeau em Photon #1</a></b>, após um momento contemplativo, a heroína encontra seus algozes e precisa enfrentar de uma vez por todas a sua frustração por ter sido traída pela própria equipe. E é a partir desse retorno do recalcado que conhecemos melhor a subjetividade de Rambeau. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="536" src="https://www.youtube.com/embed/7vBUvVUK5yY" width="644" youtube-src-id="7vBUvVUK5yY"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="color: #8e7cc3;"><span style="color: #8e7cc3;"><span style="color: #8e7cc3;"><h3 style="color: black;"><span style="color: #8e7cc3;">Filme: Documentário "Por trás da Máscara" (Michael Jacobs)</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div></span></span></span><div style="text-align: justify;">Uma editora com uma história longa como a Marvel Comics, precisa ser reapresentada e contextualizada para novos leitores de tempos em tempos, inclusive com uma perspectiva mais crítica. Nesse documentário, temos uma surpreendente narrativa sobre o modo de produzir histórias a partir da experiência de escritoras e escritores proeminentes como Reginal Hudlin, Sana Amanat, Kelly Sue DeConick, Brian Michael Bendis, celebrando a proposta de diversidade na representação de personagens, sem negar o histórico conservador no que tange a diversidade nas equipes criativas. Neste caso, o depoimento de Denys Cowan (co-autor do Super-Choque e outros títulos relevantes da editora Milestone) é imprescindível para que seja evidenciada a contradição entre inserir personagens e não inserir profissionais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="565" src="https://www.youtube.com/embed/hZCuc5pYlzw" width="679" youtube-src-id="hZCuc5pYlzw"></iframe></div><br /><br /></div><span><span><span><h3 style="color: #8e7cc3; text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;"><span style="font-size: 18.72px; font-weight: 700;">TedX: </span></span>Myths, Misfits & Masks (Sana Amanat)</h3><div><br /></div></span></span></span><div><span><span><span><span><h3 style="text-align: justify;"><span style="font-weight: normal;">Na palestra sobre a importância da diversidade no universo dos quadrinhos, a produtora e co-criadora de Miss Marvel Kamala Khan, Sana Amanat costura uma bela narrativa a partir da sua infância e do significado de super-heróis que diferem da norma, no processo de formação da identidade, senso ético e para que todos os grupos tenham imagens positivas sobre si e sobre os outros, para combater preconceitos e racismo na raiz: o imaginário.</span></h3><div><span style="font-weight: normal;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="551" src="https://www.youtube.com/embed/o9lev9739zQ" width="665" youtube-src-id="o9lev9739zQ"></iframe></div><br /></div><h3 style="color: black;"><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></h3><h3 style="color: black;"><span style="color: #8e7cc3;">Livro: O Sentido da liberdade (Angela Davis)</span></h3><div style="color: black; text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div></span></span></span></span><div style="text-align: justify;">No final de 2022, a Editora <a href="https://www.instagram.com/boitempo/">@boitempo</a> lançou <b>O Sentido da Liberdade</b>, da filósofa estadunidense Angela Davis. Num momento decisivo para a história do Brasil, tive o prazer de mediar um bate-papo com Preta Ferreira e Professora Zélia Amador de Deus em ocasião do lançamento deste livro! Confira lá no canal da Boitempo no YouTube!</div><div><ul><li style="text-align: justify;"><span style="background-color: #800180; color: white;">Compre:</span> O sentido da liberdade com <b><a href="https://amzn.to/3ZevILZ">o meu link</a></b>!</li></ul><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="592" src="https://www.youtube.com/embed/AOWw3bMavio" width="713" youtube-src-id="AOWw3bMavio"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><span><span><span><div style="color: black;"><h3 style="text-align: left;"><br /></h3></div></span></span></span></span></div></div></div></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-49654731365229002712023-02-22T09:00:00.001-03:002023-02-22T09:00:00.262-03:00Escrita | O que são Páginas Matinais?<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDMb1v6ulIqK8mwYE164rAjJVTcxKqwTZFJHh4I2WfVECFIjakwHtXA-mK9lPIPy3fmZd6vWlFp1HFWloainKM3rk7NFd9-7nb3OGnPzrbko-eBiVZvny03aj1LsVPZAHWhAzIJnuoD4hoftAEs-r4Z5DLLtgJKePw21QTjmkuxURMlv83_4JLWAZE/s5000/african-american-african-descent-afro-arms-back-black-1571501-pxhere.com.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="mulher negra vista de lado, sobre uma mesa de madeira bege. ela usa camisa de manga longa de cor branca e tem cabelo crespo preto. ela escreve com uma caneta preta sobre um caderno aberto de pagina branca" border="0" data-original-height="3333" data-original-width="5000" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDMb1v6ulIqK8mwYE164rAjJVTcxKqwTZFJHh4I2WfVECFIjakwHtXA-mK9lPIPy3fmZd6vWlFp1HFWloainKM3rk7NFd9-7nb3OGnPzrbko-eBiVZvny03aj1LsVPZAHWhAzIJnuoD4hoftAEs-r4Z5DLLtgJKePw21QTjmkuxURMlv83_4JLWAZE/w640-h426/african-american-african-descent-afro-arms-back-black-1571501-pxhere.com.jpg" title="Escrita diária é uma atividade criativa que causa impacto na produção acadêmica" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Quando a gente se permite criar livremente as ideias vem com mais facilidade. Muita coisa nem precisa sair do caderno, mas só de sair da cabeça já desbloqueia outras ideias!<br /><br /></td></tr></tbody></table><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: justify;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;">Páginas matinais fazem parte das <b><a href="https://open.spotify.com/episode/2t87dqpUAOKHJ7Z5HOjNIM?si=Ym34ajkZQeOvpVISEbEw3w">ferramentas básicas</a></b> propostas por Julia Cameron como meio para desbloquear a criatividade em seu <i>best seller</i> <b>O Caminho do Artista</b></span><span style="color: #3a3a3a;">, publicado no Brasil pela editora Sextante. </span><span style="color: #3a3a3a;">Segundo a autora, são duas as ferramentas usadas em seu método de doze semanas (as páginas matinais e o encontro com o artista), mas, por hora, focaremos nas páginas matinais.</span></p><div style="text-align: justify;"><b>Páginas Matinais são três páginas escritas à mão, diariamente, com pensamentos em livre associação</b> (CAMERON, 2017). <span style="color: #3a3a3a;">Pense na escrita matinal como um tempo consigo mesma, uma pausa para a contemplação, em suma: um tempo de refletir e transferir tudo o que está na cabeça para o papel, sem crítica, edição ou compromisso com o refinamento.</span></div><p style="text-align: justify;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><span class="S1PPyQ" style="color: black;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><b>Escreva literalmente o que vier à mente até preencher a página, desde "não sei o que escrever" e "não quero escrever", até ilustrações, colagens, rabiscos ou citações que lembrar</b>. Valer tudo, aliás, é o que torna possível manter a consistência nos dias difíceis, quando sentimos vontade de parar, mas também reforça que o seu compromisso é consigo mesma! "Vale tudo", sim, desde que seja uma atividade feita com atenção no processo. </span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><span class="S1PPyQ" style="color: black;"></span></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCdo7Gy11b5hiWvIEe9ZyeTNYyBA5CuwMReGJX_E4o-9NY9Xg9rR61htWeU2W0kGE7MI1POgL1QCnTgOZIlk4jC0mNanf53aHLvvhYwWZ9xCHdzm3b_HTFt8A204sBZ0Qhgk6x3h4KyrouPiTi2JCuv477jC-wgCLoW7pxkwFPYYngXzJDf-8UDSTy/s1200/art.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="722" data-original-width="1200" height="386" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCdo7Gy11b5hiWvIEe9ZyeTNYyBA5CuwMReGJX_E4o-9NY9Xg9rR61htWeU2W0kGE7MI1POgL1QCnTgOZIlk4jC0mNanf53aHLvvhYwWZ9xCHdzm3b_HTFt8A204sBZ0Qhgk6x3h4KyrouPiTi2JCuv477jC-wgCLoW7pxkwFPYYngXzJDf-8UDSTy/w640-h386/art.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #3a3a3a; text-align: justify;">Experimentar materiais é uma boa forma de se permitir, não apenas escrever como criar livremente!</span></td></tr></tbody></table><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><span class="S1PPyQ" style="color: black;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><br /></span></span></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><b>A escrita livre tem um caráter terapêutico, que repercute na sua escrita profissional e acadêmica</b>, porque é um tipo de escrita "com porta fechada" (KING, 2015), para agradar a si mesma, em que você tem espaço de refletir com a total privacidade, elaborar, ensaiar, entender o que aflige (PS: <u>não substitui terapia, ok?</u>) e descobrir o que faz ou não sentido trabalhar fora desse espaço.</span></p><p style="text-align: justify;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><span class="S1PPyQ" style="color: black;">Além disso, as <b>Páginas matinais ajudam a desbloquear ideias</b>. Sabe quando você precisa iniciar ou manter um projeto consistente e não sabe quais as perguntas corretas a se fazer? Ou quando sente que perdeu o norte da sua hipótese de pesquisa? Por vezes, você nem sabe qual a raiz da angústia, e as <b>páginas matinais</b> também ajudam nesse caso.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><span class="S1PPyQ" style="color: black;">O "escritor que desenha", <b><a href="https://austinkleon.com/2020/12/07/morning-pages-and-variations/">Austin Kleon, também escreve diariamente as páginas</a>,</b> e </span></span>sugere que diagramas, mapas mentais e desenhos são formas de buscar a vontade e o conteúdo para escrever. Nos dias em que nada vem à mente ele se pergunta: <a href="https://www.instagram.com/reel/CeoBhXeNtNr/"><b>qual a melhor coisa que aconteceu ontem</b></a>?</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcg6b4_gSVLYKtlfA-QvuHq-sDcDGYQlMUavbOTdPZ9pDA_Jt4LYsd2LNhiwaMqL2allQleiEPc4HmJTu0Vk9wZEk5n5b1DYPGKOxGKi0aZEYjqPoBiHI8bAALnwkmDcezJ38o4_KorJuvLbImcl-IxcDk3z0kIvgdTcfq56IyiEsytW3dSaiRebQQ/s600/mourning%20pages.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="600" height="506" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcg6b4_gSVLYKtlfA-QvuHq-sDcDGYQlMUavbOTdPZ9pDA_Jt4LYsd2LNhiwaMqL2allQleiEPc4HmJTu0Vk9wZEk5n5b1DYPGKOxGKi0aZEYjqPoBiHI8bAALnwkmDcezJ38o4_KorJuvLbImcl-IxcDk3z0kIvgdTcfq56IyiEsytW3dSaiRebQQ/w640-h506/mourning%20pages.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Mapas também são mágicos" (Austin Kleon)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><span class="S1PPyQ" style="color: black;"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><span class="S1PPyQ" style="color: black;">Como você pode concluir, <b>páginas matinais são um recurso que vale a pena considerar a incorporação em sua rotina, especialmente se você deseja ter uma vida mais criativa, ou, quem sabe, se tem o sonho de escrever profissionalmente</b>. Se esse for o caso, procure um caderno dedicado às páginas matinais, uma caneta confortável, e com uma ponta que deslize pelo papel, que acompanhe o ritmo de suas ideias; se for possível, experimente diferentes materiais, técnicas, então mantendo a consistência, no mínimo você perderá o medo da página em branco. Vale a pena tentar!</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span class="S1PPyQ" style="color: #3a3a3a;"><span class="S1PPyQ" style="color: black;"><br /></span></span></p><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Referências</span></h3>CAMERON, Julia. <b>O caminho do artista</b>. [tradução de Leila Couceiro]. 1. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.<br />KLEON, Austin. <b>Mourning pages (and variations)</b>. (2020). Disponível em: <<a href="http://austinkleon.com/2020/12/07/morning-pages-and-variations/">austinkleon.com/2020/12/07/morning-pages-and-variations/</a>>. Acesso em 7 de fevereiro de 2023.<br />KING, Stephen. <b>Sobre a Escrita</b>. [tradução de Michel Teixeira]. 1 ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015.<div><br />
<blockquote class="instagram-media" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/p/CoUuH6ru__G/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14" style="background: rgb(255, 255, 255); border-radius: 3px; border: 0px; box-shadow: rgba(0, 0, 0, 0.5) 0px 0px 1px 0px, rgba(0, 0, 0, 0.15) 0px 1px 10px 0px; margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0px; width: calc(100% - 2px);"><div style="padding: 16px;"> <a href="https://www.instagram.com/p/CoUuH6ru__G/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style="background: rgb(255, 255, 255); line-height: 0; padding: 0px; text-align: center; text-decoration: none; width: 100%;" target="_blank"><div style="align-items: center; display: flex; flex-direction: row;"> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 40px; margin-right: 14px; width: 40px;"></div> <div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center;"> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 100px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 60px;"></div></div></div><div style="padding: 19% 0px;"></div> <div style="display: block; height: 50px; margin: 0px auto 12px; width: 50px;"><svg height="50px" version="1.1" viewbox="0 0 60 60" width="50px" xmlns:xlink="https://www.w3.org/1999/xlink" xmlns="https://www.w3.org/2000/svg"><g fill-rule="evenodd" fill="none" stroke-width="1" stroke="none"><g fill="#000000" transform="translate(-511.000000, -20.000000)"><g><path d="M556.869,30.41 C554.814,30.41 553.148,32.076 553.148,34.131 C553.148,36.186 554.814,37.852 556.869,37.852 C558.924,37.852 560.59,36.186 560.59,34.131 C560.59,32.076 558.924,30.41 556.869,30.41 M541,60.657 C535.114,60.657 530.342,55.887 530.342,50 C530.342,44.114 535.114,39.342 541,39.342 C546.887,39.342 551.658,44.114 551.658,50 C551.658,55.887 546.887,60.657 541,60.657 M541,33.886 C532.1,33.886 524.886,41.1 524.886,50 C524.886,58.899 532.1,66.113 541,66.113 C549.9,66.113 557.115,58.899 557.115,50 C557.115,41.1 549.9,33.886 541,33.886 M565.378,62.101 C565.244,65.022 564.756,66.606 564.346,67.663 C563.803,69.06 563.154,70.057 562.106,71.106 C561.058,72.155 560.06,72.803 558.662,73.347 C557.607,73.757 556.021,74.244 553.102,74.378 C549.944,74.521 548.997,74.552 541,74.552 C533.003,74.552 532.056,74.521 528.898,74.378 C525.979,74.244 524.393,73.757 523.338,73.347 C521.94,72.803 520.942,72.155 519.894,71.106 C518.846,70.057 518.197,69.06 517.654,67.663 C517.244,66.606 516.755,65.022 516.623,62.101 C516.479,58.943 516.448,57.996 516.448,50 C516.448,42.003 516.479,41.056 516.623,37.899 C516.755,34.978 517.244,33.391 517.654,32.338 C518.197,30.938 518.846,29.942 519.894,28.894 C520.942,27.846 521.94,27.196 523.338,26.654 C524.393,26.244 525.979,25.756 528.898,25.623 C532.057,25.479 533.004,25.448 541,25.448 C548.997,25.448 549.943,25.479 553.102,25.623 C556.021,25.756 557.607,26.244 558.662,26.654 C560.06,27.196 561.058,27.846 562.106,28.894 C563.154,29.942 563.803,30.938 564.346,32.338 C564.756,33.391 565.244,34.978 565.378,37.899 C565.522,41.056 565.552,42.003 565.552,50 C565.552,57.996 565.522,58.943 565.378,62.101 M570.82,37.631 C570.674,34.438 570.167,32.258 569.425,30.349 C568.659,28.377 567.633,26.702 565.965,25.035 C564.297,23.368 562.623,22.342 560.652,21.575 C558.743,20.834 556.562,20.326 553.369,20.18 C550.169,20.033 549.148,20 541,20 C532.853,20 531.831,20.033 528.631,20.18 C525.438,20.326 523.257,20.834 521.349,21.575 C519.376,22.342 517.703,23.368 516.035,25.035 C514.368,26.702 513.342,28.377 512.574,30.349 C511.834,32.258 511.326,34.438 511.181,37.631 C511.035,40.831 511,41.851 511,50 C511,58.147 511.035,59.17 511.181,62.369 C511.326,65.562 511.834,67.743 512.574,69.651 C513.342,71.625 514.368,73.296 516.035,74.965 C517.703,76.634 519.376,77.658 521.349,78.425 C523.257,79.167 525.438,79.673 528.631,79.82 C531.831,79.965 532.853,80.001 541,80.001 C549.148,80.001 550.169,79.965 553.369,79.82 C556.562,79.673 558.743,79.167 560.652,78.425 C562.623,77.658 564.297,76.634 565.965,74.965 C567.633,73.296 568.659,71.625 569.425,69.651 C570.167,67.743 570.674,65.562 570.82,62.369 C570.966,59.17 571,58.147 571,50 C571,41.851 570.966,40.831 570.82,37.631"></path></g></g></g></svg></div><div style="padding-top: 8px;"> <div style="color: #3897f0; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: 550; line-height: 18px;">Ver essa foto no Instagram</div></div><div style="padding: 12.5% 0px;"></div> <div style="align-items: center; display: flex; flex-direction: row; margin-bottom: 14px;"><div> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 50%; height: 12.5px; transform: translateX(0px) translateY(7px); width: 12.5px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; flex-grow: 0; height: 12.5px; margin-left: 2px; margin-right: 14px; transform: rotate(-45deg) translateX(3px) translateY(1px); width: 12.5px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 50%; height: 12.5px; transform: translateX(9px) translateY(-18px); width: 12.5px;"></div></div><div style="margin-left: 8px;"> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 50%; flex-grow: 0; height: 20px; width: 20px;"></div> <div style="border-bottom: 2px solid transparent; border-left: 6px solid rgb(244, 244, 244); border-top: 2px solid transparent; height: 0px; transform: translateX(16px) translateY(-4px) rotate(30deg); width: 0px;"></div></div><div style="margin-left: auto;"> <div style="border-right: 8px solid transparent; border-top: 8px solid rgb(244, 244, 244); transform: translateY(16px); width: 0px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; flex-grow: 0; height: 12px; transform: translateY(-4px); width: 16px;"></div> <div style="border-left: 8px solid transparent; border-top: 8px solid rgb(244, 244, 244); height: 0px; transform: translateY(-4px) translateX(8px); width: 0px;"></div></div></div> <div style="display: flex; flex-direction: column; flex-grow: 1; justify-content: center; margin-bottom: 24px;"> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; margin-bottom: 6px; width: 224px;"></div> <div style="background-color: #f4f4f4; border-radius: 4px; flex-grow: 0; height: 14px; width: 144px;"></div></div></a><p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0px; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0px 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a href="https://www.instagram.com/p/CoUuH6ru__G/?utm_source=ig_embed&utm_campaign=loading" style="color: #c9c8cd; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" target="_blank">Uma publicação compartilhada por Preta, Nerd & Burning Hell (@pretaenerd)</a></p></div></blockquote> <script async="" src="//www.instagram.com/embed.js"></script></div>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-91264654606038400712023-02-17T09:00:00.001-03:002023-02-17T09:00:00.220-03:00🏆 Essa semana no Pretaenerd! <p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8vMpMv1hMM9RP1mp7uc5zGy0uHGDCp6QsN_PAciWMpbEEJqsiCYLF8kPG_7dxxG_tcgbT1uaHa98ATaeOL1aT3t_8-Mxzj1T_hACoCuE3maOd3aH2xmCvBZRtDdlfr3MzlEalYAVHFHZxGa3HSwUfjesyIBmt635AOGka70mdJ-5jHwadQz0Lwg7X/s1280/ESSA%20SEMANA%20NO%20PRETAENERD.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="365" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8vMpMv1hMM9RP1mp7uc5zGy0uHGDCp6QsN_PAciWMpbEEJqsiCYLF8kPG_7dxxG_tcgbT1uaHa98ATaeOL1aT3t_8-Mxzj1T_hACoCuE3maOd3aH2xmCvBZRtDdlfr3MzlEalYAVHFHZxGa3HSwUfjesyIBmt635AOGka70mdJ-5jHwadQz0Lwg7X/w650-h365/ESSA%20SEMANA%20NO%20PRETAENERD.png" width="650" /></a></div><br /><div style="text-align: right;"> </div><div><div style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></div><p></p>Como foi a sua semana?<br /><br /><div style="text-align: justify;">Aqui no <a href="https://www.instagram.com/pretaenerd/"><b>Pretaenerd</b></a> a semana foi dinâmica, com diversão e estudos! Fiz um ranking do que consumi e me fez pensar, me divertiu e conectou essa! A lista inclui cultura pop <i>mainstream</i> e independente!. Vamos à lista!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Música: "Daemoncracy" (PoisonGod)</span></h3><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A banda capixaba <b>PoisonGod </b>lançou em 2007 seu álbum Daemoncracy, com letras provocativas que falam sobre a mistificação do mundo capitalista, em que as mazelas, a violência e a perversidade são democratizadas em vez de educação, saúde e a real democracia. Assim, <b><a href="https://som13.com.br/poisongod/daemoncracy">a faixa-título nos convida a pensar sobre o dinheiro, a ambição e a perda de si mesma como tripé da "demônio cracia"</a></b>. Confira abaixo o álbum completo:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><iframe allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; fullscreen; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="352" loading="lazy" src="https://open.spotify.com/embed/album/4qZaguTrXrsZ8r100E0ph8?utm_source=generator&theme=0" style="border-radius: 12px;" width="100%"></iframe><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Jogo: Weird West</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">O RPG <b>Weird West </b>é um RPG desenvolvido pela WolfEye Studios e publicado pela Devolver Digital. O jogo foi lançado para Windows, PlayStation 4 e Xbox One em 31 de março de 2022 e, atualmente, está disponível para ser jogado na <a href="https://www.instagram.com/p/CZj7ZRXrN6H/"><b>XCloud</b> (serviço disponível via assinatura de <b>Xbox Gamepass</b></a>). O termo "weird" (estranho, em inglês) mostra que o o "velho oeste" proposto neste jogo é bem diferente do que estamos acostumadas a ver nos filmes e quadrinhos: tanto em termos de diversidade, como pela forte presença de magia e criaturas sobrenaturais. Além disso, questões sobre representatividade, política, preconceitos, especismo e muito mais são abordadas de modo orgânico na narrativa principal, assim como na vida. É um jogo divertido e cheio de missões secundárias para explorar mapa a dentro! Confira o trailer:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="553" src="https://www.youtube.com/embed/z927CPrhinM" width="665" youtube-src-id="z927CPrhinM"></iframe></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;"><br />HQ: MoonGirl & Devil Dinosaur #1-#4 (2015)</span></h3><div style="text-align: justify;"><br /></div></div><div><div style="text-align: justify;">A <b><a href="https://www.pretaenerd.com.br/2018/02/marvel-junto-com-disney-apostam-em-nova.html">personagem mais inteligente</a></b> do Universo Marvel é <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2016/06/moon-girl-representatividade-e-quebra.html">Lunella Lafayette, a Moon Girl</a></b>. Criada pela equipe criativa formada pelos escritores Brandon Montclare e Amy Reeder e pela artista Natacha Bustos a personagem tem uma companhia jurássica, que é o Devil Dinosaur, criado por Jack Kirby. Embora a personagem seja muito querida e esteja ganhando cada vez mais visibilidade no Universo Marvel, ainda não foi publicada no Brasil. Assim, o acesso às histórias é restrito, para nós, à plataforma de quadrinhos sob demanda <b>Marvel Unlimited</b>.</div></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><span style="background-color: #800180;"><b><span style="color: white;">Leia tambem:</span></b> </span><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2016/06/moon-girl-representatividade-e-quebra.html">Moon Girl, Representatividade e a Quebra de Uma História Única.</a></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Filme: A Babá/ Nanny (Nikyatu Jusu)</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><h3 style="text-align: justify;"><div>A Babá<span style="font-weight: normal;"> é um filme de </span><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2020/10/o-que-e-horror-negro.html">horror negro</a><span style="font-weight: normal;">, dirigido e roteirizado pela cineasta estadunidense Nikyatu Jusu, produzida pela Amazon Studios e, portanto está disponível para assinantes da Amazon Prime Video. Ao longo de 100 minutos, conhecemos Aisha, uma imigrande senegaleza, recém contratada por uma família branca novaiorquina, e que tem como objetivo levar o filho para os Estados Unidos. Em meio a isso, ela é acometida com uma maldição. </span></div><div><span style="font-weight: normal;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="562" src="https://www.youtube.com/embed/PDOdS_ykyCY" width="677" youtube-src-id="PDOdS_ykyCY"></iframe></div><br /><span style="font-weight: normal;"><br /></span></div><div><span style="font-weight: normal;"> </span></div><div><span style="color: #8e7cc3;">Podcast: Women of Marvel, disponível em várias plataformas</span></div><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div></h3><div style="text-align: justify;">O que é ser "grande fã" da Marvel ou Marvete? Considerando que a Marvel é uma editora com quase um século de existência, mais de oito mil personagens e uma cronologia complexa, repleta de eventos, boots, reboots e retcons, não é difícil considerar que "entender" muito da história da editora exige um filtro por interesses - e tudo bem, você não é menos marvete porque não leu quase um século de títulos semanais. É nesse sentido que o podcast Women of Marvel (em português, Mulheres da Marvel) se tornou um dos meus podcasts favoritos. <b>Criado por Sana Amanat (produtora executiva da Marvel Studios, bem como criadora da Kamala Khan), este projeto oficial tem temporadas incríveis com temas voltados para arcos, filmes, personagens, produtoras, atrizes e quadrinistas da Marvel. </b>Dessa forma, temos uma perspectiva mais interessante e próxima sobre quadrinhos e filmes de super-heróis. A atual temporada do podcast é focada na relação de mentoria entre personagens e profissionais do campo dos quadrinhos. Eu particularmente gostei muito do episódio <b><a href="https://open.spotify.com/episode/0nhiD5JB2dsinf1vki6OVm?si=kwI2CBLYT9ylK0IFtiHpjg">Mentorship Roundtable with Sana Amanat, MacKenzie Cadenhead and Jenny Lee</a> </b>porque conseguimos ter uma noção de como os quadrinhos que amamos ler são construídos a partir de parcerias entre pessoas (o que geralmente fica distante demais, já que os bastidores não são conteúdo de tanto destaque, especialmente de mulheres). Vale ouvir as histórias e ver a bela relação de mentoria entre as convidadas do episódio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><iframe allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; fullscreen; picture-in-picture" allowfullscreen="" frameborder="0" height="352" loading="lazy" src="https://open.spotify.com/embed/episode/0nhiD5JB2dsinf1vki6OVm?utm_source=generator&theme=0" style="border-radius: 12px;" width="100%"></iframe><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></h3><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Livro: O portão do Obelisco (N.K Jemisin)</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Podemos dizer com total certeza - e asseguradas pelas premiações e quebra de recordes - que a autora estadunidense <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2019/01/traducaohowlongtillblackfuture.html">N.K Jemisin</a></b> é uma das maiores do nosso tempo. Sua trilogia A Terra Partida, que inicia com a Quinta Estação e é seguida por <b>O Portão do Obelisco</b>, tem uma estrutura narrativa, temática e construção de mundo fantásticos (em todos os sentidos da palavra). Aliás, essa trilogia pode tranquilamente ser compreendida como Alta Ficção Científica, já que parte de conceitos científicos complexos para construir o vocabulário, tecnologias e estabelecer a política da Quietude. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><span style="background-color: #800180; color: white;">Compre:</span> O Portão do Obelisco na Amazon com <b><a href="https://amzn.to/3YDUOnt">o meu link</a></b>!</li></ul></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="531" src="https://www.youtube.com/embed/8lFybhRxoVM" width="639" youtube-src-id="8lFybhRxoVM"></iframe></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3><span style="color: #8e7cc3;">Teoria: Documentário Marvel 616 - O método Marvel</span></h3></div><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>A série documental Marvel 616 é composta por sete episódios com temáticas que respondem a perguntas que nós nos fazemos sobre a história da Marvel, bem como o modo de fazer quadrinhos e o impacto dos personagens na vida de fãs. O episódio 7, intitulado <b>O Método Marvel</b> (Marvel Way) é uma excelente demonstração - metalinguística até - de como se produz um quadrinho de super-herói desde os primórdios, explorando inclusive questões delicadas como a época de ouro e de prata da editora. Focando na carismática estrela Dan Slott, a série contextualiza muito bem o modo Marvel, tanto para novatas como pra veteranas da arte sequencial. A série completa está disponível na plataforma de streaming: O Disney+ .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="563" src="https://www.youtube.com/embed/O8IDZortvZY" width="677" youtube-src-id="O8IDZortvZY"></iframe></div><br /><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div>
Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-87629193349435368052023-02-15T10:00:00.005-03:002023-02-16T16:54:27.169-03:00Quadrinhos| DOPE #1 (2022)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM9Y3fqVUvkVEqblfJWoagVqcw_R_oWTeITA0ZHGeE_zIyE-ZRgj9IL5O891k9oR9ZgP6SNeh0dgxFk2iQGJIWZULCn5L1CuRUNZLUgplcT2ulxexqTZ_relcjJYRMwEqIeBX-URTj2Cd868bQtmNEkursIyrJj0_vF84qDFvk2LZI9DyhfjxeUf17/s718/dope-1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="718" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM9Y3fqVUvkVEqblfJWoagVqcw_R_oWTeITA0ZHGeE_zIyE-ZRgj9IL5O891k9oR9ZgP6SNeh0dgxFk2iQGJIWZULCn5L1CuRUNZLUgplcT2ulxexqTZ_relcjJYRMwEqIeBX-URTj2Cd868bQtmNEkursIyrJj0_vF84qDFvk2LZI9DyhfjxeUf17/w640-h360/dope-1.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Detalhe da capa (Dope #1)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: center;"> </p><p style="text-align: center;"><i>Se uma mulher negra te contasse a história de sua vida, qual tipo de história você estaria pronta pra ouvir?</i></p><p style="text-align: right;"><b><br /></b></p><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></p><p style="text-align: justify;">Dedicado a todos os sobreviventes, o quadrinho <a href="https://www.instagram.com/p/CnMfS53MuME/?utm_source=ig_web_copy_link"><b>Dope #1</b> (2022)</a> de <b><a href="https://www.instagram.com/edbortolotte/">Edson Bortolotte</a></b>, conta a história de uma professora de sociologia, que se viu desempregada durante a pandemia de Covid-19, e tentou se manter viva em um mundo que a destrói reiteradamente. Até que se tornou uma assassina. </p><p style="text-align: justify;">Logo de início, <b>a protagonista aparece com o olho inchado, curativo e arranhões, desprotegida, como se tivesse levado uma surra. Embora, nessa passagem, apareça chorando e com uma linguagem corporal retraída</b>, ela não se curva ao olhar presumivelmente preconceitoso de quem está lendo:</p><p style="text-align: justify;"></p><blockquote>Quem se importa? [que fui a primera mulher da minha família a se formar em uma faculdade?] Provavelmente, você não! Você quer conhecer a mulher violenta, que apareceu no jornal em horário nobre, que destruiu lares e é procurada pela polícia... (DOPE, 2022, p.2) </blockquote><p></p><p style="text-align: justify;">Ela não está errada em presumir que quem a olha naquele momento, julga sua aparência e atitudes sem considerar a <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2017/02/mascara-grada-kilomba.html">estrutura rígida da sociedade brasileira, que mantém mulheres Negras na base da pirâmide em uma rede de relações e ausência de oportunidades que remonta um passado colonial, ainda que haja (uma ilusão de) escape momentâneo</a>.</b> Ao longo do relato, observamos o contraste entre a vida anterior, de educadora pós-graduada, e a posterior, de traficante; o elemento que mais se destaca é o uso do cabelo <i>blackpower</i> preto. no primeiro caso, e um tipo de loiro caindo pelos ombros, no segundo, uma negociação estética que reflete uma negociação também identitária - e profissional.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: right;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Dp4U5BxgpdwQ28IoBjSXLqp9uWW9aMxCzDk4BEJu5GCIRNQk2PhT18zbKUxjAhfgBFPSgLoA8SzCXWtcjwGNXjh98LSwZ2zX07ZIGzlBodZI0j-S_FIScIHsTTIvSy77uAd7J4U10fOhUtdqRd0nuRfqEeiWyK2UE9kmkF_2PYTqJDAGvT1z8Hbe/s320/dope3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="226" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5Dp4U5BxgpdwQ28IoBjSXLqp9uWW9aMxCzDk4BEJu5GCIRNQk2PhT18zbKUxjAhfgBFPSgLoA8SzCXWtcjwGNXjh98LSwZ2zX07ZIGzlBodZI0j-S_FIScIHsTTIvSy77uAd7J4U10fOhUtdqRd0nuRfqEeiWyK2UE9kmkF_2PYTqJDAGvT1z8Hbe/w283-h400/dope3.jpg" width="283" /></a><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWosg-CPA8ttPbWi7g0eByRGleAvO-6s11gxl9UhAbCtl9T4bnkwg256yUeM9I0gRko3p3sHEKNXlGF6oI_b5Dt8OUnydUh_NvX82NC990uN6CbYMGntg4Mxfm6y7PDGTY0N9W56RalExc_AveD9w4Hdme2uxUKywH_aNERo0db2tu9XyjJF4lp2xR/w283-h400/dope2.jpg" width="283" /></div></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">A estrutura narrativa entrega, na primera página, a culminância do caos e da violência vivenciados pela socióloga, mas sem grandes detalhes no primeiro momento. <b>O "como" vai sendo revelado num ritmo tranquilo, espaçado, cheio de espaços vazios (na página, na casa da personagem, e na reiteração de um vazio existencial que ela sente, ao se ver sem qualquer rede de apoio sólido).</b> Logo no início, o roteiro prima por evidenciar a subjetividade, e a luta por ter uma vida digna, num contexto devastador. É dessa forma que se cria uma proximidade e identificação da audiência com ela: perder o emprego, se ver obrigada a aderir a um subemprego que suga completamente a vida e, mesmo assim, não conseguir acessar o suficiente causa revolta pela estrutura econômica e empatia pela personagem.</p><p style="text-align: justify;">Após uma sucessão de acontecimentos violentos, em que a hierarquia social é o gatilho, quem lê - por menor que seja o repertório de crítica social - consegue identificar a desigualdade social como um ciclo vicioso, perverso e intransponível para o indivíduo. <b>Ser Negra, estar sozinha, vulnerável e refém da negligência de um governo genocida se tornam, então, continuidades que evidenciam o quanto a vida anterior rompia com o imaginário e com a história da propria família, mas que essa mudança não é assegurada;</b> a professora se torna assim, a representação de todo um corpo social do Brasil, que, desde o século XVI, busca <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2015/03/a-mudanca-e-mais-que-sobrevivencia.html">ir além da sobrevivência</a></b>.</p><p style="text-align: justify;">O realismo do enredo reflete <b><a href="https://www.camara.leg.br/noticias/832964-mulheres-negras-sao-maioria-das-vitimas-de-feminicidio-e-as-que-mais-sofrem-com-desigualdade-social/">estatísticas atuais a respeito do aumento do número de casos de violência contra mulheres Negras, aumento da população carcerária feminina (Negra) e o empobrecimento desde a pandemia.</a></b> O conteúdo, embora verossímil, é encadeado numa sequência surreal e tarantinesca de desventuras, sem cessar, como se fosse uma "má sorte". Entretanto, a ação, em contraste com a variação no traço de Bortolotte, ao longo das páginas, confere um aspecto, ora grotesco, ora suave para as personagens e situações. As cores, no geral, sólidas e texturizadas, uniformizam pessoas, cenário e coisas, reiterando ainda mais a desumanização das relações e do mundo no qual a professora transita, e em que ela é o elo mais fraco. </p><p style="text-align: justify;">As desventuras funcionam como um crescendo na sequência narrativa, à medida que mostram que a <a href="http://www.pretaenerd.com.br/2015/09/reflexoes-sobre-uma-identidade-de.html"><b>realidade brutal atinge uniformemente a mulher Preta, que é alvo de violências de todo tipo</b>:</a> simbólica (assédio e ameaças), física (espancamento) e patrimonial (roubo), a ponto de ultrapassar todo e qualquer limite. </p><p style="text-align: justify;"><b>Enquanto ela luta para sobreviver como traficante, brancos transitam acima e abaixo da lei, comandando o tráfico e consumindo drogas menos marginalizadas, revelando assim, a contradição e hipocrísia da guerra às drogas.</b> Estas, aliás, são tratadas como mais importantes que as vidas de pessoas marginalizadas, como a socióloga, que é massacrada na tentativa de comercializar a partir duma ética coerente com seu lugar social: não vender para crianças, nem para pessoas negras ou despossuídos. A diferença de poder, estruturada pelo racismo, misoginia e classismo entre ela e o primo de sua cliente é outro ponto, que autoriza a violência e a impunidade que o beneficiam.</p><p style="text-align: justify;">E é no vácuo da impunidade que surge uma alternativa violenta.</p><p style="text-align: justify;">Depois de acompanharmos toda a sequência de injustiças, e acessar os sentimentos da protagonista, já estamos prontas para entender que a violência como resolução é uma solução completamente diferente daqueles que oprimem. Assim, <b>Dope #1</b> entrega uma narrativa visual complexa, que nos faz sentir a dramaticidade que é ser Preta e pobre no Brasil. Se você se interessa por séries televisivas como <b>Breaking Bad</b>, <b>Weeds</b> e <b>Dexter</b>, acredito que o deslocamento do sujeito no centro da trama vai - REALMENTE - explodir a sua cabeça!</p><p style="text-align: center;"><br /></p><p style="text-align: center;"><b><a href="https://tapas.io/series/DOPE/info">Clique aqui pra ler uma amostra de DOPE #1!</a></b></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3;">Ficha Técnica</span></h3><b>Título:</b> Dope #1<br /><b>Arte, roteiro e edição: </b>Edson Bortolotte<div><b>Publicação: </b>Afasia Comics (Independente)<br /><b>Lançamento:</b> novembro de 2022<br /><b>Páginas:</b> 32<br /><br /><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3;">Referências</span></h3><div>AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS. <b>Mulheres negras são maioria das vítimas de feminicídio e as que mais sofrem com desigualdade social</b>. Disponível em: <www.camara.leg.br/noticias/832964-mulheres-negras-sao-maioria-das-vitimas-de-feminicidio-e-as-que-mais-sofrem-com-desigualdade-social/>. Acesso em 13 de fevereiro de 2022.</div></div><div><br /></div><div>DOPE. São Paulo: Afasia Comics, nº 1, nov. 2022.</div>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-25155432455109441472023-01-24T18:27:00.003-03:002023-01-24T18:30:46.231-03:00 NVIDIA lança notebooks com novas GPUs GeForce RTX Série 40<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="text-align: left;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRHVzApAMtoni3vaSLGeOU8KjpkDYMQ6Frkb8_CeyEvfRwqJ-qMNHWtMlWla-KC9Tnsqz9wv07za3knRik7lrZZp9T35-5GIe8QghXtiel0loaDfZKoKzxFvE9VJQaBo8XClxnhHC6SOtSqQJkUMMTnjigmyNU7_DqMoQZNvXMcJL001RzZApZcIe9/s1200/geforce-rtx-40-series-laptop-announement-ces-2023.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="630" data-original-width="1200" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRHVzApAMtoni3vaSLGeOU8KjpkDYMQ6Frkb8_CeyEvfRwqJ-qMNHWtMlWla-KC9Tnsqz9wv07za3knRik7lrZZp9T35-5GIe8QghXtiel0loaDfZKoKzxFvE9VJQaBo8XClxnhHC6SOtSqQJkUMMTnjigmyNU7_DqMoQZNvXMcJL001RzZApZcIe9/w640-h336/geforce-rtx-40-series-laptop-announement-ces-2023.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Os <b>notebooks </b>mais rápidos do mundo (equipados com GPUs de notebook GEFORCE RTX 4080 e 4090, 3x mais eficientes que os da geração anterior) e também mais finos e leves.</span></td></tr></tbody></table></span></div><p style="background-color: white; color: #202020; font-family: Helvetica; font-size: 16px; line-height: 24px; margin: 10px 0px; padding: 0px; text-align: center;"><br /></p><div style="text-align: justify;">A <b><a href="https://theogames.us18.list-manage.com/track/click?u=ef5b9476eedc3f79bb3048564&id=8ac91a6087&e=a0c29489ba"><span style="color: #8e7cc3;">NVIDIA</span></a> </b>anunciou durante sua apresentação da CES 2023, os novos notebooks<b> <a href="https://theogames.us18.list-manage.com/track/click?u=ef5b9476eedc3f79bb3048564&id=3d412aa47e&e=a0c29489ba"><span style="color: #8e7cc3;">GeForce RTX™ Série 40</span></a></b>, equipados com sua arquitetura de GPU ultra eficiente NVIDIA Ada Lovelace, que oferece o maior salto geracional da empresa em desempenho e eficiência energética, além das novas GPUs GeForce RTX Série 40 estarem presentes em diversos modelos de diversas fabricantes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p align="justify" style="background-color: white; line-height: 24px; margin: 10px 0px; padding: 0px;"></p><div class="separator" style="clear: both; font-family: Helvetica; font-size: 16px; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="404" src="https://www.youtube.com/embed/Vyq5rFuMEz8" width="658" youtube-src-id="Vyq5rFuMEz8"></iframe></div><p></p><p align="justify" style="background-color: white; font-family: Helvetica; font-size: 16px; line-height: 24px; margin: 10px 0px; padding: 0px;"><span face="NVIDIA-NALA, Arial, Helvetica, sans-serif" style="background-color: black; color: white; font-size: 15px; text-align: left;"><br /></span></p><div style="text-align: justify;">Com o poder do Ada e da <b>5ª geração da Max-Q Technologies</b>, o desempenho do <b>notebook de 14"</b> aumentou em 20X, transformando-os em potências portáteis capazes de qualquer tarefa. É possível renderizar 3D no Blender, editar vídeo no Adobe Premiere Pro, transmitir ao vivo com efeitos NVIDIA Broadcast AI e o codificador NVIDIA no OBS, e jogar os jogos mais recentes em configurações ultra e taxas de quadros fluidas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">DLSS 3 E RAY TRACING PARA GAMERS</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">A arquitetura NVIDIA Ada Lovelace nas GPUs de notebook GeForce RTX Série 40 oferece melhorias de eficiência de até 3X, oferecendo até 2x Ray Tracing e habilitando o DLSS 3, que pode m<b>ultiplicar o desempenho mesmo em jogos limitados pela CPU</b>, como o Microsoft Flight Simulator. Vale lembrar que todas as inovações e aprimoramentos existentes da GeForce também estão disponíveis para compradores de notebooks GeForce RTX Série 40, incluindo redução de latência do sistema <a href="https://www.nvidia.com/es-la/geforce/technologies/reflex/">NVIDIA <b>Reflex</b></a>, <a href="https://www.nvidia.com/es-la/geforce/products/g-sync-monitors/"><b>G-SYNC</b></a> na tela do notebook e monitores externos conectados, overclocking e otimização de jogos com um clique <a href="https://www.nvidia.com/es-la/geforce/geforce-experience/"><b>GeForce Experience</b></a>, e <a href="https://www.nvidia.com/es-la/geforce/geforce-experience/shadowplay/"><b>gravação e streaming com o Shadowplay</b></a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para quem desenvolve jogos, <a href="https://developer.nvidia.com/rtx/ray-tracing/micromesh"><b>Opacity Micro-Maps</b></a> e <a href="https://developer.nvidia.com/rtx/ray-tracing/micromesh"><b>Displaced Micro-Meshes</b></a> ajudam a otimizar mundos detalhados em jogos rastreados por raios, garantindo que os jogadores da GeForce RTX 40 Series experimentem um desempenho ainda mais rápido.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="469" src="https://www.youtube.com/embed/bv0cknfEQbQ" width="674" youtube-src-id="bv0cknfEQbQ"></iframe></div><br /><div style="text-align: center;">DLSS 3: multiplicador de performance</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><h3><span style="color: #8e7cc3;">NVIDIA STUDIO PARA PRODUTORES DE CONTEÚDO</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Os usuários da GeForce RTX podem aproveitar todas as acelerações de aplicativos no NVIDIA Studio — mais de 110 aplicativos acelerados RTX e software exclusivo da NVIDIA: <a href="https://www.nvidia.com/es-la/omniverse/creators/">Omniverse</a>, <a href="https://www.nvidia.com/es-la/studio/canvas/">Canvas</a>, <a href="https://www.nvidia.com/es-la/geforce/broadcasting/">Broadcast</a> e o <a href="https://www.nvidia.com/es-la/geforce/rtx-remix/">RTX Remix</a> que será lançado em breve. E os notebooks validados pelo NVIDIA Studio fornecem notebooks integrados para criadores que vêm pré-carregados com software exclusivo do NVIDIA Studio e otimizados para aproveitar os benefícios do Studio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="355" src="https://www.youtube.com/embed/nR-vP_7XFHE" width="675" youtube-src-id="nR-vP_7XFHE"></iframe></div><span style="text-align: justify;"><div><br /></div></span></div><ul style="text-align: left;"><li style="text-align: justify;">* Construído no Omniverse, o <a href="https://www.nvidia.com/es-la/geforce/rtx-remix/">N<b>VIDIA RTX Remix</b></a> é a maneira mais fácil de modificar jogos clássicos - onde IA, software e hardware se unem para permitir que os fãs canalizem sua criatividade e reimaginem os jogos que todos nós crescemos amando.</li><li style="text-align: justify;"><br /></li><li style="text-align: justify;">* <a href="https://www.nvidia.com/es-la/studio/canvas/"><b>NVIDIA Canvas</b></a> transforma pinceladas básicas em paisagens fotorrealistas em segundos. Um novo recurso - Canvas 360 - transformará as vistas do Canvas em mapas esféricos exportáveis que podem ser carregados em um aplicativo 3D, como Unreal Engine, Unity ou Blender, para usar como mapas ambientais para definir a iluminação ambiente de suas cenas.</li><li style="text-align: justify;"><br /></li><li style="text-align: justify;">* <a href="https://www.nvidia.com/es-la/geforce/broadcasting/"><b>NVIDIA Broadcast</b></a> adiciona o Eye Contact, um novo recurso que usa IA para fazer parecer que você está olhando diretamente para a câmera, mesmo quando olha para o lado ou toma notas. Esse novo recurso permite um melhor engajamento do público e faz com que você pareça totalmente investido na conversa em todos os momentos.</li></ul><a href="https://www.nvidia.com/es-la/studio/canvas/"></a><h3><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></h3><h3><span style="color: #8e7cc3;">Notebooks GeForce RTX Série 40: disponíveis a partir de 8 de fevereiro</span></h3><div><span style="color: #8e7cc3;"><br /></span></div>A NVIDIA também separou diversas promoções especiais de volta às aulas em seu site de agregador de ofertas como laptops e GPUs. Para conferir todos os modelos e produtos disponíveis basta acessar <b><a href="https://theogames.us18.list-manage.com/track/click?u=ef5b9476eedc3f79bb3048564&id=32e764d465&e=a0c29489ba">esse link</a>.</b><span class="im" style="background-color: white; color: #500050; font-family: Helvetica; font-size: 16px;"><p align="justify" style="line-height: 24px; margin: 10px 0px; padding: 0px;"> </p><p align="justify" style="line-height: 24px; margin: 10px 0px; padding: 0px;">Fonte: Nvidia</p></span>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comBrasília, DF, Brasil-15.7975154 -47.891887399999987-44.107749236178847 -83.048137399999987 12.512718436178845 -12.735637399999987tag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-75911090994475208872022-12-19T22:22:00.000-03:002022-12-19T22:22:25.956-03:00Artistas Pretos #CCXP22 (parte 1 de 5)<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQCKxcs3U-8qqfjna2zAyEDmPv2UGeB-ZJ1JqrIzSitmQi2TT8_lr00HGNfxpYK-sBuMF36Nv98CDP4CFtLUxTN3rdnrBugDKsTpClUUOjfVPggr_lAe8r9MBqRbvhJbrwrmEfcfG4m9tunRCI-RFfEpT_wPdljEj6h0m1ximPEibR6BxuApgTKZiI6Q/s1280/capaartistalley2022.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQCKxcs3U-8qqfjna2zAyEDmPv2UGeB-ZJ1JqrIzSitmQi2TT8_lr00HGNfxpYK-sBuMF36Nv98CDP4CFtLUxTN3rdnrBugDKsTpClUUOjfVPggr_lAe8r9MBqRbvhJbrwrmEfcfG4m9tunRCI-RFfEpT_wPdljEj6h0m1ximPEibR6BxuApgTKZiI6Q/w640-h360/capaartistalley2022.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Arte: Edson Bortolotte (@edbortolotte)</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: right;"><b> Por Anne Quiangala e Thiago Carneiro</b></div><div style="text-align: right;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Assim como o <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2014/12/introduzindo-minha-nerdiandade.html#:~:text=Assim%2C%20%23nerdiandade%2C%20como%20costumo,es%2C%20consumidoras%2Fas%20e%20cr%C3%ADticas">Preta, Nerd & Burning Hell</a></b> foi idealizado por Anne Quiangala como um espaço de discussão sobre cultura pop, gamer e nerd com uma perspectiva crítica, o <b><a href="https://linktr.ee/afronerd">Afronerd</a></b> é um conceito desenvolvido por Thiago Carneiro, após a percepção da pouca representatividade negra no meio nerd. A invisibilização de cerca dois terços da população brasileira não ocorre apenas na esfera da produção de conteúdo digital, ou na crítica especializada, mas é particularmente perceptível no universo das artes visuais e nas áreas de criação, dentre as quais, destacamos os quadrinhos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Embora <b><a href="https://www.ibge.gov.br/geociencias/cartas-e-mapas/sociedade-e-economia/15963-distribuicao-espacial-da-populacao-segundo-cor-ou-raca-pretos-e-pardos.html?edicao=16123&t=acesso-ao-produto">a maioria da população brasileira seja composta por pessoas negras </a></b>– resultado da soma de pretos e pardos, conforme IBGE – essa realidade não é refletida nos veículos de maior circulação, nas premiações e nem mesmo nas publicações de editoras tradicional. Essa subrepresentação ocorre por diversas razões, que vão desde o racismo estrutural (que dificulta o acesso e a formação profissional) até as relações e condições de trabalho cotidianas. Apesar dessas barreiras, o Brasil é repleto de artistas, roteiristas, equipes criativas compostas por pessoas negras, que produzem quadrinhos com diversos traços, paletas e temáticas. Neste sentido, uma iniciativa importante para viabilizar a publicação de artistas pretes por meio de uma editora especializada foi encabeçada pela <b><a href="https://perifacon.com.br/">PerifaCon </a></b>em parceria com a Editora Nemo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">O VALE DOS ARTISTAS NA CCXP 2022</span></h3><div style="text-align: justify;">A <a href="https://www.ccxp.com.br/"><b>Comic Con Experience</b></a> (CCXP), o maior evento de cultura pop do mundo (2019) tem como coração o Beco do artistas (Artist's Alley). Após discussões propositivas (público, artistas e produtoras de conteúdo) sobre a baixa presença de mulheres e pessoas LGBTQIAP+ nos anos anteriores, foi visível o aumento de mesas de ilustradores e quadrinistas independentes nas fileiras. Entretanto, a quantidade de artistas negros estava subrepresentada até 2019.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse ano, no entanto, o Beco se tornou o Vale dos artistas (Artist's Valley), dando uma ênfase importante à artistas LGBTQIAP+ sem alarde, e foi a edição na qual foi perceptível uma presença marcante de artistas negras, negres e negros. Com uma satisfação imensa, nós – Anne e Thiago – nos unimos para mapear todas as pessoas negras que produzem quadrinhos e expunham seu trabalho na CCXP 2022 e reunir numa lista para que você possa conhecer e consumir suas publicações. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nossas plataformas foram criadas com o intuito de falarmos sobre algo que amamos, a arte sequencial, tendo em vista que ela se constitui no mundo social que é desafiador, <b>então nosso compromisso é o de conhecer, divulgar e analisar as obras com a riquezas que elas nos oferecem, além de compreender os processos criativos e celebrar as obras.</b> Nós nos surpreendemos positivamente com a quantidade de artistas, então publicaremos a lista em cinco partes, tanto aqui no blog como nos nossos perfis do Instagram (@pretaenerd e @afronerd)</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Ao todo foram 45 artistas no Valley </b>(conforme a <a href="https://www.legiaodosherois.com.br/2022/ccxp22-484-artistas-artists-valley.html">Legião dos Heróis, no total foram 484</a>), mas caso você conheça ou foi um dos artistas que expuseram na CCXP e não estiver na nossa relação especial, nos informe, é muito importante para nós conhecermos todes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> Vamos então à lista?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><h3><span style="color: #674ea7;"> A12-13 Wesley Samp (@westrips.br) </span></h3><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge1uEkpfEs7mN9qOKcntGIP8h0nfDmzWeB3m-SVFs3vkdbqclLnwpHDY6lJDLRtom6rymiVMraz_B5P9ihHQXH3lVjbTvBEzM-lwZX8oyuB7a4Rxi98LIbhxDZzb8YKajNcggW1aH9RxQd8HnNzck_lII1Qh988cPb3zZK5Qb-7-9d74x-3PeXiysoJw/s1280/wesleysampccxp22.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge1uEkpfEs7mN9qOKcntGIP8h0nfDmzWeB3m-SVFs3vkdbqclLnwpHDY6lJDLRtom6rymiVMraz_B5P9ihHQXH3lVjbTvBEzM-lwZX8oyuB7a4Rxi98LIbhxDZzb8YKajNcggW1aH9RxQd8HnNzck_lII1Qh988cPb3zZK5Qb-7-9d74x-3PeXiysoJw/w640-h360/wesleysampccxp22.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Quiangala, Wesley Samp e Thiago Carneiro</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><b>Wesley Samp</b> produz quadrinhos desde 2007 no site www.westrips.com.br e é criador das séries de webtiras "Cada Um Com Seus Problemas" e "Os Levados da Breca", entre outros. Também é autor dos livros "Um Começo" e "A Última Dança".</div><div><br /></div><h3 style="text-align: left;"> <span style="color: #674ea7;">A38 - Dharylia Sales (@dharilya) </span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXlANOKN_ISnJUxzbsGpmr_L2JbrOXkbeclhIN2knVT5sNKMHl1nBb-_D302JcLkJiFZMZvS_q506ju2Y0betNSB9c6C33uet99ODFDaTiarOLbXf0kr7337sxAiyNj8plU54DT-KQshOlwtOj7g4PC3KBWmESpkoQiHFlOAwZwFIZcFkCYQQp52ZSPQ/s1280/dharilyaccxp2022.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXlANOKN_ISnJUxzbsGpmr_L2JbrOXkbeclhIN2knVT5sNKMHl1nBb-_D302JcLkJiFZMZvS_q506ju2Y0betNSB9c6C33uet99ODFDaTiarOLbXf0kr7337sxAiyNj8plU54DT-KQshOlwtOj7g4PC3KBWmESpkoQiHFlOAwZwFIZcFkCYQQp52ZSPQ/w640-h360/dharilyaccxp2022.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Quiangala, Dharilya e Thiago Carneiro</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Dizem que a Dharilya é uma artista que espreita na noite. Dizem que ela caça fantasmas e sua magia é capaz de aprisiona-los em papel. Suas cores são tiradas da sombra da morte e irão assombrar sonhos e cadernos alheios. Dizem que uma bruxa habita sua alma e seu coração é amargo como chocolate. Foi na escuridão que ela criou asas e aprendeu a voar. Dizem que ela estará na CCXP e mostrará toda a magia da sua arte. São apenas boatos, mas só você pode descobrir a verdade<span style="color: #222222; font-family: "HCo Gotham", sans-serif; font-size: 15px; letter-spacing: 0.3px;">.</span></div><div><br /></div><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;">A39 Faw Carvalho (@fawcarvalho) </span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6BxLOQsFspARDS5_8qUjLWjsyW1z07mn41MDN7qYae8iaUMUdgHtVOS_KJ1MujKwoR16uGe2KbKDZh_srVNB6XBsci1sbj20lSMTO-BdObPFjBHRBrFe034DHv9oGaDXOKXMnDrziMvaKIMrso-vZ178gYwEM6MrQfOs-MM5i2AWKEql_sCU2T41UQA/s1280/fawcarvalhoccxp2022.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6BxLOQsFspARDS5_8qUjLWjsyW1z07mn41MDN7qYae8iaUMUdgHtVOS_KJ1MujKwoR16uGe2KbKDZh_srVNB6XBsci1sbj20lSMTO-BdObPFjBHRBrFe034DHv9oGaDXOKXMnDrziMvaKIMrso-vZ178gYwEM6MrQfOs-MM5i2AWKEql_sCU2T41UQA/w640-h360/fawcarvalhoccxp2022.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Quiangala, Faw Carvalho e Thiago Carneiro<br /><br /></td></tr></tbody></table><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: right;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;">Faw Carvalho é artista independente, baiana, vivendo em Salvador. Temas como representatividade feminina e negra, memória, mitologias e cotidiano fantástico inspiram seu trabalho artístico. Pós graduada em Artes na UFMG, atua como ilustradora freelancer e possui a própria papelaria autoral, além de lecionar na área. Foi colorista da HQ “Bertha Lutz e a carta da ONU” (Editora Veneta, 2022), ilustrou o livro infantil “O Rei que assobiava” (Editora Passarinho, 2022) e é autora de Sereinha (2018), quadrinho que celebra a cultura afro-brasileira. Foi convidada na 11ª edição do Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ), em agosto deste ano, onde mediou a mesa “Narrativas de Origem”. Em 2021, ministrou a oficina “Quadrinhos e publicações independentes” no Festival Literário Feira de Santana-BA.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;">B05 - Gleisson Cipriano (@gleissoncipriano) </span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6G7vOyGUQFGHPYmcxlTlhNymnnJQBGa2Xjq7ITr1U_XZg0E9X3Fg9cC02Mc4RIRJgDULV6EBK6te5uZisxYE0EGpDrIaRRdPSiEDrLZNLgOZ3ba6P59IdBCwGO79TboWh-ncCi1w24xkUlIuFX9TZxYsDOAWZsblXmLDO1lKswYXT4hclQXUbswu69g/s1599/glaissonccxp2022.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="899" data-original-width="1599" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6G7vOyGUQFGHPYmcxlTlhNymnnJQBGa2Xjq7ITr1U_XZg0E9X3Fg9cC02Mc4RIRJgDULV6EBK6te5uZisxYE0EGpDrIaRRdPSiEDrLZNLgOZ3ba6P59IdBCwGO79TboWh-ncCi1w24xkUlIuFX9TZxYsDOAWZsblXmLDO1lKswYXT4hclQXUbswu69g/w640-h360/glaissonccxp2022.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Quiangala, Gleisson Cipriano e Thiago Carneiro</td></tr></tbody></table><br /><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Nascido em 1993, nas quase mineiras terras de Franca, Gleisson desenha desde que se entende por gente. Sua bagagem de anime e mangá foi expandida enquanto se graduava em Design Gráfico pela Unesp e também em sua passagem de um ano pela SCAD nos Estados Unidos. Como membro do GAS – coletivo de artes sequenciais da Unesp – ministrou oficinas e palestras, além de atuar como um dos editores das antologias produzidas pelo grupo. Desde 2017, produz HQs e livros independentes no seu projeto pessoal “Sem Raça Definida”, que contam as peripécias de cães e gatos quando seus donos não estão por perto. Atualmente, leciona no curso de Desenho da Quanta, e se dedica à novas empreitadas nos quadrinhos e na ilustração em suas horas vagas – além do contínuo esforço para se manter longe da gastrite<span style="color: #222222; font-family: "HCo Gotham", sans-serif; font-size: 15px; letter-spacing: 0.3px;">.</span></div><div><br /></div><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;"> B06 - Alexandre Magalhães (@alemaga15) </span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB65yInSRpDY2ATCwQsUfHKhhrmsL2PLY3JTFhSvVL4LozyRyOrh_JWWSiI_kVmI3m1B4_UFflX6hU0TeCRz-KRQUQbzJ4_M3eLYfHpzNs96_9mCn0MME0MDt8HtW-tuZNPz88riMKe6TGmNt1D8ZLue4U2g1HBIOUs1xiNhtWNnn7oq6wlLGFoBUBYw/s1599/Alexandre%20Magalh%C3%A3esccxp2022.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="899" data-original-width="1599" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB65yInSRpDY2ATCwQsUfHKhhrmsL2PLY3JTFhSvVL4LozyRyOrh_JWWSiI_kVmI3m1B4_UFflX6hU0TeCRz-KRQUQbzJ4_M3eLYfHpzNs96_9mCn0MME0MDt8HtW-tuZNPz88riMKe6TGmNt1D8ZLue4U2g1HBIOUs1xiNhtWNnn7oq6wlLGFoBUBYw/w640-h360/Alexandre%20Magalh%C3%A3esccxp2022.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Quiangala, Alexandre Magalçhaes e Thiago Carneiro</td></tr></tbody></table><br /><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Alexandre Magalhães é Designer gráfico, Produtor Gráfico no Dep. De arte em audiovisual, Diretor de Arte, Ilustrador e Storyboarder. Se destacam entre seus trabalhos: Rock in Rio (comerciais),os longas-metragens "Encantados",”5x favela (agora por nós mesmos)”, “Aparecida (O Milagre)”, “O Homem do Futuro”, “Mato Sem Cachorro”, Novela “Amor à vida”, “Minha fama de mau”, “O Nome da Morte”, “Simonal”, “Medida Provisória", Série “A Mulher invisível” (as duas temporadas), Série “O Mecanismo”(as duas temporadas), série “Mister Brau” (4ª temporada) e o curta-metragem “Dias e Dias”. Ilustrou o livro infantil: “E agora José? O que você vai ser?” De Rafael Clodomiro (Ed. Casa Cultura) e a história em quadrinhos : "A filha da Mãe” escrita por Tinda Costa (Ed. ITMix).</div><div><br /></div><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;"> B10-13 - Daiandreson Victor (@daiandreson) </span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqYqFEfVG0gHZJgn3gdfR4qXOlURSFw2h0lYZlUYI2nl0RZttVzRsKR4D_j13kvZl_YfaJH3kXR_Pn4ZzJ8iNSuXcF78m9fqzs_EHzm0AFzOBvW1WtMgJhCwUMBtsKcJLEUVZBBIc5FTjHGqNBoAG0cQKUYfDhRcmT2dh4MmmXFRy4QWLGhVcyZoeuAQ/s1599/daiandresonccxp2022.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="899" data-original-width="1599" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqYqFEfVG0gHZJgn3gdfR4qXOlURSFw2h0lYZlUYI2nl0RZttVzRsKR4D_j13kvZl_YfaJH3kXR_Pn4ZzJ8iNSuXcF78m9fqzs_EHzm0AFzOBvW1WtMgJhCwUMBtsKcJLEUVZBBIc5FTjHGqNBoAG0cQKUYfDhRcmT2dh4MmmXFRy4QWLGhVcyZoeuAQ/w640-h360/daiandresonccxp2022.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Quiangala, Daiandreson Victor e Thiago Carneiro</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desenhista de Venha a Nós o Vosso Reino (Bruttal Omelete), nasceu em Petrolina-PE, onde escreve e desenha quadrinhos atualmente. Licenciando em Artes Visuais, trabalha como ilustrador e quadrinista desde 2016. Participou do Concurso Internacional Silent Manga Audition. Em 2018, por meio do Catarse, publicou sua primeira HQ impressa: Sangue e Coragem. Produziu a série de tiras Afroboy no instagram desde fevereiro de 2020 e finalizada em 2021, sendo finalista no troféu HQmix na categoria "Novo talento roteirista". Em 2022, escreveu e desenhou uma história para a coletânea "Contos de Griô" e desenhou a hq Ebó 2.222 lançada pela UB Editora.</div><div><br /></div><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;"> B28 - Anderson Awvas (@awvas) </span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggOIoIU2yUWSs2JxsnhAL_WZGxvAyYDapQT1vE_rsSPuR_suc5HngbzHhDGe7yXFENrZEJ8hv2iGUT9MACyvUkYGTNbHPGhaUcNH0oF5qijrvfp59mzc7ehLEnyRolGpB156AiS9itRmAk32_lFjPhmlvq8Pu9i-BDYF8VTKsAI_oJt3xAuMaDbGDkTg/s1599/anwasccxp2022.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="899" data-original-width="1599" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggOIoIU2yUWSs2JxsnhAL_WZGxvAyYDapQT1vE_rsSPuR_suc5HngbzHhDGe7yXFENrZEJ8hv2iGUT9MACyvUkYGTNbHPGhaUcNH0oF5qijrvfp59mzc7ehLEnyRolGpB156AiS9itRmAk32_lFjPhmlvq8Pu9i-BDYF8VTKsAI_oJt3xAuMaDbGDkTg/w640-h360/anwasccxp2022.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Quiangala, Anderson Awvas e Thiago Carneiro</td></tr></tbody></table><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Anderson Awvas nasceu no Rio de Janeiro - RJ, vive em Juiz de Fora - MG, é ilustrador, bacharel em design, autor independente de diversos quadrinhos para a web, produtor e criador de conteúdo no projeto Folclore BR: Uma nova visão.</div><div><span style="color: #222222; font-family: "HCo Gotham", sans-serif; font-size: 15px; letter-spacing: 0.3px;"><br /></span></div><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;"> B32-33 Triscila Oliveira (@soulanja) </span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBgjrAWlc35uggpElp1cDM5kpbZd-qdcLStFPOwevbU4NBk52B_ZCUd3gb8c38gblbwfz1c1j7WLAz_sO0HKXFLuW1kB4Nyw-UYBJ8XnFOeQck4NEfZmlp9dHW57lE_VBfJ-Dld-gXv8AWotO9QNrEHCyja46YCb5nWGFU_82FjpLvvT7fKjbMZwxj6Q/s1280/triscilaoliveiraccxp2022.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBgjrAWlc35uggpElp1cDM5kpbZd-qdcLStFPOwevbU4NBk52B_ZCUd3gb8c38gblbwfz1c1j7WLAz_sO0HKXFLuW1kB4Nyw-UYBJ8XnFOeQck4NEfZmlp9dHW57lE_VBfJ-Dld-gXv8AWotO9QNrEHCyja46YCb5nWGFU_82FjpLvvT7fKjbMZwxj6Q/w640-h360/triscilaoliveiraccxp2022.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Quiangala, Triscila Oliveira e Thiago Carneiro</td></tr></tbody></table><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Triscila Oliveira, 37 anos, niteroiense, ciberativista feminista antirracista, filha, sobrinha e prima de mulheres pretas, estudante autodidata das pautas de gênero, raça e classe. É a roteirista da hq "Confinada", que combina crítica social, humor e drama, trazendo para o centro a vida real de milhões de pessoas, sendo um marco dos quadrinhos e um retrato único da pandemia e do Brasil.</div><div><span style="color: #222222; font-family: "HCo Gotham", sans-serif; font-size: 15px; letter-spacing: 0.3px;"><br /></span></div><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #674ea7;"> B34-35 - Dandara Palankof (@dandarapalankof)</span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh409N8fQghOPNh3xUf11phegcBb4fmzinBHkpMUT92QjBG16wt0oV_quc59qMMcuBsrIM-OsyfLjBbaxcq7AhD8f94FGzqXEdVVUR3s2hcMzZ4LNDD65pOO5_YbMrqU2aUHc4gc6GskAre_2iV6N6-2WqkTEEQEb_pMohAt8Wp_9J336F8CD3zajcZ6A/s1280/dandarapalankofccxp2022.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="719" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh409N8fQghOPNh3xUf11phegcBb4fmzinBHkpMUT92QjBG16wt0oV_quc59qMMcuBsrIM-OsyfLjBbaxcq7AhD8f94FGzqXEdVVUR3s2hcMzZ4LNDD65pOO5_YbMrqU2aUHc4gc6GskAre_2iV6N6-2WqkTEEQEb_pMohAt8Wp_9J336F8CD3zajcZ6A/w640-h360/dandarapalankofccxp2022.jpeg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Anne Quiangala, Dandara Palankof e Thiago Carneiro</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Além de uma das editoras da <b>Revista Plaf</b> - revista sobre histórias em quadrinhos - Dandara possui graduação em Comunicação Social - Rádio, TV e Internet pela Universidade Federal de Pernambuco (2013) e é mestre em Comunicação (área de concentração Comunicação e Culturas Midiáticas; linha de pesquisa Mídia, Cotidiano e Imaginários) pela Universidade Federal da Paraíba (2017). Atuou como produtora de conteúdo na Plano 9 Produções; como técnica de audiovisual no Instituto de Tecnologia de Pernambuco - ITEP, tendo sido responsável pela roteirização e produção de vídeos institucionais (eventualmente atuando também em sua edição); e como roteirista do Núcleo de Ensino à Distância da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE. Atua ainda como tradutora de histórias em quadrinhos. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><a name='more'></a></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quais artistas você conhecia dessa lista? Conta para gente as obras que você já conhece e quais deseja conhecer! E até a próxima parte!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><!--more--></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Agradecimentos</span></h3><div style="text-align: justify;"><ul><li>Nosso agradecimento especial vai aos nossos amigos fotógrafos Kaique (@nacaomarvel) e Luis (@luisinho_brito) cujo apoio foi essencial.</li><li>Gostaríamos de agradecer a cada artista que disponibilizou um tempo para conversarmos e gentilmente posar para a foto.</li><li>Anne também gostaria de agradecer à CCPX pelo convite para essa edição do evento.</li></ul></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p>Anne Caroline Quiangalahttp://www.blogger.com/profile/05228205862311707419noreply@blogger.comBrasília, DF, Brasil-15.7975154 -47.891887399999987-48.0289948121116 -83.048137399999987 16.433964012111595 -12.735637399999987tag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-11935309452460717572022-09-01T10:00:00.002-03:002023-04-25T16:11:50.652-03:005 obras que me ajudaram na minha jornada autista<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaSBBEg6cLPf89y970oICkTdyy44UpVz_GsEpMYOZRie_rPG0AB5ZXIIDo2XDQlhFWRJA76AMRnsL0SB_bsB0rf3lct86IVg6G5DlWFEWv3garXOYFF4JVMh_W_dwGy1j8THyOBa91TIc2IMn8AX7yA8ok7GIFN_FX2BY0-PBrzCCvnZuPun418OKr/s1280/Anand%20Prahlad.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="books about autism" border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaSBBEg6cLPf89y970oICkTdyy44UpVz_GsEpMYOZRie_rPG0AB5ZXIIDo2XDQlhFWRJA76AMRnsL0SB_bsB0rf3lct86IVg6G5DlWFEWv3garXOYFF4JVMh_W_dwGy1j8THyOBa91TIc2IMn8AX7yA8ok7GIFN_FX2BY0-PBrzCCvnZuPun418OKr/w640-h360/Anand%20Prahlad.png" title="livros sobre autismo" width="640" /></a></div> <p></p><p style="text-align: right;"><b>Por Anne Quiangala</b></p><p><br /></p><p style="text-align: justify;">Além de ser uma Preta e Nerd de 32 anos, <a href="https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/autismo-em-adultos-como-lidar-com-o-diagnostico-tardio/"><strong>o diagnóstico “tardio” de transtorno do espectro autista (TEA) fez com que me sentisse deslocada</strong></a>, questionando as minhas dificuldades, com uma sensação de ser uma impostora tomando o lugar de “alguém que realmente precisa”, já que “cheguei até aqui” (seja lá o que for “aqui”) sem o suporte necessário (o que é uma longa história a parte).</p><p style="text-align: justify;">Apesar de tudo isso ser absurdo, o “REALMENTE” é um termo chave pra revelar a força do <strong><a href="https://afroautpunk.wordpress.com/2017/11/04/i-still-struggle-with-internalized-oppression/">capacitismo internalizado</a></strong>, o profundo desconhecimento da minha própria condição e, o pior de tudo: é chave porque há vozes altas demais questionando o porquê da busca por um diagnóstico “depois que a pior fase da vida escolar já passou”. Eu ri, porque quem desvalida sempre supõe saber mais sobre nós do que nós mesmas, então repito: “ah, pior, é?”. <strong>Ecolalia</strong> é o meu forte.</p><p style="text-align: justify;">A desvalidação de profissionais da área da saúde, amigos, familiares é uma espécie de checklist que determina o quão distante essa pessoa esteve e está de você, a ponto de considerar aceitável que o desconforto de, pelo menos, metade da vida seja projetado para a próxima metade. Porque sei que a maioria das pessoas tem ideias bem estereotipadas sobre autismo - até bem pouco tempo, antes do <strong>hiperfoco</strong>, eu também não sabia quase nada a respeito - relevo alguns comentários, explico se houver espaço, e foco em entender melhor quem eu sou entre o <strong>masking</strong> (camuflagem dos traços autísticos), os marcadores de gênero, raça, classe, orientação sexual, e, por fim, a vida nesta sociedade. Afinal de contas, se o autismo é uma deficiência psicossocial e o racismo um problema estrutural temos aqui um combo de experiências, no mínimo, interessante.</p><p style="text-align: justify;">Uma questão difícil na jornada de identificação como autista é que muitos termos que aparecem em listas intituladas “traços autísticos” como <em>masking/camuflagem,</em> <strong><a href="https://themighty.com/topic/autism-spectrum-disorder/what-autism-and-sensory-overload-can-feel-like">sobrecarga sensorial</a></strong> ou explicações sem exemplos abrangentes como “<em>stiming</em> são movimentos corporais repetitivos para regulação” se propõem auto evidentes. Por essa razão, consumir conteúdo produzido por pessoas autistas com diferentes backgrounds, identidades e lugares sociais, comprometidas com a autoescolarização, tem sido essencial para entender melhor as minhas características dentro do espectro e aprender sobre acomodações.</p><p style="text-align: justify;">Outro <strong>problema é a percepção geral de que autistas são pessoas com características e habilidades distribuídas do mesmo modo como mostram séries televisivas como The Big Bang Theory, The Good Doctor e Sherlock, todas estreladas por homens brancos “geniais”</strong>. Esse tipo de representação fortalece o uso do termos desatualizados como Asperger e “autismo de alto desempenho”, que reforçam estereótipos.</p><p style="text-align: justify;">Quando se é uma pessoa racializada, LGBTQIA+, imigrante, da classe trabalhadora, com dupla ou tripla excepcionalidade e/ou com outras deficiências, é difícil encontrar personagens na cultura pop que representem sua experiência. Além disso impactar no modo como as pessoas são vistas, o modo como as pessoas interagem (ou ignoram) e dizem que você “nem parece ter”, isso causa grande prejuízo à autoimagem, uma vez que pessoas autistas diagnosticadas tardiamente podem ter encontrado profissionais despreparados que desvalidam os desafios com base em opiniões, e também já se questionarem quanto à necessidade de suporte, estereotipias, interesses específicos, legitimidade das crises e tudo mais.</p><p style="text-align: justify;">Assim, tanto as imagens uniformes de autismo na cultura pop, como aquelas que apresentam maior diversidade, (por exemplo, o reality show <strong>Amor no Espectro -</strong> Netflix, 2019), pela falta de representatividade negra, reforçam o imaginário de que pessoas negras não podem ser autistas, em especial, mulheres negras. Neste sentido, me vejo totalmente nas palavras da pedagoga Luciana Viegas:</p><p style="text-align: justify;"></p><blockquote>“Eu sou uma mulher negra, então todas as vezes que eu tinha uma crise de descontrole era associada a transtornos mais marginalizados. <strong>O autismo não é um transtorno marginalizado. O autismo tem raça, tem classe. Sempre que a gente fala em autismo, nós imaginamos homens brancos muito inteligentes.</strong> E aí, quando você traz isso para mulheres negras, o que sobra? Nada. Sobra a gente tentando dar conta desse processo de forma solitária. Quando eu fui pra internet conhecer outras mulheres negras autistas, vi que as histórias batiam. São várias e várias mulheres negras que passam a vida toda sofrendo com o capacitismo, o racismo, e não têm acesso ao diagnóstico” - Luciana Viegas <a href="https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/autismo-em-adultos-como-lidar-com-o-diagnostico-tardio/">via Portal Dráuzio Varella</a></blockquote><a href="https://drauziovarella.uol.com.br/psiquiatria/autismo-em-adultos-como-lidar-com-o-diagnostico-tardio/"></a><p></p><p style="text-align: justify;">Além de toda a jornada até chegarmos à investigação neuropsicológica e a obtenção do laudo e o diagnóstico psiquiátrico, pessoas adultas autistas passam por um novo portal. O pós diagnóstico é um período ambivalente, porque encontramos muitas respostas, mas é nebuloso a respeito do que fazer. A página <a href="https://www.instagram.com/adultosnoespectro/"><b>Adultos no Espectro</b></a> oferece dicas de roteiros muito interessantes, mas só conheci o projeto depois de ter me dedicado absurdamente na pesquisa que me trouxe aos livros que estão nesta lista. Cada livro trouxe uma peça importante pra que eu pudesse preencher as lacunas que as listas de traços autísticos informavam. Vamos lá!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><h3 style="text-align: left;"><span class="notion-enable-hover" data-reactroot="" data-token-index="0" style="font-weight: 600;"><span style="color: #674ea7;">1. Tudo sobre o amor: Novas perspectivas (Bell Hooks)</span></span></h3><div><span class="notion-enable-hover" data-reactroot="" data-token-index="0" style="font-weight: 600;"><span style="color: #674ea7;"><br /></span></span></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><span style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><a href="https://amzn.to/3TnNqKQ"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgU5-GNFCzjvvYPjRTjPNriBIQh29SRJoxpdtJjMgab4tIm8Gtdcgf_YNNPFYRB02AEq32ZfP-Ui9ZGcROhokAMR6UUSD8Onbfu0e9UMj0jUyJ0Db4jYALkPIUKEYShyehgYJRagferzNlL3uyCtKpxwbz4e-klop7uSleHHQ6tzV0uvE1iP9cemXLQ/w640-h360/5.png" width="640" /></a></span></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="https://amzn.to/3TnNqKQ"><br /></a></td></tr></tbody></table><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">Crescer sendo tratada de modo diferente, faz com que busquemos o tempo todo as razões para isso. Algumas de nós buscam validação exterior e demoram pra entender o próprio valor; outras se apagam até desaparecerem por completo em relações consigo e com outras pessoas, mas tudo isso é resultado de definições equivocadas sobre o amor. Em <span class="notion-enable-hover" data-reactroot="" data-token-index="1" style="font-weight: 600;"><a href="https://amzn.to/3TnNqKQ">Tudo sobre o amor</a></span>, Bell Hooks nos propõe a honestidade radical conosco, desde a importância de nos autorrecuperar e buscar a conexão com os outros, a partir da conexão conosco. Em se tratando de uma pessoa negra, a resposta para as mazelas, sempre é o racismo. E essa certeza nos leva a Fingir e esconder outras partes de nós mesmas, quando acessamos lugares com a maioria branca ou com a maioria negra, o que acaba por cindir quem nós somos. O desamor é a norma em um mundo marcado por opressões reiteradas e internalizadas e ele nos faz desistir do amor. Embora esse livro não seja sobre autismo, pra mim, ele foi a melhor trilha de abertura e aceitação, porque só assim pude encontrar ferramentas para confrontar o capacitismo internalizado, sendo uma mulher negra, com a seriedade e proposição necessária!</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><strong><br /></strong></div><h3 style="clear: both; text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">2. <strong>Managing Meltdowns: Using the S.C.A.R.E.D Calming Technique with Children and Adults with Autism (Deborah Lipsky e Will Richards)</strong></span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><strong><br /></strong></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://amzn.to/3e7ZgZe" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ASUovhDyV9ldqqYNLVYn0HEtEbm00oN7sC0nGRjEluXnVqQGboAM02jikKPbf0rJtW6IAiKe22qb8vVwkWm3Vt1ujBt_Jv1mGr5348FrzknuJA1yYWIHU-hlEOjTuUMaLhqa4aZzowHTgXt--UFulTNeDVdtbMoHxCTTpqsOWbcKKPhzvf9kZRnE/w640-h360/4.png" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><p>Quando comecei a pesquisar sobre autismo, tive muitas dúvidas sobre conceitos, em especial, os relacionados às crises (meltdown e shutdown) de sobrecarga sensorial. Embora seja importante listar o que são os estímulos que sobrecarregam os cinco sentidos, não é o suficiente. Aprender sobre como a ansiedade, não entendimento e pensamentos ruminativos são gatilhos de sobrecarga sensorial, me ajudou a rastrear e buscar formas de acomodação no cotidiano. Além disso, compreender o que é a sobrecarga e suas formas foi um excelente caminho para compreensão e validação das minha próprias crises. Se você buscar na internet, provavelmente encontrará muito conteúdo sobre Meltdowns (que são as crises mais externalizadas, explosivas e representadas na cultura pop). Vale observar que as crises mais explosivas são socialmente coibidas para corpos estigmatizados, a ponto de ser um perigo de morte para pessoas negras. Quanto ao Shutdown, crises mais internas (o desligamento, a dissociação, silêncio), embora seja menos comentado, também precisa ser entendido para que acomodações sejam pensadas também.<b><a href="https://amzn.to/3e7ZgZe"> Neste livro, temos a poderosa junção do conhecimento clínico de Will Richards com a perspectiva autista de Deborah Lipsky</a></b>, e isso resulta numa obra que contextualiza o autismo como espectro, e ainda propõe um método de autoconhecimento que é muito útil para quem deseja entender e oferecer o melhor suporte para autistas.</p><p><br /></p><h3><span style="color: #674ea7;">3. <strong>Unmasking Autism: Discovering The New Faces of Neurodiversity (Devon Price)</strong></span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><strong><br /></strong></span></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://amzn.to/3KIAmMp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7MYmKpuLB-isnkzsL-4xtVe3GgW6_td5U7X9-9cYFkpr6o369uFwWa-d3a_0-PRMVK8vCtVeRWiRKIkw2eNUVWpgJzMHpGBC7VcL8sU_AaaF36eM2ef9JpQubyp5cKYJhLrMzsZKT-rn7MmahzI6d_w1LtKycoEKzQ7xoNOTHsBuBQ8fa4-BmdD_f/w640-h360/1.png" width="640" /></a></div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p style="text-align: justify;">Na introdução de<a href="https://amzn.to/3KIAmMp"> <strong>Unmasking Autism</strong></a>, Devon Price compartilha conosco seu profundo sentimento de solidão, investimento total na carreira, a dificuldade em se comunicar, conectar e pertencer que o fazia se sentir diferente de um jeito, até então, inominável. A normalização desse sentimento e rotina cheia de crises, sobrecargas sensoriais, isolamento e “autossuficiência” foi direcionando sua vida para uma condição tão dolorosa que chegou ao burnout. Ele afirma que pessoas com marcadores sociais de diferença passam a “camuflar” o autismo para tentarem se encaixar no mundo neurotípico e o custo emocional geralmente é alto a ponto de levar a pessoa à investigação neuropsicológica. Ele também nos conta como o processo de investigação geralmente apaga o autismo de pessoas que não são homens brancos com características “clássicas”. Como um psicólogo autista, Price investigou com delicadeza e rigor metodológico o modo como pessoas cujos corpos e identidades extrapolam o imaginário do que é uma pessoa autista, mascaram esses traços e acabam tendo <strong><a href="https://devonprice.medium.com/how-society-forces-autistics-to-become-inhibited-passive-686cce845ef1">consequências psicológicas graves</a></strong> . Partindo de sua própria experiência e das compartilhadas nas entrevistas, o psicólogo explica detalhadamente e propõe atividades que nos ajudam a des-mascarar gradualmente. Eu diria que esse livro é uma experiência essencial pra pessoas autistas diagnosticadas na fase adulta!</p><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;"><span style="text-align: center;">4. </span><strong style="text-align: center;">The Secret Life of a Black Aspie: A Memoir (Anand Prahlad)</strong></span></h3></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://amzn.to/3pTjzMJ" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-CO1lZTRE3Dfy1GTExr4H6dj12QubkR_cktReGklebrWD2U4O4g47X8Us_Z4j4ZTfsRZ2gbDKj3F2iwqNBX_FZWiC6oRxiMw82CJGn6OZLe3VHRm0u7t-S8lxpx4XPT0gjlnpDsByjlKS9q3YIWhd3GOzb73jEi_afez3vrSV5dZMh5F9nWkInLWl/w640-h360/3.png" width="640" /></a></div><div><br /></div><p style="text-align: justify;">Encontrar conteúdo sobre a experiência de negritude e autismo não tem sido fácil, então encontrar <b><a href="https://amzn.to/3pTjzMJ">The Secret life of a Black Aspie</a></b> foi um presente. A escrita de Prahlad é poética de um jeito próprio, porque as imagens sinestésicas são literais, como ele nos adverte de início. Também é uma escrita generosa, porque nos permite entrar no seu universo particular, de sensações, história da família num território que foi uma plantation, a sua conexão com a ancestralidade e a natureza. Tudo isso nos ajuda a compreender o modo como a sua identidade complexa e sensível foi sendo construída a partir de tantos fatores internos e externos. Além disso, Prahlad foi diagnosticado adulto, então sua autobiografia explora as memórias com um novo filtro, em busca de um novo tipo de compreensão de si mesmo. Pra mim, conhecer a história de Anand Prahlad contribuiu para a minha própria jornada de entender como ser negra tem impacto na minha experiência autista e também o contrário.</p><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">5. <strong>The Dialectical Behavior Therapy Skills Workbook for Bipolar Disorder: Using DBT to Regain Control of Your Emotions and Your Life (Sheri Van Dijk)</strong></span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><strong><br /></strong></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://amzn.to/3R2lgU8" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_LdtXxSJC6npg-iB-XWAgYc4cgkTvu20L-oBWGRGJFaV3sSZm5n6WrGjor0n2yeNOIkZD3GKWZVJjvc_b5fKr1DTh3LJ4GD2hpeyJDig2KCfBh2hWO344QLg9i525vnmwa1RJa3f-gpoKfszd0sep9zRRXjH6uWQtK3J6hBh3EyVj4lgBWOHITq2g/w640-h360/2.png" width="640" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;">Em um texto chamado <strong><a href="https://devonprice.medium.com/my-autistic-journey-into-mindfulness-1cb33e4e64d0">My Autistic Journey Into Mindfulness</a>,</strong> Devon Price compartilha sua experiência de constante dissociação e estresse e como a Terapia Comportamental Dialética foi útil para lidar com isso. Como eu disse acima, é comum encontrar conteúdo sobre prevenção e gerenciamento de meltdowns, mas não tanto sobre shutdowns, e estados dissociativos, então <b><a href="https://amzn.to/3R2lgU8">o livro de Sheri Van Dijk</a></b>, embora direcionado a pessoas com diagnóstico de bipolaridade, é muito útil porque apresenta técnicas de atenção plena, que ajudam na aceitação da realidade presente e identificação de atitudes que possam ajudar a encarar as sensações e emoções turbulentas. Treinar habilidade de atenção plena é muito útil para evitar os pensamentos ruminativos, e reduzir o impacto que ansiedade, frustrações, mudanças de última hora ou informações incompletas, que engatilham situações de tempestade emocional. Aceitar a realidade e seguir em frente também contribui para uma vida mais consciente do presente, o que ajuda a curtir o momento e lembrar mais das experiências, porque é sobre estar aqui/agora. Embora pessoas autistas possam tentar escapar do presente ou se punirem pela avalanche de emoções, aprender sobre a importância ao presente pode ser o ponto chave: a atenção plena não tem como objetivo o relaxamento, mas o treino da habilidade de estar presente com mais frequência e se permitir sentir o que é ruim, mas também o prazer, a alegria o conforto e o pertencimento.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">CONCLUSÃO</span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div>
<p style="text-align: justify;">Uma das coisas mais legais sobre me perceber autista, foi a compreensão do meu interesse profundo e incessante por algum tema. Se eu tenho uma dúvida, não consigo parar de pesquisar, pensar e falar até cessar. Isso é o hiperfoco, e graças a ele, muito da minha vida escolar e acadêmica vem funcionado relativamente bem. Mas, graças a ele, também não saberia te dizer quantas horas estão por trás de tudo o que está escrito nesse texto. A busca por diagnóstico na fase adulta não é uma busca por rótulos, nem de “problemas”, assim como autismo não é um “superpoder”, mas sim uma deficiência num mundo construído a partir de parâmetros que excluem boa parte de nossas características. Então, eu amo que <strong><a href="https://www.distractify.com/p/steve-love-on-the-spectrum-us-job">Amor no Espectro (EUA)</a></strong> trouxe um olhar importante para a questão do diagnóstico “tardio”: o Steve. Ele é um homem gentil, que foi diagnosticado aos 61 anos, mostrando o quanto é importante para a pessoa que é autista ter respostas sobre si independente da idade. Você não precisa entender o porquê para apoiar, mas se você tem alguma dúvida sobre a relevância e legitimidade de sua própria busca, procure se cercar de pessoas que te amem verdadeiramente. A jornada é individual, mas não precisa ser solitária!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;"> 7 Livros para Refletir sobre autismo no canal Passos entre Linhas</span></h3><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="406" src="https://www.youtube.com/embed/NqfRTbEqVSo" width="687" youtube-src-id="NqfRTbEqVSo"></iframe></div>atualização feita em 25 de abril de 2023<br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p></p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comBrasília, DF, Brasil-15.7975154 -47.891887399999987-23.288195208804446 -56.680949899999987 -8.3068355911955543 -39.102824899999987tag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-81536465915530992142022-08-11T15:35:00.000-03:002022-08-11T15:35:20.919-03:00Ser Marvete está nos pequenos detalhes! <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8071dQc9yYae4VtyEo9fzqOj5DFoBmIIxJgczriLtopNqecJ8oW6mPxKT0bXqJ4VYlaL97huvMcoZdABmeNr4JYXgI3Npae_UcWORX8FwW0g7D8sbnwBE-PIdb3hbxQhk1Wob_BH2t8SI3rSG_0hGcXoErPVGvFe_BCjKdJ5IWS0Mj5cz1i1JhvXY/s1400/Captain-Marvel.webp" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="1400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8071dQc9yYae4VtyEo9fzqOj5DFoBmIIxJgczriLtopNqecJ8oW6mPxKT0bXqJ4VYlaL97huvMcoZdABmeNr4JYXgI3Npae_UcWORX8FwW0g7D8sbnwBE-PIdb3hbxQhk1Wob_BH2t8SI3rSG_0hGcXoErPVGvFe_BCjKdJ5IWS0Mj5cz1i1JhvXY/w640-h320/Captain-Marvel.webp" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capitã Marvel Carol Danvers</td></tr></tbody></table>
<p style="text-align: right;"><b><br /></b></p><p style="text-align: right;"><b>por Anne Quiangala</b></p>
<p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">Há algumas décadas, <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2014/12/introduzindo-minha-nerdiandade.html">a identidade nerd para pessoas negras</a></b> era questionada desde um nível elementar - apontavam a contradição de não existir a imagem na cultura pop - e isso caminhava para uma desvalidação da paixão e do conhecimento sobre o tema em quase todo espaço social. Por essa razão, <b>um processo de apagamento dos meus interesses foi se consolidando, a ponto de neutralizar toda e qualquer evidência de que, sim, eu escutava heavy metal, sim, eu era obcecada por filmes de horror e SIM, eu era apaixonada por quadrinhos</b>.</p>
<p style="text-align: justify;">Quadrinhos de super-heróis eram uma paixão secreta, assim como as horas investidas no meu SNES e processo inverso, de descompactar essas paixões, foi lento e p<b>recisou de uma mudança radical na popularização cinematográfica dessa cultura, pra que eu me sentisse confortável para sair do armário da</b> <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2019/04/somostodasgeeks.html">#Nerdiandade</a></b> junto com tanta gente com todos os marcadores sociais e até aqueles sem nenhum, que nos achavam introvertidas demais.</p>
<p style="text-align: justify;">Apesar das implicações negativas que a cultura pop içada a um gosto padrão tenha causado, (os portões, o orgulho masculino e outras questões) cada vez mais pessoas se empoderam e se tornam cosplayers que atravessam fronteiras de gênero e raça, vestem camisetas e itens que marcam seu lugar no mundo de aficionados. Hoje em dia,<b> considerando sempre a problemática que é vestir e pagar por uma marca, podemos ser marvetes nos mínimos detalhes</b> e também nos imensos!</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">PEQUENO DETALHE NO ÓCULOS DE SOL DA CAPITÃ MARVEL</span></h3>
<p style="text-align: justify;">A marca de óculos e acessórios Chilli Beans tem uma parceria frutífera com a Marvel, e essa colaboração tem entregado uma gama de armações de sol belíssimas que conectam o visual do dia a dia aos personagens que amamos. Na Coleção Marvel 2022, estão disponíveis óculos e relógios de diversos superherois e heroínas, com variação nas cores da armação e das lentes.</p>
<p style="text-align: justify;">Demorei bastante para escolher, porque estava levando em consideração o formato, as cores e a minha conexão com as personagens disponíveis: Capitã Marvel, Pantera Negra, Viúva-Negra e Dr. Estranho. O formato para que fosse neutro o suficiente e não restringisse o contexto de uso e o tipo de roupa; cores mais neutras, que não limitassem o uso a longo prazo por questões de moda ou estação; conexão com personagem é um ponto importante, porque é sobre a relação, o que aquele símbolo nos inspira.</p>
<p style="text-align: justify;">Optei pela armação quadrada preta e lente da mesma cor, em degradê, da Capitã Marvel. Seu lema “mais alto, mais rápido e mais longe” está escrito, em inglês, na parte interna da haste (”Highter. Faster. Further”) e é reiterado no detalhe, que é o símbolo dourado da heroína, em relevo, na ponteira.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKHwkgygDgrHOfxkOot7SQrAHS9CwOIAHYlsn2PSv2iJfAq1AH3M9mnyYaFyleh42XfAQ3FLKSpUS5i0QBLwrz8X2DHEV8SSVYOINQyWTDbxS_1QgYlaCACCCj8uiVSkOAVgyclDtG1cmlqa01EDo5lQY33N7UjVeanA8kUXnhmSPZxENtrIxEaY1L/s1172/oculos%20Capit%C3%A3%20Marvel.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="539" data-original-width="1172" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjKHwkgygDgrHOfxkOot7SQrAHS9CwOIAHYlsn2PSv2iJfAq1AH3M9mnyYaFyleh42XfAQ3FLKSpUS5i0QBLwrz8X2DHEV8SSVYOINQyWTDbxS_1QgYlaCACCCj8uiVSkOAVgyclDtG1cmlqa01EDo5lQY33N7UjVeanA8kUXnhmSPZxENtrIxEaY1L/w640-h294/oculos%20Capit%C3%A3%20Marvel.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;">Óculos de Sol Feminino Marvel Capitã Marvel Preto da Chilli Beans (2022)</span></td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<p style="text-align: justify;">Por ser uma armação discreta, o <strong><a href="https://loja.chillibeans.com.br/oculos-de-sol-feminino-marvel-capita-marvel-degrade-azul-oc-cl-3652-8317/p?idsku=2147292614&gclid=CjwKCAjw6MKXBhA5EiwANWLODOvOojylYvZmY3UeJq1BwcBxBQ5R2BOFEhEdoeKMgnvvQl4eZJGRYBoCbecQAvD_BwE">Óculos de Sol Feminino Marvel Capitã Marvel Preto</a></strong> atende aos critérios que estabeleci para escolha. Ele é bonito, discreto e tem a conexão emocional com o universo de histórias que eu adoro consumir.</p>
<p style="text-align: justify;">Ele é um tipo de óculos para qualquer pessoa (vale conferir as dimensões) que adore o <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/search?q=marvel">Universo Marvel</a></b> dos quadrinhos, cinema, streaming e que deseja adicionar detalhes sutis de seu lado geek no visual cotidiano. A<b> armação é leve e confortável, a lente é ampla e estou satisfeita com o objeto em si, e como se torna uma peça fácil de combinar num look casual com peças nerds mais chamativas</b>.</p>
<p style="text-align: justify;">Sem dúvida, o produto poderia ser mais adequado se fosse possível optar por uma lente mais escura e sem o degradê. Para quem tem fotofobia (sensibilidade à luz), a lente pode ser insuficiente, já que é possível transitar em ambientes fechados como shoppings e mesmo em casa com eles sem ter tanta interferência na visualização de objetos. Nesse sentido, <b>é uma excelente acomodação para fotossensibilidade em ambientes com luz artificial</b>, mas deixa a desejar em ambientes abertos com forte luz solar.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">EXPERIÊNCIA DE COMPRA: LOJA VIRTUAL vs FÍSICA</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Para pessoas introvertidas, recomendo a experiência da loja virtual da Chilli Beans. Primeiro porque você pode buscar com calma, filtrando por coleções; segundo, porque pode usar o provador virtual e, terceiro, porque é possível conferir as informações detalhadas por escrito a respeito dos materiais, dimensões e tipos de proteção.<b> O único problema é que o site informa que os “itens inclusos” são 1 Óculos Solar, 1 Case e 1 Flanela para limpeza, o que me levou a inferir que um óculos com um preço substancial, da coleção Marvel, viria com uma case da Marvel</b>, mas veio uma case preta de papelão da própria Chilli Beans.</p>
<p style="text-align: justify;">Outro problema é que a Chilli Beans, por ser uma franquia que distribui os materiais de forma desigual, no mesmo shopping encontramos lojas com armações e itens distintos. <b>Na loja física que eu fui pra comprar uma case da Marvel, o vendedor me informou que na loja virtual a case é aleatória embora fizesse sentido que o óculos da Marvel viesse com a case da Marvel. Quando perguntei sobre a case mais resistente, ele me informou que naquela loja só receberam algumas, então quem comprou antes por lá, pode escolher</b> entre a case do Pantera Negra, Hulk ou Homem-de-Ferro. Ou seja, comprar virtualmente acabou sendo um prejuízo, porque a case da Marvel não está disponível para venda naquele canal, nem mesmo a de papelão.</p>
<p style="text-align: justify;">Em suma,<b> para pessoas introvertidas, recomendo pesquisar no site, usar o provador virtual, mas ir comprar na loja física </b>tendo em mente as informações básicas como os itens que acompanham o óculos e as cores disponíveis.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-t36ZaPbBpXgxmQ0FkPwSUl8mDxXJrJTwHvklQYS_ZOqGIhSSLE7At7sIVoL1meX1f5Z_gceLGu1WaYQTxf2A7OIvViECD6DMrm4e18f-h1-jGJksgq4JvXgQyh_55eGJe_glNSCTG7WVsRnlQhGL3iD5L5h6gwKAHbNkcIvgJaA4Q72KkSHWCvwM/s568/case%20chilli%20beans.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="426" data-original-width="568" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-t36ZaPbBpXgxmQ0FkPwSUl8mDxXJrJTwHvklQYS_ZOqGIhSSLE7At7sIVoL1meX1f5Z_gceLGu1WaYQTxf2A7OIvViECD6DMrm4e18f-h1-jGJksgq4JvXgQyh_55eGJe_glNSCTG7WVsRnlQhGL3iD5L5h6gwKAHbNkcIvgJaA4Q72KkSHWCvwM/w640-h480/case%20chilli%20beans.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Case Chilli Beans para óculos de sol (a minha tem o mesmo formato, mas, infelizmente, é do Homem de Ferro)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><br /></p>
<h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">AS PAIXÕES MORAM NOS DETALHES</span></h3>
<p style="text-align: justify;">Ser preta, nerd, feminista e introvertida é um combo e tanto do qual me orgulho a cada dia. <b>Embora, socialmente, as nossas paixões sejam desencorajadas sempre, e, em particular quando envolvem o que é considerado “infantil”, é importante se manter leal ao que você realmente gosta.</b> Paixões não envelhecem, nem morrem, portanto, elas podem existir nos detalhes como uma lembrança que pode nos conectar a nós mesmas.</p>
<p style="text-align: justify;">Pra mim, ambientes muito iluminados são debilitantes, então o óculos de sol da <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2017/04/capitamarvelboafeminista.html">Capitã Marvel</a></b> é a minha pequena lembrança de que está tudo bem criar acomodações e seguir em frente.</p>
<p style="text-align: justify;">E quanto a você, suas paixões, moram em quais detalhes?</p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-41526188113531307322022-08-09T10:42:00.001-03:002022-08-09T10:43:12.226-03:00Você pode tornar possível: Crônicas de Mirabelem: O Clã<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmO3NYli2WxotrzXVb1Q7X_XujjbGKpLYH9DzJk9RnNH9Hn4IEjGq-q2jp04G5MdWp-SMy5oiPp8_6vq71rj8kEN_TgQt5cpDijiTudtIcsGr6hpuscOLibLoIEBhLmC3uwC677m-oBRYy_3ACN8QcJ_IsGwX9ZQzY8Wt3MjxI8X83szCa0svKair3/s1280/catarse%20clarice.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmO3NYli2WxotrzXVb1Q7X_XujjbGKpLYH9DzJk9RnNH9Hn4IEjGq-q2jp04G5MdWp-SMy5oiPp8_6vq71rj8kEN_TgQt5cpDijiTudtIcsGr6hpuscOLibLoIEBhLmC3uwC677m-oBRYy_3ACN8QcJ_IsGwX9ZQzY8Wt3MjxI8X83szCa0svKair3/w640-h360/catarse%20clarice.png" width="640" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i>Qualquer vampira em Mirabelem sabe que, por trás de cada rosa, há um espinho banhado em sangue</i>. </div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><a href="https://www.catarse.me/ocla">Crônicas de Mirabelem: O Clã</a> </b></span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">é um quadrinho que entra em financiamento coletivo pelo Catarse no dia 09.08.22, com lançamento previsto para a <b>CCXP 22</b>.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><h3 style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #8e7cc3;">Sinopse</span></span></h3><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Crônicas de Mirabelem</b></span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> é uma série de HQs de fantasia urbana que vai expandir o universo de uma </span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">visual novel dating sim</span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> em produção, chamada Mirabelem. Todas as histórias se passam na metrópole fictícia Mirabelem.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O primeiro a ser lançado é </span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>Crônicas de Mirabelem: O Clã</b></span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. A história se passa na década de 80 e segue Laila, uma jovem vampira solitária, que recebe uma proposta de Angélica, uma vampira mais velha e líder do clã Hortus. Para isso, Laila precisará investigar um cientista humano que ameaça a vida de maginotos (criaturas mágicas) e, em troca, Angélica aceitará Laila como parte de seu clã. Os conflitos internos de Laila são exacerbados quando parte do seu plano dá errado e ela precisa encarar a sua realidade e as suas escolhas.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><h3 style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #8e7cc3;">Informações</span></span></h3><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O financiamento coletivo vai começar dia 09 de agosto e vai durar dois meses. Entre as recompensas, o público poderá receber a HQ física, cards, prints, adesivos e até outras obras dos autores. </span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O lançamento da HQ será na CCXP 22. Caso o apoiador não possa ou não queira receber a HQ na CCXP, as recompensas começarão a ser enviadas em janeiro de 2023.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #8e7cc3;">Autores</span></span></p><b style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;"><ul><li><b style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; white-space: pre-wrap;">Clarice França </b></li></ul></b><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Clarice França é escritora e roteirista. É apaixonada por histórias desde cedo e escreve ficção especulativa. Estudou roteiro para quadrinhos na Quanta Academia de Artes e participou de várias coletâneas de HQ, além do seu trabalho com livros e escrevendo aventuras de RPG.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Já recebeu três prêmios de quadrinhos Melhor Quadrinho de 2018 (Ângelo Agostini) e Melhor Publicação Mix de 2018 (HQ Mix) para </span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Gibi de Menininha 1</span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, Melhor Publicação de Aventura/Fantasia/Terror de 2019 (HQ Mix) para </span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Gibi de Menininha 2</span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Foi indicada como melhor roteirista na shortlist da CCXP Awards 2022 com </span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Gibi de Menininha Apresenta: Carla</span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Ganhou o prêmio Ludopedia 2022 com </span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Coração de Rub</span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">i, aventura de </span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Tormenta20</span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. A <b><a href="https://amzn.to/3vQ5V0v">noveleta </a></b></span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b><a href="https://amzn.to/3vQ5V0v">Oculi</a></b></span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> já foi o livro mais baixado de Ficção Científica e o livro mais vendido de Ficção Científica Viagem no tempo, ambos na Amazon.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 12pt; white-space: pre-wrap;">@claricecomce </span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://linktr.ee/claricefranca&source=gmail&ust=1660137545686000&usg=AOvVaw3wkK1DPQ6_8v4ctx4JfxsG" href="https://linktr.ee/claricefranca" style="color: #1155cc;" target="_blank">https://linktr.ee/<wbr></wbr>claricefranca</a></span></p><b style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 12pt; white-space: pre-wrap;"><ul><li><b style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 12pt; white-space: pre-wrap;">Izadora Lima</b></li></ul></b><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Izadora Lima se diz “cantora de space opera e criadora de histórias emo”. É escritora e Designer de Narrativa para Jogos, atuando no mercado de games há mais de cinco anos. Sua função consiste em escrever, roteirizar e criar recursos narrativos para mídias interativas: um trabalho que vai muito além da escrita, o de tridimensionalizá-la. Também é musicista e cosplayer por hobby.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Escreve ficção especulativa com representatividade LGBTQIA+, com foco no público jovem adulto. Sua paixão é escrever romances fora da caixinha que se conectem com uma trama madura, fazendo os leitores suspirarem de amor enquanto vibram com um </span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">plot twist</span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">@doraizza</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">@izadorabooks</span></p><ul><li><b style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 12pt; white-space: pre-wrap;">Sasyk</b></li></ul><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sasyk, nome artístico de Levi Robini, é ume escritore, ilustradore, quadrinista e designer não binárie. Formade em Design Gráfico pela Universidade do Estado de Minas Gerais, elu trabalha há mais de sete anos no mercado editorial como capista e diagramadore, tendo sido indicade como finalista para o Prêmio Jabuti de 2018 na categoria de capas.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como ilustradore e quadrinista, Sasyk produz seu trabalho de forma independente desde 2017, sendo seu principal projeto o quadrinho “Pillow Talks” cujo Volume 1 acumula mais de 3000 leitores em todas as plataformas nas quais está disponível gratuitamente. Elu também trabalhou um quadrinho curto para a coletânea “Sob a Luz do Arco Íris”, lançada pela Editora Skript no ano de 2020, e agora trabalha na série “Crônicas de Mirabelem”.</span></p><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 11pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">@sasyk_</span></p><br style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; text-align: start;" /><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Link da campanha: </span><span style="color: #0f1419; font-family: Arial; font-size: 12pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=https://www.catarse.me/ocla&source=gmail&ust=1660137545686000&usg=AOvVaw0ffjkoOCrpmAT2yCZwRBlc" href="https://www.catarse.me/ocla" style="color: #1155cc;" target="_blank">https://www.catarse.me/ocla</a></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXHm2piSWRFiT8R5JoEmMsNNQhGNC0cIXfKVz9FWnMxMOOCdKJWYaCsTkNCKlgZSok-PFn1kfvebYJc8vYnNCfBHvCRJBMBA7wAMUPA_iXdqe6xJVIo_SGDmgTKmV96oo29rr6hwiSpsWWNokT8igei_2AF4wfqdHnp-vLxQESatb_0KvpsUJ4OELV/s2717/MIRABELEM_Capa.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2717" data-original-width="1854" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXHm2piSWRFiT8R5JoEmMsNNQhGNC0cIXfKVz9FWnMxMOOCdKJWYaCsTkNCKlgZSok-PFn1kfvebYJc8vYnNCfBHvCRJBMBA7wAMUPA_iXdqe6xJVIo_SGDmgTKmV96oo29rr6hwiSpsWWNokT8igei_2AF4wfqdHnp-vLxQESatb_0KvpsUJ4OELV/s320/MIRABELEM_Capa.jpg" width="218" /></a></div><br /><p dir="ltr" style="background-color: white; color: #222222; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small; line-height: 1.38; margin-bottom: 10pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><br /></p></div><p></p>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-3817152323054214382022-06-20T18:32:00.002-03:002022-06-20T18:32:42.968-03:00Star Wars, entre a queda do Império e Perspectivas de Descolonização<div style="text-align: right;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA6Vht4Kya4foOMykn4oO1uqCFpS_vgsLU9krsdSa8XE9z53odp8U20RRKYxBQy_T1AdNRIzGAecIly5hwOEVEKvSjmBWlsKAvXu7Hxge9a_w6VI7a8z5jAGwxxWZLwAlwq-Su107_VpllnPqWvZdYmLNGZvvG6vy9DeLnTBLYg1HdmrJd51iy5loI/s640/SW2.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="640" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA6Vht4Kya4foOMykn4oO1uqCFpS_vgsLU9krsdSa8XE9z53odp8U20RRKYxBQy_T1AdNRIzGAecIly5hwOEVEKvSjmBWlsKAvXu7Hxge9a_w6VI7a8z5jAGwxxWZLwAlwq-Su107_VpllnPqWvZdYmLNGZvvG6vy9DeLnTBLYg1HdmrJd51iy5loI/w640-h400/SW2.jpeg" width="640" /></a></div><b><br /></b></div><div style="text-align: right;"><b><br /></b></div><div style="text-align: right;"><b>por Tainá Elis*</b></div><div style="text-align: right;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Esse texto foi a primeira leitura que fiz sobre a cultura pop utilizando a <b>#nerdiandade</b> e deu origem à oficina sobre <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/p/pretaenerd-academy.html">Império e Imperialismo em Star Wars</a></b> que tive a oportunidade de ministrar ano passado. Muita coisa se passou, e o texto foi atualizado depois de todas as maratonas e discussões dos filmes saga no #PretaWatch e do meu mergulho no Universo Expandido.</i></div><br /><div style="text-align: justify;">A obra de <b>Star Wars</b> está relacionada com diversas partes que me compõem: meus afetos, minhas memórias, discussões e teorias acaloradas com minha irmã Thaís e meu pai, na seção de comentários do <b><a href="https://www.youtube.com/channel/UCZVJIYXJSQ5dNPTX1N13uXw">canal do Northon Domingues</a></b>. Porém, minha parte historiadora sempre esteve atenta aos eventos históricos que são evocados quando consumo algo relacionado a este universo. Longe de estabelecer uma investigação sobre a influência do tempo e autoria, vou procurar relacionar aqui os eventos históricos e políticos que a obra reverberou em mim, relacionados com como a <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=R4zU9Keq9z0">#nerdiandade</a></b> me fez repensá-los a partir de todas minhas leituras de autores pós-coloniais que tive contato na universidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar das alguns fãs negacionistas afirmarem que não dá pra misturar cultura pop com política, <b>a trilogia original de Star Wars (1977 - 1983) pode ser assistida, à primeira vista, como uma representação da disputa histórica entre o Eixo - encarnado pelo Império - e os Aliados - como a Aliança Rebelde - durante a Segunda Guerra Mundial, ou, até mesmo, do conflito posterior da Guerra “Fria”</b> entre EUA e URSS. De fato, Star Wars também é sobre política, inclusive com a reprodução de uma perspectiva maniqueísta, algo consolidado dentro do imaginário das disputas ideológicas ocidentais (TODOROV, 2002). Na longa duração, a saga repete a ressignificação de categorias políticas da Grécia e Roma, concebidas como parte da “história clássica ocidental", é uma estratégia de legitimação característica dentro do discurso político do Ocidente, como, por exemplo, o próprio conceito de “democracia”. Desde o século XVI, os europeus resgataram diversas vezes a categoria de "império", a partir da experiência histórica de dominação do Império Romano, como forma de <b>fabricação de uma justificativa para a expansão territorial em outros continentes, inicialmente o avanço colonial sobre as Américas, depois, Ásia e África, no século XIX</b> (COOPER, 2005).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilEaGT6et6IHI51S1ipX0d80OvEyDO9gLnXErsYJTjoU8XnTGriM7Q1ZzmwPCVdzAQLnZTi9fyo8PizCKpOzMQp1goD0ag8PT6wWSyQU3ff6XWWXGRHWUEn7PJCoK1UmJrnrgQ_AhQaIjcLJordG-Og4PDNSN5NhQ0-9EZkYbSKpa5ScZlEsOxP93v/s1280/star.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilEaGT6et6IHI51S1ipX0d80OvEyDO9gLnXErsYJTjoU8XnTGriM7Q1ZzmwPCVdzAQLnZTi9fyo8PizCKpOzMQp1goD0ag8PT6wWSyQU3ff6XWWXGRHWUEn7PJCoK1UmJrnrgQ_AhQaIjcLJordG-Og4PDNSN5NhQ0-9EZkYbSKpa5ScZlEsOxP93v/w640-h360/star.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Foi clara a inspiração de George Lucas na política romana da Antiguidade europeia, quando ele tentou dar corpo às disputas do Senado e da ascensão do imperador Palpatine nas Prequels [Episódios I, II e III] (1999-2005). Na minha opinião,<b> a construção da complexidade política do universo de Star Wars nessa fase possui alguns acertos inspirados (como a clássica fala: “É assim que a liberdade morre. Com um estrondoso aplauso.” de Padmé Amidala durante a ascensão de Palpatine)</b>. Porém, o foco na trajetória de Anakin Skywalker acaba consumindo o tempo da tela e a complementação vem sendo feita, especialmente, no Universo Expandido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Eu sempre digo que o Universo Expandido de Star Wars é como um poço sem fundo de HQ’s, livros, séries que é difícil de acompanhar, porém não posso deixar de dizer que tem sido muito divertido de se explorar e espero demonstrar isso aqui (só precisa ter cuidado com a <a href="https://www.tuasaude.com/fomo/"><b>FOMO</b></a>). É importante ressaltar que o Universo Expandido atualmente está sendo conduzido para o <i>mainstream</i>, especialmente com as séries do Disney +, como <b>The Mandalorian</b> (2019 - dias atuais), <b>The Batch</b> (2021 - dias atuais), <b>Obi-wan Kenobi</b> (2022), entre outros. Portanto, mesmo que não aborde cronologicamente as obras, espero que esse texto fale com um público mais amplo e também dê fôlego para <a href="http://www.pretaenerd.com.br/2020/11/por-que-eu-mulher-negra-amo-star-wars.html"><b>discussões com a Kika e o Vento, já que somos os burning hellers mais chegados à Star Wars</b>. </a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><br /><span style="color: #674ea7;">A queda do Império Galáctico</span></h3><div><span style="color: #674ea7;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;">Na minha perspectiva, foi em <b>The Mandalorian</b> que a categoria de “império” foi expandida na saga Star Wars, a partir das concepções da modernidade europeia,<b> possibilitando uma comparação entre a queda do Império Galáctico em Star Wars com os chamados processos de descolonização da Ásia e África no século XX.</b> Podemos definir, primeiramente, a descolonização como essas emancipações dos territórios coloniais europeus, a partir das reivindicações e lutas de libertação que foram empreendidas pelos povos colonizados da África e Ásia. Estes territórios ultramarinos que a lógica colonial defendia como parte estendida do império britânico, francês, português, entre outros, que, na realidade, eram alvos da exploração brutal e violência da metrópole. Apesar da minha análise generalista (perdão aos meus colegas historiadores), devemos destacar que estes processos de descolonização emergiram de contextos histórico-políticos múltiplos e complexos com especificidades em cada território (A Libéria, que estudei no mestrado, se tornou independente antes mesmo da intensificação da presença europeia na África, durante a segunda metade do XIX). Porém, <b>a descolonização não significou o fim do imperialismo, conforme Frantz Fanon destaca em Em Defesa da Revolução Africana</b> (1980), os desejos neocoloniais se traduziram nas tentativas de estabelecimento de “zonas de influência” estrangeiras sobre os territórios recentemente libertados. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Voltando para o universo de Star Wars, <b>a queda do Império Galáctico é marcada com a Batalha de Endor, em O Retorno Jedi (1983). Conforme descrito em outras produções, as repercussões da derrota do Império correram pela galáxia levando a diversos desdobramentos políticos, seja a retomada dos planetas pela luta dos nativos, como em Rebels (2018), ou na ascensão de senhores de guerra (warlords) e mercenários, conforme vimos no Capítulo 3 de The Mandalorian</b>. Alguns desses processos desencadearam disputas políticas locais e alimentaram as expectativas dos imperiais, os membros remanescentes do Império que vivem e trabalham em prol da perspectiva da sua restauração. Lembrando que eles buscam o restabelecimento da “ordem”, ou seja, o retorno de uma política de exploração e apagamento das populações nativas nos planetas ocupados pelo Império. Ora, esse tipo de pensamento esteve no centro da Europa colonizadora do século XX e pode ser exemplificado pelo filme<b> Africa Addio</b> (1966). Este filme mostra que, antes mesmo da concretização dos processos de descolonização - que custaram muita luta e sofrimento aos colonizados e colonizadas -, já havia se instaurado um sentimento de ressentimento entre os europeus, alimentado pela perda iminente dos territórios coloniais. Inclusive, esse mesmo filme foi acusado de fazer encenações de execuções para ilustrar a suposta brutalidade nativa que avançaria na África à medida em que a “civilidade europeia” se retirasse. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvgnNw2aFy3eq_i8PtPrHNgb-Sx4aCYsmV0i-mFnOgbdsMLcCZJQQ5t38EFa3kaznWHGSobbN1pvZT4yyYIyB_WtkIeohDjPDTYJsszuvhTHrjgq6VkGmygSeatD9ornWpjH1fEHuo0xz8Gt280FQyvlHqFWEQBaCZPlqLzdq5-STcHAgznVksYUBW/s1280/star-wars-4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvgnNw2aFy3eq_i8PtPrHNgb-Sx4aCYsmV0i-mFnOgbdsMLcCZJQQ5t38EFa3kaznWHGSobbN1pvZT4yyYIyB_WtkIeohDjPDTYJsszuvhTHrjgq6VkGmygSeatD9ornWpjH1fEHuo0xz8Gt280FQyvlHqFWEQBaCZPlqLzdq5-STcHAgznVksYUBW/w640-h360/star-wars-4.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não era de se esperar nada menos daqueles que construíram no discurso a colonização como um “fardo do homem do branco” (BHABHA, 2013) (inclusive uma parte dos europeus defende isso até os dias de hoje), sendo que<b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2018/06/review-star-wars-herdeiro-do-jedi.html"> a realidade do processo colonial nos territórios ocupados era permeada pela violência, pilhagem e devastação</a>.</b> Isso pôde ser visto especialmente em Star Wars Rebels, no retorno de Ezra Bridger ao seu planeta natal, Lothal, devastado ambiental e socialmente depois da intensificação da presença imperial no lugar. "Os homens colonizados têm em comum o fato de lhe contestarem o direito de constituírem um povo. Diversificando e legitimando essa atitude geral do colonialista encontra-se o racismo, o ódio no opressor e, correlativamente, o analfabetismo, a asfixia moral e a subalimentação no oprimido" (FANON, 1980, p. 174). A ascensão dos senhores de guerra e mercenários na era pós-Império Galáctico se coloca como uma possível comparação aos processos de guerra civil e conflitos internos que assolaram diversos países recém descolonizados do século XX. Inclusive, os europeus costumam não se responsabilizar pelo desgaste econômico, nem pela política de inimizades locais que foram alimentadas pela colonização. Assim como os estadunidenses não reconhecem, ou o fazem tardiamente, suas interferências políticas incessantes nas questões internas dos mesmos países descolonizados, seja via CIA, como no assassinato do político anticolonialista congolês Patrice Lumumba (1925-1961), ou até mesmo intervenções militares diretas, como na Guerra da Coreia (1950 - 1953). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #674ea7;">Resistências e Perspectivas de Descolonização </span></h3><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Recentemente, em entrevistas para a <b>Vanity Fair</b> sobre as novas produções de Star Wars ficamos sabendo que “A Rebelião será televisionada”. É interessante observar que, pelo menos pelo título, a ideia de que resistir contra o Império Galáctico não está restrita às ações da Aliança Rebelde. De fato, a construção e as falhas da Nova República descritas nas Sequels [Episódios VII, VIII e IX] (2015-2019) nos fornecem poucas perspectivas de transformações políticas futuras. Este aspecto reflete o que Frantz Fanon, ainda na emergência do movimento Terceiro Mundista do século XX, destacava como <b>a necessidade e a dificuldade dos países oprimidos da América e do resto do mundo se unirem aos recém libertados da África e Ásia, a fim de se fortalecerem e não tornarem-se reféns das disputas e explorações das potências da Guerra Fria. Para Fanon, este era um processo essencial para garantir a autonomia e libertação dessas populações</b>. Isto porque, toda a “culpa” da emergente violência nos territórios descolonizados era interpretada aos olhos europeus como um sinal da suposta "barbaridade" dos nativos, algo que supostamente os incapacitava de constituírem pacificamente suas nações (ignorando os processos violentos de instituição dos estados-nação que sacudiram as Américas e a Europa no século anterior). Essa denominação amparava também o discurso civilizatório sobre povos considerados "bárbaros" - resgatando uma categoria romana - e inferiorizados, de acordo com as emergentes categorias de classificação das ciências racialista e antropológica da época (PRATT, 1999). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesse sentido, podemos retomar os antigos conflitos de Star Wars entre os Mundos do Núcleo da (Velha e Nova) República, que se expandiu colonialmente para os planetas da Orla Média, algo que se tornou a raiz das Guerras Clônicas. O imperador Palpatine se aproveitou das disputas efervescentes entre República e Separatistas, assim como a colonização europeia fomentou e instrumentalizou disputas políticas e étnicas internas dentro de territórios coloniais, depois fomentando suas "zonas de influência" imperialistas. Na época de The Mandalorian, Chandrila, a primeira capital da Nova República, também fazia parte da região do Núcleo, assim como era a antiga capital, Coruscant. Portanto, era de se imaginar a reprodução de antigos conflitos entre o Núcleo e a Orla Média e Exterior, assim como a autonomia desses planetas do meio, que parecem ter vivido, sob o império, uma segunda colonização. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt_dNtJztU_3NHst53i8eQFyEP4wQ5HaF-4ZRW46sIZxmgI3pccMWZgRqYbCPpvVsHFwliPpeaAoqGjd7629buajUgHSjhVQUF2UhRogg58uR3t51nXTDl3-hpCR9rLiQigImh6UqN5IeaOVBS3HImvYLXv-cdJJL2pA1Vx6Qq5tJ7YFkLL3McmoTf/s1960/Starwars.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="821" data-original-width="1960" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjt_dNtJztU_3NHst53i8eQFyEP4wQ5HaF-4ZRW46sIZxmgI3pccMWZgRqYbCPpvVsHFwliPpeaAoqGjd7629buajUgHSjhVQUF2UhRogg58uR3t51nXTDl3-hpCR9rLiQigImh6UqN5IeaOVBS3HImvYLXv-cdJJL2pA1Vx6Qq5tJ7YFkLL3McmoTf/w640-h268/Starwars.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Podemos destacar a tentativa da Nova República de tentar organizar um sistema de rodízio entre capitais, porém os dois primeiros planetas escolhidos - Chandrila e Hosnia Prime, eram dos Mundos do Núcleo. Além dos problemas de reconstrução política e infraestrutura, a Nova República também teve que lidar com as disputas no Senado entre os centristas e os populistas - aqueles que defendiam maior autonomia dos planetas-membros. Uma análise sobre escolha do nome da frente mais progressista como populista dá outro texto sozinho, mas destaco o retorno do <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2018/03/starwarseafilosofia.html">maniqueísmo político e os impasses que retornam para uma fragilidade da democracia quase incontornável na saga. Portanto, podemos dizer que, ainda se baseando na política da Grécia antiga, Star Wars “ [...] é, na verdade, a história de uma sucessão instável de regimes políticos que alternam as experiências democráticas, os regimes tirânicos e as tentativas de restauração aristocrática.”</a></b> (NAY, 2007, p. 28). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No entanto, numa outra perspectiva, podemos diagnosticar o problema político insolúvel da Galáxia nas formas de exclusão que foram institucionalizadas. No caso de <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2018/12/star-wars-perseguicao-ao-jedi-resenha.html">Star Wars, a atual fase do Universo Expandido</a></b> está cobrindo exatamente o primeiro processo de expansão: a Alta República, que se passa 300 anos antes da destruição da primeira Estrela da Morte por Luke Skywalker. A expansão da República e sua união com o Conselho Jedi reflete de forma clara o discurso colonial. A Chanceler Lina Soh afirmou em um comício: "Vocês sabem que visualizo uma Galáxia de Grandes Obras, conectada, inspiradora e cheia de paz para todos os <b>cidadãos</b>.” (SOULE, 2021, <b>grifo meu</b>). Destaco a palavra cidadão porque essa a ideia de cidadania tem sido uma forma e uma ferramenta das políticas de exclusão “de fato e de direito”, assim como a negação da existência de diversos grupos na modernidade (MBEMBE, 2018). Portanto, por mais que Lina Soh repita a palavra NÓS na continuação deste discurso, essa pretensa universalidade acaba se deslocando para práticas políticas de colonização. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dessa forma, <b>o colonialismo emerge como o grande trauma a ser superado, tanto em Star Wars, como na nossa realidade. A permanência dos imperiais e seus devaneios autoritários de retorno do Império e ascensão da Primeira Ordem nas Sequels, ou mesmo a intensificação de movimentos fascistas e a ascensão da extrema-direita atualmente, demonstram o luto dos supremacistas pelo passado perdido</b> e “[no] presente a ideia de igualdade são recusados e, no lugar, prevalece a fantasia de um passado que triunfará.” (KILOMBA, p.226). Em Star Wars, assim como no nosso contexto histórico-político, “[o] imperialismo não acabou, não virou de repente “passado”, ao se iniciar com a descolonização, a desmontagem dos impérios clássicos” (SAID, 2011, p. 432). <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2016/01/star-wars-vii-precisamos-falar-sobre.html">O processo de exploração político, cultural e econômico do imperialismo se modifica em várias formas e se aproveita das fraturas, infligidas por ele mesmo, para constituir novas formas de colonização</a> </b>(FANON, 1980). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De fato, a colonialidade e o perigo do neocolonialismo - o fantasma que nos persegue enquanto pessoas de países descolonizados da periferia capitalista - pode estar à espreita em Star Wars, não apenas pelas mão dos imperiais remanescentes, mas, também devem ser enfrentados diretamente para que as novas configurações políticas não reproduzam esse ciclo histórico. Então, aguardemos o que essas as novas aventuras de Star Wars nos reservam nas (numerosas) séries que foram anunciadas pela Disney +. Que a Força (e o anticolonialismo) esteja sempre conosco. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i>*<span style="color: #674ea7;"> <b>Tainá Elis</b></span> é historiadora, professora, mestra em História Social da Cultura com ênfase em História da África pela UFMG, participante do Grupo de Estudos Africanos e Pós-Coloniais. Moradora da região metropolitana de BH e cruzeirense. Jogadora frenética de DbD, main suporte no LoL, naruteira, burning heller, amante de gatos e de personagens duvidosos de ficção.</i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: center; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Esse mês, Preta, Nerd oferece a oficina IIMPÉRIO E IMPERIALISMO EM STAR WARS, com Tainá Elis: </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #674ea7; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><a href="http://bit.ly/3QirgZ8" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: blueviolet; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Inscreva-se</a>!</span></h3><h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br style="background-color: white; font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 16.38px; outline: 0px; transition: all 0.3s ease 0s;" /></h3></div><h3 style="text-align: justify;"><b><span style="color: #674ea7;"><br /></span></b></h3><h3 style="text-align: justify;"><b><span style="color: #674ea7;">Referências Bibliográficas</span></b></h3><div style="text-align: justify;">BHABHA, Homi. <b>O local da cultura</b>. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2013. </div><div style="text-align: justify;">BREZNICAN, Anthony. <b>Star Wars: </b>The Rebellion Will Be Televised. Vanity Fair, 17 de maio de 2022. Disponível em: <<a href="https://www.vanityfair.com/hollywood/2022/05/star-wars-cover-the-rebellion-will-be-televised">www.vanityfair.com/hollywood/2022/05/star-wars-cover-the-rebellion-will-be-televised</a>>. Acesso em: 16 de junho de 2022. </div><div style="text-align: justify;">COOPER, Frederick. <b>“States, Empires, and Political Imagination”</b>. In: Colonialism in Question: Theory, Knowledge, History. Berkeley e Los Angeles: University of California Press, 2005, p. 153 – 203. </div><div style="text-align: justify;">FANON, Frantz. <b>Alienação e Liberdade: </b>Escritos Psiquiátricos. São Paulo: Ubu Editora, 2020. ____________. <b>Em defesa da revolução africana.</b> Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora, 1980. ____________.<b> Escritos políticos.</b> São Paulo: Boitempo, 2021. </div><div style="text-align: justify;">___________. <b>Os condenados da terra. </b>2ª ed. Pref. Jean-Paul Sartre. Trad. José Laurênio de Melo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979. </div><div style="text-align: justify;">____________. <b>Pele negra, máscaras brancas</b>. Trad. Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008. ____________. <b>Sociología de una revolución</b>. Cidade do México: Ediciones Era, 1968. </div><div style="text-align: justify;">FAUSTINO, Deivison Mendes. <b>“Por que Fanon? Por que agora?”:</b> Frantz Fanon e os fanonismos no Brasil. 2015. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2015. Disponível em: <a href="http://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/7123">repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/7123</a>. </div><div style="text-align: justify;">KILOMBA, Grada. <b>Memórias da plantação: </b>episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019. </div><div style="text-align: justify;">M’BOKOLO, Elikia. <b>África Negra:</b> história e civilizações. Tomo II (Do século XIX aos nossos dias). Tradução de Manuel Resende, revisada academicamente por Daniela Moreau, Valdemir Zamparoni e Bruno Pessoti. Salvador: EDUFBA; São Paulo: Casa das Áfricas,2011. </div><div style="text-align: justify;">MBEMBE, Achille. <b>Crítica da Razão Negra</b>. São Paulo: n-1 Edições, 2018. </div><div style="text-align: justify;">PRATT, Mary Louise. <b>Os olhos do império</b>: relatos de viagem e transculturação. Trad. Jézio Hernani Bomfim Gutierre. Bauru, SP: EDUSC, 1999. </div><div style="text-align: justify;">SAID, Edward. <b>Cultura e imperialismo.</b> São Paulo: Companhia das Letras, 2011. </div><div style="text-align: justify;">SOULE, Charles. <b>Star Wars:</b> Luz dos Jedi. São Paulo: Universo dos Livros, 2021. </div><div style="text-align: justify;">TODOROV, Tzvetan. <b>Memória do Mal, Tentação do Bem:</b> Indagações sobre o século XX. São Paulo: Arx, 2002. </div><div style="text-align: justify;">NAY, Olivier. <b>História das ideias políticas</b>. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.</div>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-47562794829860209502022-05-26T11:53:00.000-03:002022-05-26T11:53:07.436-03:00 As conexões entre passado, presente e futuro em Kindred e A parábola do semeador, de Octavia E. Butler<div style="text-align: right;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikcQ-GxDfTC_vX72zEVtARzwXOtvOmtc1xdEwchxyzRagC1AwrZjpYzhgx-MZWFgufDmfu-IveHDRLhcQjk0mk_REHiemDJ7xiVu7WxGZM9u3ArC8DsJQa3gliT5myKMoNSI7FTv073vt-YSNEW75KCwzT_cD-ixw6alkLxdvWM41wYGVmdl-Q5msx/s800/OCTAVIA-OBRAS.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEikcQ-GxDfTC_vX72zEVtARzwXOtvOmtc1xdEwchxyzRagC1AwrZjpYzhgx-MZWFgufDmfu-IveHDRLhcQjk0mk_REHiemDJ7xiVu7WxGZM9u3ArC8DsJQa3gliT5myKMoNSI7FTv073vt-YSNEW75KCwzT_cD-ixw6alkLxdvWM41wYGVmdl-Q5msx/w640-h360/OCTAVIA-OBRAS.webp" width="640" /></a></div><br /></div><div style="text-align: right;"><b>por Waldson Souza*</b></div><div style="text-align: right;"><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Em seus trabalhos, <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2022/05/a-vida-e-obra-de-octavia-butler-e-nk.html">Octavia E. Butler</a></b> costumava explorar a <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2020/11/especulando-o-futuro.html">noção afrofuturist</a>a </b>do tempo como algo cíclico. Ações do passado constroem o nosso presente e também definem o futuro, dificultando projeções ou demonstrando o que precisa ser feito para quebrar continuidades e elaborar o futuro que desejamos. Tanto em <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2017/10/kindredsemspoiler.html">Kindred </a></b>(1979) quanto em <a href="http://www.pretaenerd.com.br/2020/08/a-parabola-do-semeador-e-um-aviso.html"><b>A parábola do semeador</b> </a>(1993) vemos como é importante aprender com o passado antes de pensarmos em como transformar o mundo. <b>Outro fator presente nessas duas obras é o pensamento interseccional. As personagens demonstram como identidades diversas são lidas pela sociedade e geram experiências distintas.</b></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;"><br />Kindred: Laços de Sangue</span></h3><div style="text-align: justify;"><b>Kindred</b> é uma das obras mais importantes e conhecidas de Octavia E. Butler. No romance, a protagonista e narradora, Dana Franklin, é transportada misteriosamente para um passado escravista, no período pré-Guerra Civil. <b>Estamos acostumados a ver personagens brancos, principalmente homens, protagonizando histórias de viagens no tempo.</b> Quando pensamos em outras possibilidades de protagonismo para além desse modelo, precisamos levar em consideração que, <b>para grupos minorizados, o passado é um lugar ainda mais violento e opressivo do que o presente.</b> Então, retornar no tempo, dependendo da época, pode se tornar um problema.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por ser uma mulher negra, Dana passa a ser escravizada no passado, ficando sujeita às violências do período geradas não só por questões raciais, mas também de gênero. <b>As viagens acontecem de forma imprevisível e compulsória, Dana é levada para o passado sempre que seu antepassado Rufus está em perigo e é devolvida para o presente quando a vida dela está em risco.</b> Ela logo entende que precisa continuar salvando Rufus para manter a linhagem e garantir sua própria existência</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um dos dilemas de Dana está pautado na impossibilidade de mudar o passado. Mesmo sabendo que a escravidão deixou de ser legalizada, a protagonista se sente impotente ao desejar poder fazer algo mais efetivo para libertar as outras pessoas negras escravizadas com as quais convive. A partir de sua experiência, <b>Dana começa a ter uma maior compreensão de como o presente carrega resquícios da escravidão e de como determinadas violências foram mantidas ou transformadas ao longo do tempo.</b> Dessa forma, o livro reforça o que <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2016/01/traducao-quem-pode-falar-grada-kilomba.html">Grada Kilomba</a></b> (2019) defende sobre o colonialismo ser uma ferida do passado que deixa marcas no presente. De acordo com Kilomba,</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><blockquote>o colonialismo é vivenciado como real – somos capazes de senti-lo! Esse imediatismo, no qual passado se torna presente e o presente passado, é outra característica do trauma clássico. Experiencia-se o presente como se estivesse no passado. Por um lado, cenas coloniais (o passado) são reencenadas através do racismo cotidiano (o presente) e, por outro lado, o racismo cotidiano (o presente) remonta cenas do colonialismo (o passado). A ferida do presente ainda é a ferida do passado e vice-versa; o passado e o presente entrelaçam-se como resultado (KILOMBA, 2019, p. 158).</blockquote></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Kindred </b>torna essa relação entre passado e presente ainda mais palpável, pois é algo que Dana passa a ter contato de forma física com as viagens que vão se tornando recorrentes. Estar fisicamente no século XIX faz com que ela tenha outra dimensão sobre o contexto; ficar retornando para a década de 1970 permite que ela reflita sobre o antes e o agora. Como analisa Sherryl Vint (2007),<b> a história de Dana é marcada pelo fato de que só se é possível conhecer a escravidão verdadeiramente através da experiência pelo corpo, da vivência na própria pele</b>. O conhecimento histórico sobre o período não foi suficiente para preparar Dana para as situações nas quais se encontra e observa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao aprender com o passado para reavaliar o presente, Dana assume uma postura afrofuturista. <b>Um dos desafios do afrofuturismo quando se pensa em questionar a experiência negra contemporânea ou em construir futuros possíveis é o problema gerado pelas lacunas e feridas do passado.</b> Para a elaboração de imagens futuras é preciso primeiro resgatar o que ficou para trás, pois, tal como em <b>Kindred</b>, o tempo do mundo não ficcional é cíclico e nossa sociedade é formada por resultados de ações passadas — e o colonialismo tem uma enorme influência nessa construção. O aprendizado com o passado é essencial para projetarmos modelos sociais mais justos, conforme pode ser observado não só neste romance, mas também em <b>A parábola do semeador</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNS8m1JvH7Um0usQgOWjhW5lH0qaV0lDt_yAQ-e2z5_IazZFp1SBiRsmdfF7cSVF78XFyONV2gtdvRUSqZtid44ks6q8GFKeSTnRCQk139djZy_d-NcbRdj389NA35bfrbEfHHW69Ks3U4a2TZAy-dI4OAwPIygfmmuJA2U1kHweIRcSPBoVUwOw4d/s1280/octavia-butler-vitrine.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="1280" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNS8m1JvH7Um0usQgOWjhW5lH0qaV0lDt_yAQ-e2z5_IazZFp1SBiRsmdfF7cSVF78XFyONV2gtdvRUSqZtid44ks6q8GFKeSTnRCQk139djZy_d-NcbRdj389NA35bfrbEfHHW69Ks3U4a2TZAy-dI4OAwPIygfmmuJA2U1kHweIRcSPBoVUwOw4d/w640-h360/octavia-butler-vitrine.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Octavia E. Butler, a grande dama da ficção científica</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>A distopia, assim como a viagem no tempo, é um tema da ficção científica que ganha novos parâmetros de abordagens e análises quando nos voltamos para narrativas com protagonismo negro atrelado a uma discussão racial.</b> A teoria afrofuturista entende que a experiência negra na modernidade já é por si só uma distopia. O colonialismo é lido como um evento apocalíptico para pessoas negras, comparado com uma invasão alienígena — Dery (1994), Eshun (2003) e Womack (2013) estão entre os estudiosos que falam sobre essa questão. A chegada de colonizadores no continente africano e abdução de pessoas negras marcam o início da distopia, construída através de opressão, violência, racismo científico, encarceramento em massa, violência policial, pobreza etc. Por esses motivos, pensar em ficção distópica protagonizada por pessoas negras só faz sentido se as adversidades do mundo real forem levadas em consideração, pois a distopia não é um evento de ruptura para esta população, mas sim algo que vem sendo vivenciado há séculos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">A Parábola do Semeador</span></h3><div style="text-align: justify;">Tido muitas vezes como profético, <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2018/08/3-questoes-sobre-parabola-do-semeador.html">A parábola do semeador</a></b> foi publicado em 1993 e se passa em um contexto pós-apocalíptico gerado por mudanças climáticas e econômicas. Através dos escritos em seus diários, acompanhamos a história de Lauren Olamina, uma jovem que vive em uma comunidade relativamente segura com sua família. Tudo muda quando essa comunidade é atacada e ela vê seus familiares e pessoas conhecidas morrendo. Sem ter mais um lar, Lauren precisa ir embora e enfrentar o mundo que existe além dos muros. <b>Em sua jornada, ela encontra algumas pessoas com as quais desenvolve laços de confiança para enfrentar as adversidades. Enquanto isso, Lauren começa a falar com essas pessoas sobre o sistema de crenças que criou chamado Semente da Terra. </b>Ela busca compartilhar seus pensamentos e ideias sobre Deus e o universo, esperando que assim possa fazer os outros se tornarem adeptos à sua religião.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Butler não poupa o leitor ao descrever os horrores do futuro pós-apocalíptico no qual sua narrativa se passa. <b>A sociedade mudou, há bastante violência, desemprego, pessoas vivendo nas ruas, a educação está defasada, as leis trabalhistas se tornaram cada vez mais flexíveis a ponto de gerar um novo tipo de escravidão. E os mais afetados pelo sistema são justamente pessoas racializadas e pobres.</b> Lauren está ciente do que é ser uma mulher negra em um contexto tão violento, por isso assume uma postura prática para a resolução de problemas, apoiando-se em estratégias de sobrevivência e nos ideais de sua crença.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em A Parábola do Semeador, a religião é um tema central. Lauren teve criação cristã, mas o Deus que inventa para Semente da Terra é muito diferente, a começar pelo fato de não se tratar de um ser antropomórfico. <b>Lauren define Deus como Mudança, um processo que pode nos transformar, mas também pode ser transformado</b>: ela acredita ser mensageira dessa nova fé, e entende que sua missão no mundo é alcançar mais pessoas, montar uma comunidade e contribuir para que o objetivo mais audacioso da Semente da Terra se torne possível.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/zDgMdENFLsU" width="320" youtube-src-id="zDgMdENFLsU"></iframe></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Lauren afirma que fixar raízes entre as estrelas, ou seja, colonizar outros planetas é a única forma de garantir que a humanidade realmente sobreviva e se imortalize. <b>Ela entende que a existência no planeta Terra é finita, principalmente considerando toda desigualdade e os problemas ambientais existentes no planeta. É através desse pensamento que ela mostra que a utopia pode ser alcançada, mesmo com todo o contexto no qual estão inseridos.</b> Ao analisar <b>A parábola do semeador</b> e os livros da trilogia <b>Xenogênese</b>, também da autora, Jonh Miller (1998) comenta que Octavia Butler utiliza contextos pessimistas e cenários repletos de violência para desenvolver um pensamento utópico. Não existem respostas reconfortantes ou soluções fáceis, mas há a esperança de se construir um mundo melhor tendo como lição os acontecimentos do passado (MILLER, 1998).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mudança é definida como algo inevitável em <b>A parábola do semeador</b>, vários registros de Lauren falam sobre como a mudança pode ser alcançada através de ações, mas, ao mesmo tempo, determinados fatores não podem ser alterados a curto prazo. Tudo se transforma. O que conversa com noção apresentada em <b>Kindred</b>, através da percepção de Dana, de que <b>o passado em si é estático, impossível de passar por modificações, porém pode nos ensinar a como lidar com o presente e o futuro — ou seja, Dana não pode mudá-lo, mas é transformada por ele</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="color: #8e7cc3;">Conclusão</span></h3><div style="text-align: justify;">A mudança é um pensamento central na obra de Octavia Butler como um todo. Em <b>Kindred</b>, o passado é tido como algo definitivo, por mais que Dana queira libertar as outras pessoas escravizadas, ela está ciente de que o período se encerrou e de que sua missão ao voltar no tempo é garantir que sua linhagem seja mantida. Mesmo assim, a mudança acontece na transformação pessoal da protagonista. Já em <b>A parábola do semeador</b>, o tema é um dos fundamentos da religião criada por Lauren, e o entendimento das transformações que podemos proporcionar ou simplesmente nos atingir é tido como uma forma de compreender o mundo. <b>A mudança é possível, mas depende da aprendizagem em relação ao passado, do </b><b>contexto atual e do quanto há de disposição e oportunidade para desenvolvê-la</b>. Butler não mostra contexto ou caminhos fáceis, e sim histórias marcadas por violência e opressão. Entretanto, a autora não nos deixa só com o pessimismo; ela propõe discussões que tocam a raiz dos problemas, elaborando compreensões e mostrando que alcançar justiça social é possível. A autora tinha consciência da relevância e do poder que narrativas podem carregar. Em um de seus ensaios, ela falou sobre a relação de pessoas negras com a ficção científica:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><blockquote>As dúvidas se apresentam de várias maneiras. Mas ainda me perguntam: De que adianta a ficção científica para o povo negro? De que adianta qualquer gênero de literatura para o povo negro? De que adianta o pensamento da ficção científica sobre o presente, o futuro e o passado? De que adianta a tendência da ficção científica em advertir ou levar em consideração formas alternativas de pensamento e ação? De que adianta a análise dos possíveis efeitos da ciência e da tecnologia, ou da organização social e da orientação política, pela ficção científica? <b>Em seu melhor sentido, a ficção científica estimula a imaginação e a criatividade. Coloca quem lê e quem escreve fora dos caminhos já conhecidos, fora das trilhas muito estreitas do que “todo mundo” está dizendo, fazendo, pensando, seja lá quem for “todo mundo” naquele momento</b> (BUTLER, 2020, p. 150 - grifo nosso).</blockquote></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Butler desafiou parâmetros ao criar mundos e colocar mulheres negras na posição de protagonistas, com discussões centradas em assuntos pertinentes para a população negra. Seus livros desmontam estereótipos e tocam em questões urgentes de forma cuidadosa. <b>A representatividade desenvolvida possui um significado que vai além da ficção, pois constrói imagens nas quais pessoas negras podem se reconhecer e ao mesmo tempo acessar temas complexos sendo abordados a partir de uma perspectiva não hegemônica.</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É importante lembrar que quase todos os livros de Octavia Butler são anteriores à criação do termo afrofuturismo, mas foi justamente o seu trabalho, junto com o de outros autores e artistas, que contribuiu para a elaboração do conceito e das reflexões críticas sobre o movimento. Mesmo com suas obras situadas no contexto estadunidense, as discussões nelas presentes são de suma importância para pensarmos sobre como lidamos com o passado, como avaliamos nosso presente e quais mudanças queremos proporcionar para o futuro da humanidade.</div><br /><br /><div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; text-align: center; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">*<a href="https://twitter.com/waldson_" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: blueviolet; outline: 0px; padding: 0px; text-decoration-line: none; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><b style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Waldson Gomes de Souza</b></a> é mestre em Literatura pela Universidade de Brasília pelo </i><i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Programa de Pós-Graduação em Literatura (PosLit). Possui graduação em Letras-</i><i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Português do Brasil como Segunda Língua pela Universidade de Brasília. Foi </i><i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">pesquisador da Universidade de Brasília, vinculado ao Grupo de Estudos em Literatura </i><i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Brasileira Contemporânea (GELBC). Tem interesse nos temas: afrofuturismo, ficção </i><i style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">especulativa, autoria negra e representação.</i></div><h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: center; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br style="outline: 0px; transition: all 0.3s ease 0s;" /></span></h3><h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: center; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br /></span></h3><h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: center; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #8e7cc3; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;">Esse mês, Preta, Nerd oferece a oficina Introdução ao pensamento de Octavia E. Butler, com Waldson Souza: </span><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; color: #674ea7; outline: 0px; padding: 0px; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><a href="https://bit.ly/3yfK1Wj">Inscreva-se</a>!</span></h3><h3 style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: 0px 0px; background-repeat: initial; background-size: initial; border: 0px; margin: 0px; outline: 0px; padding: 0px; position: relative; text-align: justify; transition: all 0.3s ease 0s; vertical-align: baseline;"><br /></h3><h3 style="text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3;">Bibliografia</span></h3><div><br /></div><div style="text-align: left;">BUTLER, Octavia E. <b>Kindred: </b>laços de sangue. Trad. Carolina Caires Coelho. São Paulo: Editora Morro Branco, 2017. </div><div style="text-align: left;">BUTLER, Octavia E. <b>A parábola do semeador</b>. Trad. Carolina Caires Coelho. São Paulo: Editora Morro Branco, 2018.</div><div style="text-align: left;">BUTLER, Octavia E.<b> Filhos de sangue e outras histórias</b>. Trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Editora Morro Branco, 2020.</div><div style="text-align: left;">DERY, Mark. <b>Black to the Future</b>: interviews with Samuel R. Delany, Greg Tate, and Tricia Rose. In: DERY, Mark (ed.). Flame Wars: The Discourse of Cyberculture. Durham, NC: Duke University Press, 1994. p. 179-222.</div><div style="text-align: left;">ESHUN, Kodwo (2003). <b>Further considerations on afrofuturism</b>. In: CR: The New Centennial Review, v. 3, n. 2, p. 287-302, summer 2003.</div><div style="text-align: left;">KILOMBA, Grada. <b>Memórias da plantação: </b>episódios de racismo cotidiano. Trad. Jess Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019. </div><div style="text-align: left;">MILLER, Jim. P<b>ost-Apocalyptic Hoping:</b> Octavia Butler's Dystopian/Utopian Vision. Science </div><div style="text-align: left;">Fiction Studies, Vol. 25, No. 2, p. 336-360, 1998.</div><div style="text-align: left;">VINT, Sherryl. <b>Only by Experience</b>;: Embodiment and the Limitations of Realism in Neo-Slave Narratives. Science Fiction Studies, Vol. 34, No. 2, p. 241-261, 2007.</div><div style="text-align: left;">WOMACK, Ytasha L. <b>Afrofuturism:</b> the world of black sci-fi and fantasy culture. Chicago: Lawrence Hill Books, 2013.</div>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comBrasília, DF, Brasil-15.7975154 -47.891887399999987-44.107749236178847 -83.048137399999987 12.512718436178845 -12.735637399999987tag:blogger.com,1999:blog-5960014994728757907.post-51920808372891935002022-05-12T12:26:00.001-03:002022-05-12T12:33:27.661-03:00A vida e a obra de Octavia Butler e N.K. Jemisin cria raízes entre as estrelas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzB1o6K74WYnNCKQtkSb_Jd3USmgcmsaT3UZiRk-ipgSEUQmg6_8qIMhP0xcud72hcal-gnB_qkLgQDe7401fHcbRw9eQIawaDf_sxIkeQh5mv7_8qJ2Jp5-YwId0Oik145vQTCLVxq9Lv2OWIA8-zUaowEBypDy1EQn57JwEEvrdogbe0nWfIwzNl/s1170/octavia-butler-Foto-Joshua-TrujilloAP.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="648" data-original-width="1170" height="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzB1o6K74WYnNCKQtkSb_Jd3USmgcmsaT3UZiRk-ipgSEUQmg6_8qIMhP0xcud72hcal-gnB_qkLgQDe7401fHcbRw9eQIawaDf_sxIkeQh5mv7_8qJ2Jp5-YwId0Oik145vQTCLVxq9Lv2OWIA8-zUaowEBypDy1EQn57JwEEvrdogbe0nWfIwzNl/w640-h354/octavia-butler-Foto-Joshua-TrujilloAP.jpg" width="640" /></a></div><span id="docs-internal-guid-8632d54d-7fff-9597-3fb6-cc119bdee888"><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-top: 13.6794pt; text-align: right;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><b>por Anne Quiangala </b></span></p><p style="line-height: 1.36371; margin: 13.4301pt 41.4013pt 0pt 39.9327pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span></p><blockquote style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">“Comecei a escrever sobre poder porque era algo que eu tinha muito pouco” </span></blockquote><div style="text-align: center;">(Octavia Butler)</div><div style="text-align: center;"><br /></div><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"></span><p style="text-align: left;"></p><p style="line-height: 1.32537; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.8363265991210938pt; margin-right: 0.15771484375pt; margin-top: 11.9288330078125pt; margin: 11.9288pt 0.157715pt 0pt 0.836327pt; text-align: justify; text-indent: 0.528198pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Embora a literatura especulativa (fantasia, ficção científica e horror) seja vista pelos mais apocalípticos dentre os apocalípticos como uma forma menor de expressão escrita, ela mesma passou a se esgueirar por uma zona árida entre o território das obras recobertas por literariedade e um </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">universo expandido </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">rentável. Assim, desprovida de autorização para estadia plena no mundo da "alta literatura", a ficção especulativa criou em torno de si um universo próprio que replica o paradigma do sistema que a excluiu: juízo de valor e de qualidade, a construção e celebração da figura do autor, temas considerados relevantes, premiações tendenciosas e - evidentemente - a reprodução do imaginário e de representações que refletem e naturalizam a experiência hegemônica como sinônimo de “alta fantasia”, “hard science fiction” e “horror cósmico”</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0092pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 0.6em; vertical-align: super;">1</span></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Apesar disso tudo, como qualquer estrela dessa galáxia chamada literatura, a ficção especulativa como tem sido feita, já consumiu energia demais, liberou seu brilho, e caminha para um novo modo de existência. </span></p><p style="line-height: 1.32475; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.4951934814453125pt; margin-right: 0.32257080078125pt; margin-top: 12.277862548828125pt; margin: 12.2779pt 0.322571pt 0pt 0.495193pt; text-align: justify; text-indent: 0.836319pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Neste sentido, estudos feministas na década de 1970, marcando seus pontos de interesse social e acadêmico, questionaram a historicização e a chave de análise do gênero gótico. Até àquela altura, o gênero era registrado na história da literatura a partir duma perspectiva social que privilegiou unicamente a experiência masculina que, por sinal, era responsável por nada mais que 2% da produção (SCHWANTES, 1997). Quanto ao holofote interessado e comprometido com a ideia de neutralidade, temos como melhor exemplo o ensaio </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://amzn.to/3ynMONj">O horror sobrenatural em literatura</a>, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">de Lovecraft, que representa, sem qualquer reflexão, uma história do horror sobrenatural que exclui a produção quase total de mulheres. </span></p><p style="line-height: 1.32652; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.4951934814453125pt; margin-right: 0.44805908203125pt; margin-top: 12.2861328125pt; margin: 12.2861pt 0.448059pt 0pt 0.495193pt; text-align: justify; text-indent: 0.495193pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Se um público inicia seus estudos no horror sobrenatural na literatura, será influenciado por um filtro de autor reconhecido e celebrado como referência (ainda que alegadamente racista e misógino, já que matar o autor é uma tendência na crítica atual) que reflete sua perspectiva política em ficção e não-ficção. Qual a chance deste público, educado pela perspectiva de Lovecraft, perguntar por que ele transformou o dado real de 98% de autoras em 2% no seu ensaio? <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2021/10/voce-ja-leu-lovecraft.html">Essa fabricação da realidade (ou esta manipulação da memória histórica, para ser exata), promovida pelo ensaio lovecraftiano</a></b>, alicerça o imaginário convencional que ignora a ficção especulativa de autoria feminina (com raríssimas exceções, aprovadas por Lovecraft), e, em especial, negra. Felizmente, a antologia </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://amzn.to/3ysUAWi">Vitorianas Macabras</a></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, organizada e traduzida por Márcia Heloísa (2020) apresenta um trabalho de rigor acadêmico que falseia o “clássico” de Lovecraft apresentando fatos consistentes e textos literários de forma acessível ao grande público. </span></p><p style="line-height: 1.29553; margin: 12.27pt 1.35022pt 0pt 1.22147pt; text-align: justify; text-indent: 0.0880356pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Mas, dando um passo e tomando a questão fundamental da obra<a href="https://amzn.to/3FA3Zwt"> </a></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://amzn.to/3FA3Zwt">Horror Noire: a representação Negra nos filmes de horror</a></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, de Robin Means Coleman (2019) e todo corpo </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">de textos produzidos no site </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://www.graveyardshiftsisters.com/">The Graveyard Shift Sisters</a></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, de Ashlee BlackWell, podemos afirmar que não apenas a população negra, como mulheres, pessoas LGBTQIAP+ produzem obras de horror há muito tempo. Ciente disso, meu ponto de partida, naturalmente, é o impacto da diferença de poder nas obras de Octavia Butler e N. K Jemisin (a partir de agora, Nora Jemisin), que demandam novas formas de analisar e desafiam o corpo teórico vigente por serem duplamente desvalorizadas (intra e extra diegeticamente). O título provisório da minha tese </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O Discurso do horror na Sankofanarração especulativa de Octavia Butler e Norah Jemisin, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">propõe, num primeiro momento, analisar o contexto de produção e contrastar as obras </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://amzn.to/3ysyPWv">Kindred </a></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">e a duologia </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://amzn.to/3Fvjvde">Semente da Terra</a> </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">de Butler com a trilogia </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://amzn.to/3kXIhco">Terra Partida</a> </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">de Jemisin olhando para o discurso do horror que atravessa essas obras majoritariamente estudadas como ficção científica. </span></p><div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: justify; text-indent: 0.077034pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div><p style="line-height: 1.31825; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.693267822265625pt; margin-right: 1.06494140625pt; margin-top: 13.0546875pt; margin: 13.0547pt 1.06494pt 0pt 0.693268pt; text-align: justify; text-indent: 0.671257pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Entretanto, os romances convencionais são um desafio para a crítica literária contemporânea, que tem cada vez mais prismas validados e incorporados ao espaço tradicional de análise. <b><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2021/10/precisamos-reconfigurar-os-limites-do.html">E os prismas aos quais me refiro não se restringem à forma literária, mas ao gênero e aos marcadores sociais do sujeito que escreve.</a></b> Assim, o modo de construir a realidade que o sistema literário professava na modernidade reforçava um tipo de lógica que foi enfraquecendo à medida que buscava se firmar como universal, elevada e literária. Enquanto isso, a arte “menor” e os grupos sociais minorizados foram abrindo espaço e firmando novos alicerces, nas margens e desde as margens, negociando e acomodando realidades distintas. Essa disputa narrativa no mundo cultural e literário foi escancarando que a literatura é política e a literariedade é um campo em disputa como qualquer outro. E não só isso, a teoria da representação social de Serge Moscovici demonstrou que o real (história) e o ficcional (literatura) não se opõem, mas se retroalimentam. </span></p><p style="line-height: 1.32154; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.5942306518554688pt; margin-right: 0.97625732421875pt; margin-top: 13.096343994140625pt; margin: 13.0963pt 0.976257pt 0pt 0.594231pt; text-align: justify; text-indent: 0.770294pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">É neste campo intersticial entre o real e o fictício que se encontra a autoficção, estejam os sujeitos reais presentes de forma mais ou menos densa na narrativa e esteja a especulação inscrita ou não no “sobre-natural”. Ciente disso, proponho no presente texto o contraste entre dois ensaios autobiográficos das autoras cujos romances mencionei acima (Butler e Jemisin), nos quais elas narram a odisseia pessoal de tornarem-se escritoras. Os ensaios são: </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="https://letraspretas.com/2018/01/23/obsessao-positiva-por-octavia-e-butler/">Obsessão Positiva (2018 [1989])</a> </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">e </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2019/01/traducaohowlongtillblackfuture.html">Quanto ainda falta para o mês do futuro negro (2019)</a></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Considerando a relação equilibrada entre a escrita de si e a “outra ficção" (uma percepção de autoria zumbi</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0092pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 0.6em; vertical-align: super;">2</span></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">), minha tese a ser desenvolvida a seguir, em três eixos, é a de que esses textos em primeira pessoa iluminam a compreensão dos romances. Para este estudo, dividirei a análise em eixos que são “a escrita de si”, a “metalinguagem” e “as fronteiras rompidas”. </span></p><p style="line-height: 1.32154; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.5942306518554688pt; margin-right: 0.97625732421875pt; margin-top: 13.096343994140625pt; margin: 13.0963pt 0.976257pt 0pt 0.594231pt; text-align: justify; text-indent: 0.770294pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><h3 style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 12.3128pt; text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3; font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">ESCRITA DE SI COMO UNIVERSO EXPANDIDO </span></h3><p style="line-height: 1.29553; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.39615631103515625pt; margin-right: 1.099853515625pt; margin-top: 14.180770874023438pt; margin: 14.1808pt 1.09985pt 0pt 0.396156pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.0990372pt; text-align: justify; text-indent: -0.0990372pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A franquia de fantasia<b> <a href="http://www.pretaenerd.com.br/2020/11/por-que-eu-mulher-negra-amo-star-wars.html">Star Wars</a></b> construiu a noção de “galáxia distante” de uma parcela considerável do público imerso no mundo capitalista da década de 1970 em diante, mas foram os filmes e os produtos licenciados que redefiniram os rumos da especulativa que </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; text-indent: 0.627243pt; white-space: pre-wrap;">impactaram o sistema literário de forma permanente. Em vez de pedir permissão para os arautos da “alta” literatura, a literatura especulativa “de massa” (herdeira do gótico, inclusive) abraçou o mercado com os novos modos de circulação, novas formas de ler, franquias de jogos, quadrinhos, <i>action figures</i>, animações e novas autoridades que “ensinam” a ler. Tomando emprestado o modo como a franquia criada por George Lucas foi capilarizando seu conteúdo e alcançado cada vez mais público, observamos o movimento do audiovisual se tornando literário, e do universo expandido pra além das trilogias fílmicas dando forma e impactando a obra base. Esses movimentos também são observados em grandes franquias que se iniciaram nos quadrinhos, nas séries de televisão ou nos jogos eletrônicos e popularizando a ideia de escrita pós-autônoma (não com esse nome) na realidade do cotidiano. </span></p><p style="line-height: 1.32175; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.39615631103515625pt; margin-right: 0.3280029296875pt; margin-top: 13.0545654296875pt; margin: 13.0546pt 0.328003pt 0pt 0.396156pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.0990372pt; text-align: justify; text-indent: -0.0990372pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A <b><a href="http://culturaebarbarie.org/sopro/n20.pdf">literatura-pós autônoma</a></b>, segundo Josefina Ludmer (2007) é aquela que desafia a lógica interna do campo literário, que investia poder em definir e reiterar regras e atores próprios e buscava se afastar do econômico e do cultural embora sempre tenha servido para criação e reiteração destes campos. Assim, <b>a escrita pós-autônoma não tem compromisso com aquela centralização, já que reúne em si mesma a história, o excerto de outras plataformas, formas, gêneros literários ou não, a realidade do cotidiano, as ficções do presente, teoria e testemunho da vida</b>. A despeito da discussão da pós-autonomia em território acadêmico não ser unanimidade, as “provocações” de Ludmer são fundamentadas em fatos facilmente observáveis na literatura contemporânea. E a morte da estrela Literatura (autônoma), revela que o universo é amplo, é diverso, é plurivocal e a luz liberada pela estrela após tanto esforço em se manter hegemônica evidencia novos corpúsculos, novos olhares, novas territorialidades que sempre existiram, mas que agora são menos ofuscadas. Exemplo desse renascer é o reconhecimento da importância das obras de Octavia Butler, a “dama da ficção científica” e <b><a href="https://www.momentumsaga.com/2018/08/nk-jemisin-faz-historia-no-hugo-awards.html">os três prêmios Hugo de Nora Jemisin</a></b>. </span></p><p style="line-height: 1.32962; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.5942306518554688pt; margin-right: 1.027587890625pt; margin-top: 12.31353759765625pt; margin: 12.3135pt 1.02759pt 0pt 0.594231pt; text-align: justify; text-indent: 0.737282pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nos ensaios </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Obsessão Positiva (2018 [1989]) </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">e </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quanto falta até o mês do futuro negro? (2019) </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">as autoras escrevem sobre suas histórias com a escrita, narram a trajetória de tornarem-se escritoras e, mesmo com trinta anos de diferença entre os textos, condições materiais e locais diferentes entre elas, é possível observar desafios semelhantes em decorrência do racismo genderizado. A permanência de obstáculos à publicação, aceitação e reconhecimento de seus trabalhos reitera a necessidade de uma consciência de seu local social, e a importância dessa perspectiva e da representatividade (elas representam um corpo social e suas obras e ações estão alinhadas em interesse, objetivo e poder com as demandas coletivas) tanto para chegarem onde chegaram, quanto para a produção de suas obras e transformação de suas figuras em representantes de um grupo social excluído dos locais nos quais elas transitam. </span></p><p style="line-height: 1.32294; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.8363265991210938pt; margin-right: 0.1766357421875pt; margin-top: 12.24139404296875pt; margin: 12.2414pt 0.176636pt 0pt 0.836327pt; text-align: justify; text-indent: 0.528198pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Enquanto Butler narra sua história, desde a infância, costurando com o contexto histórico de segregação racial nos EUA, até a consolidação de sua carreira, Jemisin</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0092pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 0.6em; vertical-align: super;">3 </span></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">se atém à reflexão sobre a economia e a cultura que emolduram o literário, fato que influenciou sua carreira de escritora a ponto de só poder se dedicar após os trinta anos de idade. Relações sociais, desigualdade e história antecedem a existência e subjetividade individual, e esse fato auto-evidente é o ponto de partida para ambas as autoras, que são negras, estadunidenses e oriundas da classe trabalhadora. Ambas, pela excepcionalidade dos seus romances, foram laureadas com premiações muito importantes da ficção científica como <b>Hugo </b>e <b>Nebulla </b></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; text-align: left; text-indent: -0.407158pt; white-space: pre-wrap;"><b>Awards</b> e, mesmo com décadas de distância, são pioneiras ao “criar raízes entre as estrelas” (BUTLER, 2018). </span></p><p style="line-height: 1.32071; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.8693389892578125pt; margin-right: 1.01458740234375pt; margin-top: 11.823486328125pt; margin: 11.8235pt 1.01459pt 0pt 0.869339pt; text-align: justify; text-indent: 0.462173pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nos ensaios de Butler e Jemisin, vemos um lugar de enunciação</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0092pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-size: 0.6em; vertical-align: super;">4 </span></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">bem marcado que, por meio de estratégias distintas de narrar, vai tecendo em volta disso o propósito de sua escrita e sustentando escolhas formais e estéticas. Butler divide o ensaio em quatorze partes e narra concisa e cronologicamente os fatos de sua vida, percepções e convicções desde os seis anos de idade. Já Jemisin constrói uma análise do sistema literário e o processo de entendimento dele, bem como fatos da vida que convergiram para a sua escolha profissional pela carreira literária. A consciência social para ambas as autoras é um fio condutor imprescindível para sua escrita, e suas obras - dentre vários temas - discutem o quanto ser uma mulher negra na sociedade racista influencia o que lemos, onde estudamos, nossos anseios coletivos e as lacunas entre tudo isso. </span></p><p style="line-height: 1.31826; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.693267822265625pt; margin-right: 0.0023193359375pt; margin-top: 13.070068359375pt; margin: 13.0701pt 0.00231934pt 0pt 0.693268pt; text-align: justify; text-indent: 0.671257pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Em </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Obsessão Positiva</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, Butler passa pela ideia de vocação para nomear uma experiência poderosa. A partir da experiência que teve com a técnica de mirar com arco e flecha, a autora afirma que: “A obsessão positiva é sobre não parar mesmo que você esteja com medo ou com muitas dúvidas. A obsessão positiva é perigosa. É sobre não conseguir parar de forma alguma!” (BUTLER, 2018). De mirar a flecha a mirar a si mesma, Butler insere camadas de sentido literário ao mesmo tempo que demonstra que a injustiça social fazia uma força grande para que ela se contentasse com subempregos, trabalho braçal e do que sua tia quis convencer “[...] Pessoas negras não podem ser escritoras” <span style="font-size: 14.6723px; text-indent: 0.895009px;">(BUTLER, 2018)</span>. Butler não demonstra na sua escrita nenhum tipo de hierarquização do saber ou do trabalho, o contentar-se aqui diz respeito mais às heranças da escravidão, que ela contestou ativamente ao longo da vida. Assim, Octavia Butler buscou mirar a si mesma além do que era socialmente pretendido para uma mulher negra e refletiu isso em protagonistas fortes e positivamente obcecadas. </span></p><p style="line-height: 1.3228; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.8583297729492188pt; margin-right: 0.08746337890625pt; margin-top: 13.096343994140625pt; margin: 13.0963pt 0.0874634pt 0pt 0.85833pt; text-align: justify; text-indent: 0.132057pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Seu projeto pessoal de tornar-se escritora carregava um enorme comprometimento com a coletividade, uma vez que não ter referências fez com que se empenhasse em alcançar um lugar de representação que pudesse estimular a imaginação (e a obsessão positiva) de outras garotas como ela. Assim, na escrita de si, Butler demonstra que literário, cotidiano, metáfora e concretude, personagem e escritora são inseparáveis e que esse vínculo é essencial para um projeto de sociedade que seja, de fato, revolucionário. </span></p><p style="line-height: 1.32475; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.39615631103515625pt; margin-right: 1.038818359375pt; margin-top: 12.303955078125pt; margin: 12.304pt 1.03882pt 0pt 0.396156pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.0990372pt; text-align: justify; text-indent: -0.0990372pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A premiada romancista Nora Jemisin, por sua vez, abre sua primeira obra de histórias curtas </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">How Long 'till Black Future Month? </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">com o ensaio que se torna uma espécie de chave de leitura. Em 2002, ela passou pelo que chamou de “crise de meia-idade” embalada pela dívida devido ao empréstimo estudantil e decidiu transformar seu hobby em carreira, primeiramente para quitar a dívida. Esse plano, por mais improdutivo que possa parecer num primeiro momento, também era embalado por um profundo “pessimismo da razão” de alguém com total consciência de que a “Ficção Científica era autoproclamada a ficção do futuro, mas continuava sendo a celebração de rostos e vozes e histórias do passado” </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; text-indent: 0.330124pt; white-space: pre-wrap;">(JEMISIN, 2018). Ela afirma que o livro em questão é literatura (contos) ao mesmo tempo que são crônicas de sua jornada pessoal como escritora e ativista. Neste sentido, é interessante observar que ela se autodeclara ativista e escritora sem hierarquizar, pontuando o quanto a consciência social é importante, sem pensar a escrita como mero suporte de empreendimento político como escritores renomados do século XIX e XX. Assim, o objetivo com a escrita e o “pessimismo da razão” refletem um <i>lócus </i>social que também vê importância na representatividade tanto na diegese como fora dela. </span></p><p style="line-height: 1.32475; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.39615631103515625pt; margin-right: 1.038818359375pt; margin-top: 12.303955078125pt; margin: 12.304pt 1.03882pt 0pt 0.396156pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.0990372pt; text-align: justify; text-indent: -0.0990372pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; text-indent: 0.330124pt; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p style="line-height: 1.32475; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.39615631103515625pt; margin-right: 1.038818359375pt; margin-top: 12.303955078125pt; margin: 12.304pt 1.03882pt 0pt 0.396156pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.0990372pt; text-align: justify; text-indent: -0.0990372pt;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Ucf-nQL4b_OJz8wDlUHGqU0ZtxSmimkNubjZcMl2xN12C47fXhETSqURpS9KS7LW1G6jaFAyOAxwgjMYaAK29bRyTpZL2mBPFOVOZbroMCj4pZ5chh8NInAVGQ-rMSOG-Xe-cMxZrAgwVRh6_2M0lSwb_0oXYoWSlLQqkcgLusK3hl1RP3hD8YJx/s1000/nk%20jemisin.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="610" data-original-width="1000" height="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Ucf-nQL4b_OJz8wDlUHGqU0ZtxSmimkNubjZcMl2xN12C47fXhETSqURpS9KS7LW1G6jaFAyOAxwgjMYaAK29bRyTpZL2mBPFOVOZbroMCj4pZ5chh8NInAVGQ-rMSOG-Xe-cMxZrAgwVRh6_2M0lSwb_0oXYoWSlLQqkcgLusK3hl1RP3hD8YJx/w640-h390/nk%20jemisin.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">N.K. Jemisin</td></tr></tbody></table><br /><p></p><h3 style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 12.2417pt; text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3; font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">REVISITAR A SI MESMA PELA ESCRITA </span></h3><p style="line-height: 1.31826; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.9243621826171875pt; margin-right: 1.87640380859375pt; margin-top: 14.1805419921875pt; margin: 14.1805pt 1.8764pt 0pt 0.924362pt; text-align: justify; text-indent: 0.0990372pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Os ensaios de Butler e Jemisin, por serem testemunhos de suas vidas de escritoras, carregam em si duas camadas de metalinguagem. Na primeira, como narradoras, é notável uma reflexão sobre o sistema literário. Na segunda, como personagens, descrevem os percalços até alcançarem o reconhecimento, tanto do público, quanto do mercado editorial. </span></p><p style="line-height: 1.32962; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.4951934814453125pt; margin-right: 1.2996826171875pt; margin-top: 12.3455810546875pt; margin: 12.3456pt 1.29968pt 0pt 0.495193pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.396149pt; text-align: justify; text-indent: -0.396149pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ao revisitar a si mesma pela elaboração sobre sua trajetória como escritora, Butler nos apresenta uma narrativa com personagens, enredo, voz narrativa, diálogos, tempo e espaço, elementos que podem nos conduzir a categorizações literárias: </span></p><p style="line-height: 1.32962; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.4951934814453125pt; margin-right: 1.2996826171875pt; margin-top: 12.3455810546875pt; margin: 12.3456pt 1.29968pt 0pt 0.495193pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.396149pt; text-align: justify; text-indent: -0.396149pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p></span><blockquote>Eu queria vender uma história. Antes de saber datilografar, eu queria vender uma história. Eu escrevi minhas histórias “catando milho” na portátil máquina de escrever Remington que minha mãe comprou para mim. Eu implorei pela máquina quando tinha dez anos, e minha mãe a comprou. “Você mima essa criança!” um dos amigos dela disse. “Pra que ela precisa de uma máquina de escrever na idade dela? Logo vai estar empoeirada dentro do armário. Todo esse dinheiro desperdiçado!” (BUTLER, 2018)</blockquote><br /><span><p style="line-height: 1.32032; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.4951934814453125pt; margin-right: 1.10260009765625pt; margin-top: 13.012969970703125pt; margin: 13.013pt 1.1026pt 0pt 0.495193pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ao revisitar a infância com um olhar literário, Butler enxerta um prosaísmo que serve de sustentáculo do conceito de obsessão positiva. Uma criança negra </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">real </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">é submetida a violências verbais e epistemológicas tais que a <i>adultizam</i>, trazendo para o presente as relações do passado colonial (KILOMBA, 2019). Qual o problema de mimar uma criança? Acaso fosse uma criança não-negra ela seria lida como digna de mimos? E o que teria acontecido se a mãe de Butler houvesse negado a máquina de escrever? Por maior que fosse a convergência do desejo de ser escritora e do apoio da mãe, o texto deixa transparecer pelo volume de diálogos contrários que esta força era maior. Por esta razão, o “otimismo da vontade” que a autora usa como base para costurar sua história também serve de suporte para as suas heroínas escritoras em </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Kindred: Laços de Sangue </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">e </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A Parábola do Semeador</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Outro elemento que aparece em </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Obsessão Positiva, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">e é notável nos romances, é o desenvolvimento de uma tese incrustada no núcleo de metáforas e analogias. </span></p><p style="line-height: 1.31825; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.8363265991210938pt; margin-right: 0.32525634765625pt; margin-top: 13.077423095703125pt; margin: 13.0774pt 0.325256pt 0pt 0.836327pt; text-align: justify; text-indent: 0.495186pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">No primeiro volume da Semente da Terra, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A parábola do semeador</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, a heroína Lauren Olamina, uma adolescente negra, oriunda de classe popular e com deficiência, registra o seu cotidiano distópico num diário dando corpo a sua existência e aos argumentos que constrói. Ela cria a Semente da Terra, uma espécie de religião que tem em vista ser um modo de vida sustentável, espiritualizado e em coletividade. Lauren, assim como Octavia, é atravessada pela obsessão positiva que, aliás, aparece em uma de suas poesias do “Semente da Terra: O livro dos vivos”. Obsessão positiva aqui traz uma importante camada de significado, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; text-indent: 0.0110016pt; white-space: pre-wrap;">que é a característica de uma sobrevivente. A lição é que, sujeitos que persistem, apesar dos discursos violentos sobre seus corpos, são sobreviventes. Butler é tão sobrevivente quanto Lauren, e quanto <b><a href="https://www.youtube.com/watch?v=-oeLFbfITXc">Dana, protagonista de Kindred</a></b>. Dana começa o romance como escritora não profissional, que trabalha em depósito, tal como Butler trabalhou. Claro, não é incomum que quem escreve use de sua experiência para dar vida a obras ficcionais, mas uma leitura atenta de suas obras capta esses rastros da biografia, mais pelo desenvolvimento das ideias (no ensaio ela é uma de suas heroínas) do que pelo puro biografismo. </span></p><p style="line-height: 1.31825; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.8363265991210938pt; margin-right: 0.32525634765625pt; margin-top: 13.077423095703125pt; margin: 13.0774pt 0.325256pt 0pt 0.836327pt; text-align: justify; text-indent: 0.495186pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-indent: 1.33151pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Nora Jemisin revisita sua própria história pondo a si mesma como um processo de conscientização, já que descreve que escrevia histórias análogas às tradicionais, mas foi percebendo que se ela continuasse reproduzindo a exclusão que sofria, e se não incluísse personagens negros em suas histórias, quem os incluiria? A escrita virou um compromisso coletivo que vai além da representação (se ver), é representatividade (se ver com alinhamento de interesse, objetivo e poder). Ainda no ensaio, ela confessa: “Eu notei que muitas das minhas histórias são sobre aceitação de diferenças e mudança... e pouquíssimas são sobre lutar contra alguém” (JEMISIN, 2019). Tal afirmação revela um elemento chave do primeiro romance da Terra Partida: </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; text-indent: 1.33151pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A Quinta Estação</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-indent: 1.33151pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Nele, temos “protagonistas” que passam por experiências horrendas de exclusão, desterritorialidade e violência física, que ocasionam mudanças profundas na psique, e também temos processos de mudança que marcam o caráter de sujeito, que são escolhas conscientes do que deseja mudar em si mesma e ao redor, bem como do que manter. </span></p><p style="line-height: 1.31825; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.8363265991210938pt; margin-right: 0.32525634765625pt; margin-top: 13.077423095703125pt; margin: 13.0774pt 0.325256pt 0pt 0.836327pt; text-align: justify; text-indent: 0.495186pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-indent: 1.33151pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">De forma “subterrânea”, as “protagonistas” se constituem à medida que vivem, e questionam o que é “ser”, já que mudam, negociam, acomodam identidades, memórias, percepções nas relações com Outros. Suas personagens passam por situações-limite e precisam sobreviver apesar da força social que dificulta sua mobilidade nas esferas física e econômica, bem como na jornada da heroína. Este desafio é similar aos que a própria Jemisin descreve ao escrever sobre si, mas a gramatura da metáfora aqui é maior: a Terra partida é uma personificação das emoções humanas, em especial, de quem é sistemática e historicamente oprimida. </span></p><p style="line-height: 1.32652; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.39615631103515625pt; margin-right: 0.54400634765625pt; margin-top: 12.32366943359375pt; margin: 12.3237pt 0.544006pt 0pt 0.396156pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.0990372pt; text-align: justify; text-indent: -0.0990372pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A metalinguagem é o eixo mais profícuo do corpus de análise porque as autoras, suas heroínas ficcionais e as heroínas autoficcionais não ocupam lugares fixos nem no “real” nem na “fábula”. A protagonista Esun de Jemisin vive num mundo em que os <i>rogga </i>vivem situações análogas aos que foram chamados <i>nigger </i>na realidade factual, enquanto Dana, de Butler, é tragada por uma viagem no tempo ao passado colonial similar à experiência de racismo cotidiano (KILOMBA, 2019) reproduzida pelos adultos à volta de Butler. Essas fronteiras rompidas em obras de grande circulação reforçam os pressupostos de Ludmer sobre a escrita pós-autônoma e também normalizam para o público amplo a dissolução da dicotomia apocalípticos e integrados, alta e baixa literatura, gêneros literários e não-literários, que ainda libera suas últimas ondas de luz que viajarão causando ao olho humano a impressão de vida. Não sejamos inocentes: como qualquer estrela depois da morte, as dicotomias ainda serão visíveis por bastante tempo. </span></p><p style="line-height: 1.32652; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.39615631103515625pt; margin-right: 0.54400634765625pt; margin-top: 12.32366943359375pt; margin: 12.3237pt 0.544006pt 0pt 0.396156pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.0990372pt; text-align: justify; text-indent: -0.0990372pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><h3 style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.968376pt; margin-top: 12.2698pt; text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3; font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O ECONÔMICO POR TRÁS DO LITERÁRIO </span></h3><p style="line-height: 1.29552; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.4951934814453125pt; margin-right: 1.48455810546875pt; margin-top: 14.180519104003906pt; margin: 14.1805pt 1.48456pt 0pt 0.495193pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.715279pt; text-align: justify; text-indent: -0.715279pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A figura do autor atravessando um bloqueio criativo como personagem é cada vez mais recorrente na literatura contemporânea. Escrevem sobre o ato de escrever, descrevem as minúcias do bloqueio criativo, revelam suas opiniões e características controversas e, </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; text-indent: 0.25309pt; white-space: pre-wrap;">assim, se tornam atores sociais pra além do mundo material. Esta presença maciça da autoria na literatura contemporânea se tornou uma questão-problema toda vez que aquele sujeito transita, não apenas como "personagem", mas como performer que espelha o real verbalmente. Na maior parte das vezes, esse trânsito é uma demonstração de poder, e significa “eu posso atravessar” ou “eu posso permanecer”. O processo desigual de globalização nos lembra que o direito de transitar, imigrar ou de permanecer também reflete um lugar de experiência, uma perspectiva repleta de possibilidades (privilegiadas) do real. E esses sujeitos que transitam em busca da inspiração no “mundo das ideias” são o lugar oposto ao do método, porque atualizam a ideia romântica (e burguesa) do autor envolto pelas “musas”. Para Butler, porém, é importante que se "esqueça a inspiração. O hábito é mais confiável. Ele irá sustentá-lo, esteja você inspirado ou não. E irá ajudá-lo a terminar e polir suas histórias. A inspiração não. O hábito é a persistência na prática” (BUTLER, 2020, p. 154). </span></p><p style="line-height: 1.32109; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.693267822265625pt; margin-right: 1.303955078125pt; margin-top: 12.27032470703125pt; margin: 12.2703pt 1.30396pt 0pt 0.693268pt; text-align: justify; text-indent: 0.330132pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O aforismo de Butler retira o <i>glamour </i>da profissão e a aproxima da vida cotidiana de uma trabalhadora que tem uma vida “tediosa”. Essa afirmação já marca a consciência de classe ao pressupor que, se o escritor precisa produzir não é dono dos meios de produção, portanto é trabalhador tanto quanto qualquer outro. O hábito, a repetição ou reprodução num imaginário convencional são associadas ao trabalho socialmente visto como inferior, não criativo, ligado ao “impuro” corpo físico; mas Butler rompe essa barreira com seu modo pragmático de descrever o real: ela é escritora porque escreve, não porque deseja escrever. Mas vale lembrar que esta é a noção de uma Butler mais madura, consolidada no mundo editorial, e já "tendo pagado caro pela ignorância”. Em suas palavras: </span></p></span><p> </p><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;">Ninguém tinha nos contado que agentes não deveriam receber adiantamento em dinheiro; não era para serem pagos até que vendessem seu trabalho. Então, eles ganhariam dez por cento do que seu trabalho faturasse. A ignorância é cara. Aqueles $61,20 dólares, na época, era mais dinheiro do que minha mãe pagava por um mês de aluguel (BUTLER, 2018).</blockquote><p> </p><p style="line-height: 1.32699; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.693267822265625pt; margin-right: 0.20330810546875pt; margin-top: 12.84625244140625pt; margin: 12.8463pt 0.203308pt 0pt 0.693268pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Jemisin, por sua vez, decidiu investir na carreira literária após a faculdade e pretendia ser remunerada e assim pagar sua dívida estudantil. Este é um ponto importante em sua trajetória como autora porque ela já tinha compreendido a dimensão de como as instituições e os sujeitos que as constituíam (outros autores, críticos, jornalistas, acadêmicos e editores) encarnavam os desafios que ela deveria transpor e refletiam a perspectiva tradicional da ficção especulativa, em suas palavras “[...] infindáveis variações sobre a Europa medieval e colonização dos Estados Unidos” (JEMISIN, 2019). Além disso, no ensaio, ela lança luz nos bastidores da indústria, revelando a importância de ter feito um investimento considerável para participar de <i>workshops </i>e residências essenciais para que entendesse que, além de escrever, refinar a técnica, era importante entender a ficção como “negócios”. Depois de tudo isso, ela afirma que se profissionalizou na escrita e na compreensão do sistema como um todo, e podemos deduzir que seu laureamento é resultado da qualidade estética e de uma estratégia alicerçada pelo conhecimento do sistema e da leitura eficiente do momento histórico. </span></p><span><p style="line-height: 1.31826; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.5942306518554688pt; margin-right: 1.09228515625pt; margin-top: 12.265472412109375pt; margin: 12.2655pt 1.09229pt 0pt 0.594231pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.15406pt; text-align: justify; text-indent: -0.15406pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Tanto para Butler quanto para Jemisin, no início da carreira, faltava uma noção clara de que existe um econômico por trás do literário. E esta é mais uma dimensão das memórias da plantação (KILOMBA, 2019) que enfretaram. A teórica e artista multidisciplinar Grada Kilomba desenvolve em sua obra </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Memórias da Plantação: episódios de racismo </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; text-indent: 0.264107pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">cotidiano </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-indent: 0.264107pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">a tese de que a população negra é retirada do presente a todo momento numa sociedade racista, seja pelas situações cotidianas, pelo racismo institucional e estrutural. O reduzido acesso à educação financeira, de conhecimento empresarial e da economia por trás da arte fez com que Butler e Jemisin tenham gastado muito tempo no processo de se informar sobre tudo isso, o que é uma esfera da desvantagem em relação a escritores que pertencem a corpos sociais com outras historicidades. </span></p><p style="line-height: 1.31826; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.5942306518554688pt; margin-right: 1.09228515625pt; margin-top: 12.265472412109375pt; margin: 12.2655pt 1.09229pt 0pt 0.594231pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.15406pt; text-align: justify; text-indent: -0.15406pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-indent: 0.264107pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><h3 style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.01239pt; margin-top: 13.0544pt; text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3; font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">CONCLUSÃO </span></h3><p style="line-height: 1.32281; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.638252pt; margin-top: 13.4301pt; text-align: justify; text-indent: 0.671257pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Marcadores sociais de diferença não são auto-evidentes, tampouco marcam fixidez identitária, mas como um dado do real que influencia as relações sociais precisa ser posto na equação do que quer que esteja sendo discutido e analisado, inclusive a ficção especulativa. No posfácio de </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Obsessão Positiva</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, Butler afirma: “Estou feliz de ter escrito esse texto, mas eu não gostei de escrevê-lo. Eu não tenho a menor dúvida de que a melhor e mais interessante parte de mim é a minha ficção”. Por mais desagradáveis que possam ser as memórias da plantação (KILOMBA, 2019) evocadas ao longo do texto, análogas às viagens de Dana em </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><a href="http://www.pretaenerd.com.br/2017/10/kindredsemspoiler.html">Kindred</a></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">, a gênese da escritora é uma importante forja de ferramenta teórica para as heroínas de suas obras. Esse desagrado que envolve a escrita de si, parece evidenciar uma camada interessante de sua obsessão positiva que conduziu a construção de mundos distantes do aqui e agora. </span></p><p style="line-height: 1.32109; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.693267822265625pt; margin-right: 1.02899169921875pt; margin-top: 13.05438232421875pt; margin: 13.0544pt 1.02899pt 0pt 0.693268pt; text-align: justify; text-indent: 0.0990372pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Jemisin encerra seu ensaio comentando que passou por um processo interno e profissional essencial para contribuir para a “desintoxicação da ficção especulativa” (JEMISIN, 2013). A partir de seu reconhecimento profissional, a autora se tornou mentora de outras autoras: “Agora eu sou destemida e raivosa e mais alegre; e nenhuma dessas características contradiz a outra. Agora eu sou a escritora que as histórias curtas criaram. Então vamos. Existe um futuro ali na frente. Vamos todas!” (JEMISIN, 2019). Esse processo de tornar-se escritora, costurado com o tornar-se sujeito tem um impacto no mercado, no público consumidor e tudo isso tem uma contraparte política, uma vez que representação estética também é representação política. </span></p><p style="line-height: 1.32394; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.5942306518554688pt; margin-right: 0.143310546875pt; margin-top: 12.319549560546875pt; margin: 12.3195pt 0.143311pt 0pt 0.594231pt; text-align: justify; text-indent: 0.770294pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Em suma, ao se determinarem a fazer parte da mudança do mercado editorial de ficção especulativa e promoverem a conscientização coletiva, as autoras estudadas aqui transformam seus relatos pessoais em autoficções políticas diretamente herdeiras de toda a escrita de si desde o período colonial. De forma alguma, a abstração que a especulação proporciona ignora os desafios, horrores e privações enfrentados pela população negra, na verdade, parte deles para especular futuros possíveis, exercitar a imaginação política e testar o que é histórica e socialmente impossível. A literatura especulativa de autoria feminina e negra, numa era pós-autônoma, é imprescindível para exercitar a imaginação política e promover imagens que auxiliem o processo de conscientização coletiva, sem que seja necessário, pra isso, sacrificar a estética, a literariedade e outros componentes que ainda brilham em direção aos nossos olhos. Talvez a magia de tudo isso seja que a literatura (seja ela o que for) assumiu seu caráter plástico e, portanto, resta às analistas assumirem que, tal como um universo, ela é imensa e está em expansão.</span></p><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><h3 style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3; font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">NOTAS</span></h3></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">1 Exemplo disso é o racismo fantástico ser o suporte de obras clássicas como O Senhor dos Anéis, o horror cósmico representar o medo racista de Lovecraft e ainda assim permanecerem impassíveis no cânone.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">2 Durante uma conversa com a autora Aline Valek, em 2019, sobre o lugar da crítica e da autoria, enquanto ela escrevia o recém-lançado Cidades afundam em dias normais (2020) expliquei que entendia os dois extremos (a morte do autor e o biografismo) como problemas graves, e afirmei que melhor seria a ideia de “autor zumbi” (ao estilo Walking Dead) que me permitiria recuperá-lo quando necessário, mas focando o texto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">3 Nora Jemisin recebeu três vezes o Hugo, pela sua trilogia Terra Partida, enquanto o autor da série que inspirou a série da HBO Game of Thrones nunca recebeu nenhum. Sentindo-se injustiçado por nunca ter vencido, o autor proferiu ofensas profundamente racistas contra Jemisin em sua “festa anual dos não laureados”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">4 Escolho usar “lugar de enunciação” como sinônimo de “lugar de fala” já que os equívocos sobre o termo levam, na pior hipótese, à total desconsideração, e na "um pouco menos pior", a considerar o termo como algo que delimita um algo fixo, essencializado e concreto. Na obra Lugar de Fala, a filósofa Djamila Ribeiro (2017) evidencia que lugar de fala não é sobre autorizar a fala, nem mesmo sobre marcador social e discurso serem transparentes, autoevidentes ou essencializados. Em vez disso, com uma leitura apurada de Spivak, Ribeiro relaciona a historicidade das identidades minorizadas, objetivo, interesse e poder coletivo para demonstrar que a narrativa sobre o sujeito pré-existe, mas não é uma ferramenta que simplesmente o colapsa.</div><span><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10.0084pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 400; text-align: justify; text-indent: -0.136057px; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></p><h3 style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #8e7cc3; font-family: Arial; font-size: 10.0084pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: justify; text-indent: -0.136057px; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></h3><h3 style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="color: #8e7cc3; font-family: Arial; font-size: 10.0084pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-align: justify; text-indent: -0.136057px; vertical-align: baseline;">AGRADECIMENTO</span></span></h3><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10.0084pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 400; text-align: justify; text-indent: -0.136057px; vertical-align: baseline;"><br /></span></span></p><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="font-family: Arial; font-size: 10.0084pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 400; text-align: justify; text-indent: -0.136057px; vertical-align: baseline;">Esse texto foi produzido como trabalho final de disciplina de doutorado em 2021, ministrada pelo professor Igor Graciano Ximenes. O entendimento do conceito de literatura pós-autônoma e as discussões sobre a morte do autor foram imprescindíveis para o presente texto.</span></span></p><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></p><h3 style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="color: #8e7cc3;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">REFERÊNCIAS </span></span></h3><p style="line-height: 1.32964; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.8693389892578125pt; margin-right: 2.45550537109375pt; margin-top: 14.1805419921875pt; margin: 14.1805pt 0.869339pt 0pt 2.45551pt; text-align: left; text-indent: 0.429161pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">BUTLER, Octavia E. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Obsessão positiva. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Trad. Tuanny Medeiros. Disponível em: <letraspretas.com/2018/01/23/obsessao-positiva-por-octavia-e-butler/>. (2018) Acesso em 9 de dez. 20. </span></p><p style="line-height: 1.32964; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.8693389892578125pt; margin-right: 2.45550537109375pt; margin-top: 14.1805419921875pt; margin: 14.1805pt 0.869339pt 0pt 2.45551pt; text-align: left; text-indent: 0.429161pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">______. <b>Furor scribendi </b><i>in </i>Filhos de sangue e outras histórias. Trad. Heci Regina Candiani. São Paulo: Morro Branco, 2020.</span></p><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.341133pt; margin-top: 12.2413pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">______. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">A Parábola do semeador</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Rio de Janeiro: Morro Branco, 2018b. </span></p><p style="line-height: 1.36372; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.0233993530273438pt; margin-right: 9.24017333984375pt; margin-top: 13.4300537109375pt; margin: 13.4301pt 9.24017pt 0pt 1.0234pt; text-align: left; text-indent: 0.275101pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">KILOMBA, Grada. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Memórias da plantação: </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Episódios de racismo cotidiano. Trad. Jessica Oliveira. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019. </span></p><p style="line-height: 1.36372; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.2985000610351562pt; margin-right: 56.14874267578125pt; margin-top: 11.9287109375pt; margin: 11.9287pt 56.1487pt 0pt 1.2985pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.220085pt; text-align: left; text-indent: -0.220085pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">LOVECRAFT, Howard Phillips. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O horror sobrenatural em literatura</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. São Paulo: Iluminuras, 2008. </span></p><p style="line-height: 1.29551; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.6712646484375pt; margin-right: 6.84442138671875pt; margin-top: 11.9287109375pt; margin: 11.9287pt 0.671265pt 0pt 6.84442pt; text-align: left; text-indent: 0.627235pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">LUDMER, Josefina. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Literaturas pós-autônomas </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-style: italic; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">in: </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ciberletras - Revista de crítica literaria y de cultura, n. 17, julho de 2007. </span></p><p style="line-height: 1.29551; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.6712646484375pt; margin-right: 6.84442138671875pt; margin-top: 11.9287109375pt; margin: 11.9287pt 0.671265pt 0pt 6.84442pt; text-align: left; text-indent: 0.627235pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-indent: 0.297112pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">JEMISIN, Nora K. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; text-indent: 0.297112pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Quanto falta até o mês do futuro negro?</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-indent: 0.297112pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Trad. Anne Quiangala. Disponível em: <</span><span style="color: #1155cc; font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-indent: 0.297112pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">w</span><span style="color: #1155cc; font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-decoration-line: underline; text-decoration-skip-ink: none; text-indent: 0.297112pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">ww.pretaenerd.com.br/2019/01/traducaohowlongtillblackfuture.html</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; text-indent: 0.297112pt; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">>. Acesso em 9 de dez. 20. </span></p><p style="line-height: 1.2; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.341133pt; margin-top: 12.2415pt; text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">_____.</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">How Long ’til Black Future Month?</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">.(2013) Disponível em: </span></p><p style="line-height: 2.45466; margin-bottom: 0pt; margin-left: 1.1004257202148438pt; margin-right: 43.240386962890625pt; margin-top: 1.420257568359375pt; margin: 1.42026pt 43.2404pt 0pt 1.10043pt; padding: 0pt 0pt 0pt 0.264099pt; text-align: left; text-indent: -0.264099pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><nkjemisin.com/2013/09/how-long-til-black-future-month/>. Acesso em 9 de dez. 20. RIBEIRO, Djamila. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Lugar de fala</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">. Belo Horizonte: Jandaira, 2017. </span></p><p style="line-height: 2.4547; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0.9023513793945312pt; margin-right: 6.414794921875pt; margin-top: 1.924560546875pt; margin: 1.92456pt 0.902351pt 0pt 6.41479pt; text-align: left; text-indent: 0.0880356pt;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">SCHWANTES, Cíntia. </span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; font-weight: 700; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Interferindo no cânone</span><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">: a questão do Bildungsroman feminino com elementos Góticos (Tese), UFRGS, 1997.</span></p><div style="text-align: left;"><span style="font-family: Arial; font-size: 11.0042pt; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><br /></span></div></span>Preta, Nerd & Burning Hellhttp://www.blogger.com/profile/16814992315494454048noreply@blogger.comBrasília, DF, Brasil-15.7975154 -47.891887399999987-44.107749236178847 -83.048137399999987 12.512718436178845 -12.735637399999987